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Crítica

O intento obstinado do diretor e compositor Octavio Camargo de encenar toda a Ilíada em dois anos tem como mérito haver iniciado a empreitada com uma grande atriz. Claudete Pereira Jorge faz maravilhas no monólogo criado para o Canto 1, que reúne uma dezena de personagens, num texto não exatamente acessível. A estreia deu-se em 2006, mas, na semana passada, ela voltou em quatro apresentações que marcaram a retomada do projeto. Ele agora deve ir adiante com a montagem dos 24 trechos da obra de Homero, mas não em ordem: o próximo será o Canto 16, com o ator Richard Rebelo, em junho – data a definir. O conjunto deve ser apresentado durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, e, simultaneamente, na Grécia. Leia mais

Crítica

Nem é necessário ir até Fortaleza para saber o quanto a capital cearense tornou-se um celeiro incrivelmente fértil de humoristas de tônus popular. Tantos, mas tantos profissionais assim, que muitos transbordaram do extenso mercado local dedicado ao humor para os palcos do país afora. Também prosperou por lá, sobretudo ao longo da última década, um teatro menos circunscrito ao riso. Fenômeno semelhante se registrou em outras grandes cidades nordestinas, onde jovens artistas se estabeleceram em grupos e buscaram viver do que fazem. Exemplos do Piollim, de João Pessoa; do Clowns de Shakespeare, de Natal; do Bagaceira, também de Fortaleza; e do Magiluth, de Recife. Leia mais

Reportagem

Em meio a tantas companhias que acenam com o discurso da busca por uma estética própria, é raro que um grupo como o Luna Lunera admita que cada espetáculo tem uma linguagem diferente. Criado há 13 anos, o coletivo mineiro apresenta quatro de suas seis peças no 9º Festival Palco Giratório Sesc/POA a partir desta quarta-feira (14/5), com Nesta data querida. Na quinta, será a vez de Aqueles dois. Depois, vêm Prazer (sábado e domingo) e Cortiços (20/5). Todas as sessões serão às 19h no Teatro Sesc Centro. Leia mais

Entrevista

Retorna a Porto Alegre uma das companhias mais importantes do País, a paulista Cia. do Latão. Em 2013 o grupo trouxe ao Palco Giratório O patrão cordial; agora, são duas peças: O círculo de giz caucasiano (2006) e Ópera dos vivos (2010). A primeira é uma reestreia nacional – a peça não era mais apresentada desde 2008 – com elenco composto, em sua maioria, por novos atores. Nela, o público é convidado a embarcar em uma jornada de três horas pelo universo de Bertolt Brecht, grande influência da companhia. Leia mais

Crítica

Amor amor amor, que está sendo chamado pelo GRUPOJOGO de “exercício cênico”, adapta poemas de Shakespeare, um filão promissor que foi explorado nos últimos anos por nomes como o diretor Robert Wilson e a Royal Shakespeare Company. Leia mais

Nota

Começa, no dia de 23, a segunda edição do Circos – Festival internacional Sesc de circo, que acontece até o dia 1º de junho, em 12 unidades da capital e Santo André. O evento promete trazer 23 espetáculos, entre eles, oito de companhias internacionais e 15 de companhias nacionais, incluindo três estreias e cinco criações inéditas.

Uma das principais atrações será a união da Graeae Theatre Company e do Circo Crescer & Viver. Formado por acrobatas brasileiros e britânicos com deficiência física, o coletivo apresenta o espetáculo Belonging, com números de tecido, corda e dança. Jenny Sealey, que dirigiu a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de 2012, responde pela codireção da obra. Dias 23, 24 e 25/5, no Sesc Pinheiros.

'Belonging' traz artistas brasileiros e britânicosdivulgação

‘Belonging’ traz artistas brasileiros e britânicos

Outro destaque é Fecha de caducidad, criação da Organización Efímera (México / Argentina / Irlanda / Espanha), sob direção de Rob Tannion. Ex-membro da companhia inglesa DV8 Physical Theatre, Tannion expõe no espetáculo o absurdo da natureza humana. Dias 23, 24 e 25/5, no Sesc Belenzinho.

Veteranos grupos brasileiros também fazem parte da programação. O Circo Zanni comemora dez anos com números tradicionais e atrações inéditas. Além da banda que faz a trilha sonora do espetáculo ao vivo, contará com a presença de artistas convidados que já fizeram parte da trupe. Dias 31/5 e 1º/6, no Sesc Campo Limpo.

O Festival prevê ainda workshops, mesas de discussão, intervenções e encontros entre profissionais. A programação completa está em www.sescsp.org.br/circos

Reportagem

Moda teatral

12.5.2014  |  por Maria Eugênia de Menezes

Os grandes nomes da moda sempre visitaram as artes cênicas. Desde que Chanel concebeu os trajes de várias produções do Ballets Russes, no início do século 20, os estilistas são chamados a assinar figurinos para dança, ópera e teatro. Christian Lacroix, Valentino, Versace e Stella McCartney são apenas alguns dos representantes desse intenso trânsito entre palco e passarela. Leia mais

Nota

O musical Judas em sábado de aleluia vai na contramão das superproduções do gênero importadas e se propõe a levar à cena uma brasilidade genuína unindo a dramaturgia do primeiro comediógrafo do país, o diplomata carioca Luís Carlos Martins Pena, cujo bicentenário de nascimento será lembrado em 2015, e as músicas da compositora e maestrina também carioca Francisca Edwiges Neves Gonzaga, a Chiquinha Gonzaga (1847-1935). Leia mais

Crítica

Difícil, hoje, ver uma montagem realista de Shakespeare, e o Lear dirigido por Paulo Vinícius, cuja última apresentação ocorreu no domingo passado, se insere na mais usual investida em experimentação de linguagem. Resultou num visual marcante, digno do figurinista e cenógrafo que ele é. O enxugamento da peça é que criou algumas confusões pelo caminho. Leia mais

Reportagem

O novo O grande circo místico não se restringe a uma evocação do primeiro que, concebido para o Balé do Teatro Guaíra no início da década de 1980, tinha como ponto de partida o poema A túnica inconsútil, de Jorge de Lima, e reunia canções de Edu Lobo e Chico Buarque. As bases permanecem as mesmas. Entretanto, a encenação em cartaz no Theatro Net Rio – Sala Tereza Rachel, no Rio de Janeiro, traz muitas mudanças. Basta dizer que, diferentemente do espetáculo anterior, dirigido por Emílio Di Biasi e roteirizado por Naum Alves de Souza, esse conta com texto – escrito por Newton Moreno e Alessandro Toller. Além disso, canções (casos de Abandono, Valsa brasileira, Salmo, Acalanto) foram acopladas ao repertório original (como Beatriz, A História de Lily Braun, Ciranda da bailarina), todas com arranjos a cargo de Ernani Maletta. Leia mais