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Reportagem

No Rio de Janeiro, Roberto Alvim se notabilizou como importante incentivador da nova dramaturgia brasileira. A mudança para São Paulo, onde fundou sua companhia, a Club Noir, fez com que seu trabalho ganhasse inegável densidade. Alvim seguiu destacando autores pouco difundidos no Brasil e passou a se apropriar de textos em encenações marcadas por assinatura vigorosa. O diretor vem investindo em montagens sintéticas (não costumam durar mais de uma hora), como se procurasse extrair o sumo das obras escolhidas ao invés de apresentá-las em suas integridades. As refinadas articulações realizadas a partir dos textos e a reduzida, mas precisa, iluminação são elementos que evidenciam uma proposta teatral que exige disponibilidade do espectador, confrontado com um ritmo consideravelmente menos acelerado que o vapt-vupt contemporâneo. Leia mais

Reportagem

Samba futebol clube, espetáculo em cartaz no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, guarda pontos de contato e evidencia diferenças em relação aos outros musicais capitaneados por Gustavo Gasparani – Otelo da Mangueira, Opereta carioca, Oui Oui… A França é aqui! A revista do ano e As mimosas da Praça Tiradentes (os dois últimos com textos escritos em parceria com Eduardo Rieche). Leia mais

Reportagem

A cidade desponta como protagonista de Entrevista com vândalo – mais exatamente, o Rio de Janeiro tomado por manifestações desde junho de 2013. A necessidade de falar sobre o aqui/agora é partilhada pelo diretor Marcus Vinícius Faustini e pelo antropólogo, cientista político e escritor Luiz Eduardo Soares. A conexão com a atualidade, inclusive, fez com que ocupassem cargos importantes: Soares foi secretário de Segurança Pública durante o governo de Anthony Garotinho e Faustini, secretário de Cultura de Nova Iguaçu na gestão de Lindberg Farias. O resultado do encontro artístico entre os dois é conferido o Espaço Cultural Municipal Sergio Porto, no Rio de Janeiro. Leia mais

Reportagem

Os 60 anos de carreira de Ary Fontoura justificariam uma grande comemoração. No entanto, a homenagem que a encenação de O comediante presta é ao ator e diretor José Wilker, que assinaria o espetáculo, mas morreu abruptamente, no início do último mês de abril, durante os ensaios. “Eu fiquei muito abalado. Tive dúvidas se deveríamos continuar”, afirma Ary. O projeto seguiu em frente sob o comando de Anderson Cunha, assistente de direção de Wilker, e estreia hoje no Rio de Janeiro, no Teatro Clara Nunes, mesmo espaço onde o ator interpretou o Bobo no espetáculo de Celso Nunes para Rei Lear, de William Shakespeare, realizado em 1983. O comediante está previsto para iniciar temporada no segundo semestre em São Paulo. Leia mais

Crítica

O público carioca está tendo a oportunidade de entrar em contato com a dramaturgia do inglês Mike Bartlett por meio de duas montagens, Cock – Briga de galo, em cartaz no Teatro Poeira, e Contrações, em temporada no Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil. A partir desses dois textos, dados gerais, tanto no âmbito estrutural quanto no temático, sobressaem logo de início: na primeira esfera, a tendência a priorizar frases curtas e poucos personagens; na segunda, o destaque ao aumento da pressão sobre um personagem, que faz com que a ação evolua rumo a um clímax. Leia mais

Reportagem

O novo O grande circo místico não se restringe a uma evocação do primeiro que, concebido para o Balé do Teatro Guaíra no início da década de 1980, tinha como ponto de partida o poema A túnica inconsútil, de Jorge de Lima, e reunia canções de Edu Lobo e Chico Buarque. As bases permanecem as mesmas. Entretanto, a encenação em cartaz no Theatro Net Rio – Sala Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, traz muitas mudanças. Basta dizer que, diferentemente do espetáculo anterior, dirigido por Emílio Di Biasi e roteirizado por Naum Alves de Souza, esse conta com texto – escrito por Newton Moreno e Alessandro Toller. Além disso, canções (casos de Abandono, Valsa brasileira, Salmo, Acalanto) foram acopladas ao repertório original (como Beatriz, A História de Lily Braun, Ciranda da bailarina), todas com arranjos a cargo de Ernani Maletta. Leia mais

Crítica

Proposta de intercâmbio franco-brasileiro entre a Companhia Brasileira, dirigida por Marcio Abreu, o coletivo Jakart/Mugiscué e o Centre Dramatique National du Limousin, Nus, ferozes e antropófagos foi apresentada no formato de processo dentro da última edição do Festival de Teatro de Curitiba, que tomou conta da capital paranaense entre o final de março e o início de abril. A estreia está marcada para o próximo dia 13 no Théâtre de l’Union – Centre Dramatique National du Limousin, em Limoges, na França. Leia mais

Crítica

A Armazém Companhia de Teatro vem alternando encenações de textos já existentes, mais ou menos celebrados, com a produção de uma dramaturgia própria, concebida em parceria entre o diretor Paulo de Moraes e o autor Maurício Arruda Mendonça. O dia em que Sam morreu, espetáculo do grupo que estreou na última edição do Festival de Curitiba e faz temporada na Fundição Progresso, é o novo trabalho da dupla. Diferentemente de outras peças assinadas por Moraes e Mendonça, essa não é atravessada por evocação da vida na cidade do interior ou de uma juventude luminosa e nem por proposta de elo lúdico com o espectador favorecido pelo dispositivo cenográfico. Sobressai, isto sim, uma necessidade de frisar uma colocação referente ao estar no mundo, em especial no que diz respeito à consciência e à conduta ética de cada um no cotidiano. Leia mais

Reportagem

O Festival Cena Brasil Internacional, que chega à terceira edição, reforça a sua principal característica: a de estimular o intercâmbio entre os artistas, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Mais do que visar à reunião de espetáculos, o evento foi concebido com o intuito de promover parcerias. Por isso, os grupos selecionados não “apenas” apresentam seus trabalhos como realizam oficinas. E permanecem no Rio de Janeiro durante todo o Festival, que toma conta do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e entorno, entre amanhã [22/4] e o dia 4 de maio. Leia mais

Crítica

Por meio do projeto de E se elas fossem para Moscou?, Christiane Jatahy dá continuidade à sua linha de pesquisa centrada na interface entre teatro e cinema. Agora, a diretora apresenta duas obras concomitantemente: a montagem em si e a filmagem da própria (que, porém, não se reduz a mero registro da encenação). Ambas são vistas ao mesmo tempo, por plateias diversas, em espaços distintos (Mezanino e Sala Multiuso) do Sesc Copacabana, no Rio. Leia mais