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Crítica

A musculatura do desejo

Cia. Os Crespos

28.10.2021  |  por Valmir Santos

Foto de capa: Mariana Ser

A imprensa esportiva costuma empregar o verbo “fulminar” na cobertura dos chamados combates viris. Assim como céus fulminam raios sobre as cabeças das pessoas, lutadores de boxe buscariam efeito semelhante ao derrubar adversários. O dicionário Houaiss exemplifica que “um possante soco de esquerda fulminou o pugilista”. Analogias à parte, não se trata de demonizar a modalidade cujas raízes vêm do século VII antes de Cristo, passam pelo jogos Olímpicos da Era Moderna, a partir de 1896, e chegam às leis brasileiras que proibiam as mulheres de praticar “desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”, como no decreto de 1941 do Conselho Nacional de Desportos, sob a ditadura de Getúlio Vargas. A percepção histórica desse fenômeno pode ser importante aliada diante do autodeclarado filme-espetáculo Dois garotos que se afastaram demais do sol, realização da Cia. Os Crespos (SP), concebido sob o ponto de vista prevalente de duas artistas, a diretora e roteirista Lucelia Sergio, atriz cofundadora, e a também diretora Cibele Appes, da produtora Fuzuê Filmes. Elas fazem da adaptação da peça de Sérgio Roveri, 12º round, inédita nos palcos, uma experiência de infiltração feminista a contrapelo da cultura desse esporte, sem comprometimento das inerências poética e política do texto transposto ao audiovisual.

Vide o diálogo doméstico da mãe que chega em casa e dá com o companheiro e o filho assistindo à transmissão televisiva da luta. “Você adora isso, né?”, pergunta ao sujeito sentado no sofá, tomando cerveja e vidrado nos golpes. “O quê?”, resmunga ele. “Um negão matando o outro”, emenda ela, depois de beijar o filho e pedir para ir dormir em vez de assistir ao festival de murros. Quando nota que a pancadaria saiu de controle, a mulher grita, desesperada: “Desliga essa merda, desliga!”. “Ele tá matando o outro.”

As diretoras arrimam convicções autorais ao projeto coletivo, dão mais nuances à história banhada pela insegurança da masculinidade e articulada em torno do combate dos lutadores negros Emile Griffth (1938-2013) e Benny ‘Kid’ Paret (1937-1962), a quem o trabalho é dedicado, afro-caribenhos radicados nos Estados Unidos e protagonistas da disputa pelo título mundial na categoria peso meio-médio, em abril de 1962, que levou o segundo a nocaute, ao coma e, dez dias depois, à morte

Aquela casa, como quase todas as cenas internas, é cenografada no próprio ringue usado como set, enquanto as sequências externas, em regra, acontecem junto a paisagens naturais. As diretoras arrimam convicções autorais ao projeto coletivo, dão mais nuances à história banhada pela insegurança da masculinidade e articulada em torno do combate dos lutadores negros Emile Griffth (1938-2013) e Benny “Kid” Paret (1937-1962), a quem o trabalho é dedicado, afro-caribenhos radicados nos Estados Unidos e protagonistas da disputa pelo título mundial na categoria peso meio-médio, em abril de 1962, que levou o segundo a nocaute, ao coma e, dez dias depois, à morte.Não bastasse explicitar meandros de sociedades estruturalmente racistas, o preconceito sofrido por Griffth, nascido nas Ilhas Virgens dos Estados Unidos, veio em dobro devido à orientação sexual. Ele foi tido como primeiro atleta do ringue estadunidense a assumir a bissexualidade. O desejo de um homem (e negro) por homens ou mulheres soava perturbador para a cultura do boxe de seis décadas atrás. Provocações homofóbicas do oponente, Kid Paret, de origem cubana, e o ostensivo patrulhamento da imprensa sensacionalista acerca de assuntos da alcova culminaram na sequência de menos de dez segundos de golpes desferidos por Griffith no 12º assalto. Quando o juiz apartou, o corpo de Kid Paret deslizou pelas cordas, sob testemunho da incrédula plateia do Madison Square Garden, lendário ginásio de Nova York, e também dos estimados 14 milhões que acompanhavam em casa pela televisão. As cenas violentas impactaram e levaram à suspensão das transmissões até a década seguinte. Nos anos 1980, pesquisas no campo da medicina constataram que a maioria das lesões sérias em boxeadores acontecia após o 12º round. A partir de então, o teto de 15 assaltos, em nível profissional, baixou para 12. Já no boxe olímpico masculino são três rounds, de 3 minutos cada um, e no feminino, quatro, de 2 minutos cada.

Durante a pesagem na véspera, junto aos técnicos e organizadores, Kid ofendeu Emile com gestos e palavras – é assim que são chamados no filme-espetáculo. Kid apalpou o traseiro de Emile e o xingou de maricón, bicha em espanhol, replicando estereótipos a respeito da vida pessoal do adversário que frequentava boates gays pela porta da frente, mas não empunhava essa bandeira enquanto causa. Aquele era o terceiro confronto deles em quase dois anos. Cada um vencera uma vez, Emile por nocaute e Kid por decisão dividida, o que fez seu rival pedir a revanche.

Boa parte desses bastidores está devidamente contextualizada na narrativa, à maneira dos filmes de pugilismo dos quais a indústria de Hollywood foi pródiga em enredos de apelo motivacional. Tanto a dramaturgia de Roveri como o roteiro de Lucelia Sergio reforçam a humanidade dos personagens inspirados em fatos reais e atuados por Sidney Santiago Kuanza, cofundador d’Os Crespos, como Emile, e Rodrigo de Odé, como Kid. O filme-espetáculo é fraternal no modo como abraça a dupla, sobrepesando vencedor e vencido, lutador e oponente, suas origens, suas mães, suas infâncias, seus sonhos, seus países: um, vindo de território colônia dos EUA; outro, de regime pré-revolucionário depois tornado comunista, sob embargo comercial, diplomático e aéreo desde 1962 – no mesmo ano da fatídica luta, o então presidente John Kennedy proibiu importações de produtos de Cuba, e vice-versa.

Mariana Ser O boxeador Kid Paret em cena do coma hospitalar no filme-espetáculo ‘Dois garotos que se afastaram demais do sol’: ator Rodrigo de Odé ao lado da atriz, diretora e roteirista Lucelia Sergio, cofundadora da Cia. Os Crespos, como a esposa, e Kenay Barbosa, filho do atleta de origem cubana

Lucelia Sergio e Cibele Appes expandem a noção de luta à identidade dos sujeitos sociais e culturais. Na perspectiva delas, a lona é mais embaixo. As imagens em preto e branco amplificam códigos imagéticos da negritude. Sobretudo em seu quarto final, o curta-metragem liga-se fortemente à afro-brasilidade, que já vinha pontuada por vias também caribenhas na trilha de Dani Nega e no desenho de som dela com Appes. A soma deságua numa estética de transe afeita à condição de artistas do teatro negro, cientes dos reflexos da diáspora e das reverberações do continente ancestral em suas escolhas de percurso.

As diretoras transcendem a superfície dos fatos, elaboram um rito de passagem tropicalizado, como se endereçassem uma oferenda de amizade e tolerância à juventude preta representada pela maioria das pessoas envolvidas no projeto.

Mas, quem sabe, o desvio de monta nessa experiência deriva mais da maneira autônoma como as mulheres estão inseridas atrás e diante das câmeras. Mãe, esposa, amante, elas não estão ali como mera coadjuvantes. Em momentos inesperados, as diretoras fazem com que calcem luvas acolchoadas para treinar diante do saco de pancadas ou evoluir em coreografias. Invertem expectativa da mulher vítima da violência, donas de si ao revelarem que também sabem utilizar as mãos para atacar e se defender. A atriz Mônica Augusto conduz essa presença com mais fisicalidade em personagens que riscam o chão, ao passo que sua colega Teka Romualdo caminha por zonas mais estabelecidas, como requer, por exemplo, a mãe de Emile e sua relutância a enxergar a musculatura do desejo do filho para além da conquista de cinturões.

Representar não é bem a palavra. As atuações, a fotografia de cena, a direção de arte, tudo em Dois garotos que se afastaram demais do sol pode ser lido na paleta da performatividade deveras equilibrada sobre o meio-fio do drama. No preâmbulo da peça, Roveri afirma que a dinâmica “foi pensada para obedecer rigorosamente ao regulamento das lutas de boxe: 12 cenas, ou rounds, com duração de três minutos cada uma, e um intervalo de um minuto entre elas”. Neste sentido, ponto para a montagem de Appes, função aglutinadora no coração da obra, proporcional à preparação de elenco, por Lucelia Sergio, e à preparação corporal e coreografia de luta, por Carolina Nóbrega. Três artistas que atravessam o movediço terreno do masculino com valentias e sensibilidades outras, mobilizadas desde seus respectivos lugares cênicos e cinematográficos.

As vozes de quem está em coma e de quem venceu, mas sente-se prostrado pela morte eminente do outro; ou, em contrapartida, de quem é perseguido pelo fantasma daquele que derrubou, essa mão dupla cria tensionamentos operados com vitalidade em termos de linguagem. Concomitantemente, surgem flashbacks biográficos, de lado a lado, de maneira que o teor ficcional traduz espasmos e estados de delírio condizentes com a hemorragia cerebral que matou Benny Kid Paret aos 25 anos. E há margem para se pensar ainda na demência pugilista que, no futuro, sequestraria a consciência de Emile Griffith, morto aos 75 anos.

Mariana Ser Na cena da pesagem, Rodrigo de Odé (esquerda) e Sidney Kuanza: atuações dão a ver os meninos e os homens desejantes, que superaram as condições de suas famílias empobrecidas e tornaram-se talentosos na prática do esporte que os aproximaram por meio da rivalidade

Na gênese de Kid estão as mãos calejadas pelo facão, a ferramenta do adolescente que trabalhava sob sol a pino em lavouras de cana-de-açúcar em Cuba. Na de Griffith, a maciez das mãos para confeccionar chapéus femininos, um artista da moda que preferiu seguir outra carreira. De contrastes assim, subjetivos, ao caráter constitutivo de cada um, Odé e Kuanza dão a ver os meninos e os homens desejantes, que superaram as condições de suas famílias empobrecidas e tornaram-se talentosos na prática do esporte que os aproximaram por meio da rivalidade. Esporte ao qual se entregaram incondicionalmente, mergulharam de cabeça. Quando Emile, por Kuanza, faz a barba durante o banho e leva a navalha ao rosto, inevitável não lembrar da contracena de Odé, como Vado, e Lucelia Sergio, como Neusa Sueli, na versão da peça de Plínio Marcos em Navalha na carne negra (2018), sob direção de José Fernando Peixoto de Azevedo. A dignidade e a falta de condescendência com que o dramaturgo santista trata seus personagens ecoam no modo como Lucelia Sergio os dispõem. Odé e Kuanza dosam as dores, os sonhos e os abismos.

Kuanza vem de atuar em trabalhos que abarcaram o mundo do boxe e lhe deram subsídio à parte para jogar com os instintos da força e do erotismo. Na peça-manifesto Negror (2016), criação paralela do Selo Homens de Cor, o atuante dirige e contracena com seus pares em itinerância por espaços periféricos ou centrais, ao ar livre, para performar o corpo negro de dorso nu, vestindo calção e luvas de pugilista, em lembrança às Mães de Maio, movimento de cidadãs que perderam filhos assassinados por agentes de segurança pública após o toque de recolher deflagrado pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC), em maio de 2006. No cinema, Kuanza protagonizou o curta-metragem Diamante, o Bailarina (2016), dirigido por Pedro Jorge, personagem que de dia treina em busca de ser exímio boxeador e, à noite, se monta como drag queen num clube LGBTQIA+.

Uma vez integrados à máquina de moer gente – frames da escultura Patrimônio=nóis (Busto ao Desconhecido/Getúlio sumiu), de 2019, da artista Erica Ferrari, corroboram essa sensação –, mediante o furor midiático e a avidez de apostadores, Emile pergunta ao fantasma interlocutor: “Quem nos ensinou a nos odiar tanto assim? Já se perguntou?”. A essa altura, ele já não está mais no contexto estadunidense, pisa a faixa de areia de uma praia brasileira. Bem alinhado em roupa social dissonante na geografia, segura um arranjo de flores enquanto vê o arqui-inimigo adentrar o mar e desaparecer depois das ondas.

Se a gravação da luta de 1962 mostra que Griffith aproximou-se imediatamente de Paret para checar seu estado, antes mesmo de se preocupar em ter o braço erguido como nocauteador – sabe-se que tentou visitá-lo no hospital, mas foi impedido –, Lucelia Sergio instaura um gesto subversivo ainda mais radical, na passagem equivalente, desde o interior da adaptação deste que “é um mundo de homens”, como diz/pensa Kid. Pois se beijo gay em histórias em quadrinhos excita rancores de um prefeito falso moralista, que manda censurar, não é difícil imaginar o efeito desse ato em pleno ringue, mesmo com o rosto alheio já apresentando hematomas.

É aqui que dramaturgia e roteiro convergem para a fala basilar dessa história, enunciada no filme-espetáculo por meio da voz off de Emile: “Depois de tantos anos, eu vejo como as coisas continuam estranhas. Eu mato um homem e a maioria das pessoas, de certa forma, compreende isso e até me perdoa. E, então, eu amo um homem e para a maioria das pessoas isso é um pecado mortal. Amar um homem faz de mim um cara do mal, um demônio. Eu nunca fui preso por isso também, por amar um homem, mas o fato de nunca ter podido amar um homem livremente fez da minha vida numa prisão perpétua.”

Frame Kuanza (centro), Eduardo Silva (esquerda), Teka Romualdo (atrás) e Mônica Augusto no curta-metragem

Com Eduardo Silva complementando o elenco, atuando como o técnico de Emile, o mesmo papel do qual João Acaiabe se incumbiu na leitura dramática de 12 rounds, em julho de 2019, na sala principal do Itaú Cultural, não há dúvida de que o texto pede montagem à altura da teatralidade que emana – e Os Crespos prospectavam encenação antes da pandemia. Na ocasião, estavam lá, além de Acaiabe, infelizmente morto em março passado, aos 76 anos, boa parte da equipe ora envolvida no curta, como Lucelia Sergio, Kuanza, o responsável pela captação de som direto, EduLuz, e o diretor de produção Rafael Ferro, além de artistas como Lena Roque e Rogério Brito. A leitura-escuta já projetava como o pugilato ao norte da América permite aos criadores ao sul do continente apropriarem-se para falar do racismo, da homofobia e do patriarcado à brasileira, como no tratamento à la Nelson Rodrigues acerca da tara do “subjornalismo” que exagera fatos e acontecimentos.

Ao longo da história da humanidade, essa luta milenar com os punhos, a socos, evoluiu com vieses militar, ritualístico e religioso. Era comum que a vitória de um lutador só ocorresse após a morte do outro, senso de violência ressaltado pelo pesquisador Jônatas Marques Caratti na tese Dentro e fora dos ringues: O processo de constituição do boxe moderno e sua difusão e recepção na América Latina (Séculos XVIII – XX), defendida em 2017 no programa de pós-graduação em História da UFRGS.

Emile Griffith e Benny Kid Paret enfrentaram-se pela última vez como que na metade da linha de tempo que vai da veemente recusa da militante Rosa Parks em ceder seu lugar no ônibus a um homem branco até o assassinato do reverendo Martin Luther King, Jr., em 1968, emblemas de resistência e luta pelos direitos civis da população negra estadunidense, com forte repercussão global.

Retrocedendo ao Brasil, precisamente a 26 de dezembro de 1914, o escritor Oswald de Andrade, o genial autor de O rei da vela (1933), pespegou em sua seção de rodapé, Lanterna Mágica, publicada no semanário O Pirralho, um vergonhoso amontoado de impropérios racistas. No texto O Natal de Jack Johnson, o poeta modernista comenta acerca da passagem, pelo Brasil, do boxeador estadunidense do título, então campeão mundial na categoria peso-pesado, pioneiro na performance campeã de afrodescendentes no esporte e que colecionava sucessivas vitórias sobre antagonistas brancos. Após informar que Johnson (1878-1946) viajou em companhia de mulher branca, Andrade afirma, em grafia aqui atualizada, que ele “é hoje o sugestivo semideus da brutalidade, acrescido de valor porque às excelências dos mais façanhudos atletas junta o colorido animalesco de negro”. E segue: “Inconsciente, bronco, insensível, ele esborracha num match a cara do último detentor da glória muscular dos brancos”; “Salva-o, para o grande público, a rijeza permanente dos seus músculos de gorila”. E por aí vai. Na tese Um boxeur na arena: Oswald de Andrade e as artes visuais no Brasil (1915-1945), apresentada ao programa de pós-graduação em Artes Visuais da ECA-USP, Thiago Virava anota que “Ao racializar o comportamento, as reações e decisões de Johnson, Oswald de Andrade não disfarça sua visão inferiorizante e racista do homem negro”.

É para contestar esse tipo de atitude e de pensamento antiquados, ainda desgraçadamente alegados por indivíduos e instituições, que Dois garotos que se afastaram demais do sol diz a que veio em sua poética do empretecer. Não foge à luta, vai direto ao ponto, dá corpo, imagem, música e letra para pulsar a arte com as urgências das gentes e das ideias nesta hora da vida e da Terra.

.:. Se tiver curiosidade, assista ao 1º, 6º e 12º rounds da luta de 1962, aqui.

Serviço:

Dois garotos que se afastaram demais do sol

Um filme-espetáculo para Emile Griffth (1938 – 2013) e Benny Kid Paret (1937 – 1962)

Ficção | 30 minutos | 14 anos | Brasil/SP

Próximas exibições:

Novembro de 2021

Dias 5, 6 e 7. Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h. No Facebook do Teatro Alfredo Mesquita

Dias 12, 13 e 14. Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h. No Facebook do Teatro Cacilda Becker. Haverá debate com direção e elenco no domingo (14), após exibição do curta

Isabel Praxedes O atuante Rodrigo de Odé no momento em que Kid Paret desliza pelas cordas

Ficha técnica:

Direção: Lucelia Sergio e Cibele Appes

Com: Sidney Santiago Kuanza, Rodrigo de Odé, Teka Romualdo, Mônica Augusto e Eduardo Silva

A partir do texto dramatúrgico 12º round, de Sérgio Roveri

Roteiro: Lucelia Sergio

Direção de produção: Rafael Ferro

Produção: Rafael Ferro e Ramon Zago

Assistência de produção: Niara Ngozi

Assistência de direção: Ramon Zago e Cibele Appes

Som direto: EduLuz

Direção de fotografia: Cibele Appes e Lucas Kakuda

Operação de câmera: Lucas Kakuda, Isabel Praxedes e Cibele Appes

Lighting designer: Denilson Marques

Técnicos de luz: Lucas Barbosa e Rafael Casimiro

Direção de arte e figurino: Gui Funari e Lia Damasceno

Assistente de figurino: Andy Lopes

Maquiagem: Tairone Porto, Jhonny Bodonni

Escultura: Patrimônio=nóis (Busto ao Desconhecido/Getúlio sumiu), obra de Érica Ferrari

Preparação de elenco: Lucelia Sergio

Preparação corporal e coreografia de luta: Carolina Nóbrega

Elenco de apoio: Conrado Caputo, Celso Cardoso, James Turpin, Thiago Catarino, Fernando Bolacha, Tairone Porto, Myria Rios Kuanza, Lucelia Sergio, Ramon Zago e Rafael Ferro – Crianças: Akins Samuel, Tayrone Barbosa e Kenay Barbosa

Montagem: Cibele Appes

Trilha e direção musical: Dani Nega

Desenho de som: Cibele Appes e Dani Nega

Mixagem: Ruben Vals

Músicos: Bira Junior, Natalia Mallo e Gisah Silva

Assistência de montagem: Mel Appes e EduLuz

Finalização de cor: Lucas Kakuda

Finalização de som e logger: EduLuz

Orientação teórica: Osmundo Pinho e Jonathan Raymundo

Identidade visual: Rodrigo Kenan

Fotografia still e making-of : Mariana Ser e Isabel Praxedes

Contrarregragem: Fred Peixoto e Carlos Farah

Catering: Belo Bocado – Cozinha Vegana, Myria Rios Kuanza e Menina Brasileira

Legendagem e acessibilidade: ETC Filmes

Direção geral: Lucelia Sergio

Produtora audiovisual: Fuzuê Filmes

Realização e produção executiva: Cia. Os Crespos

Jornalista e crítico fundador do site Teatrojornal – Leituras de Cena, que edita desde 2010. Escreveu em publicações como Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Autor de livros ou capítulos afeitos ao campo, além de colaborador em curadorias ou consultorias para mostras, festivais ou enciclopédias. Cursa doutorado em artes cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde fez mestrado na mesma área.

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