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Publicações com a tag:

“FIT Rio Preto"

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“FIT Rio Preto"

Solo de Marajó, direção de Alberto Silva Neto, com o Grupo Usina (ator Claudio Barros)

Crítica

Não carece, necessariamente, ter lido o romance Marajó, do paraense Dalcídio Jurandir (1909-1979), para os sentidos e a imaginação se aguçarem durante o espetáculo Solo de Marajó, que estreou em 2009, no centenário de nascimento do autor, e segue no repertório do Grupo Usina, de Belém. A confluência de literatura e teatro dá vasão a encantamentos forjados no saber popular de comunidades da Ilha do Marajó, na segunda década do século XX. Assim como são flagrantes os marcadores sociais de subalternidade em corpos indígenas e negros, principalmente femininos.

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Crítica

Numa situação hipotética, daqui a cem anos pesquisadores passarão a espátula no quadro da produção cênica desta segunda década do século 21 e chegarão às camadas constitutivas de Domínio público. À luz da ciência, resplandecerá um contra-argumento sutil à sordidez, ao falso moralismo, à cultura do linchamento, ao elogio da mediocridade como estratégia distorciva, vide a que culminou em obscurantismo no cenário do país.

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Crítica

Ao definirem seu Romeu e Julieta como uma intervenção sobre o texto do final do século XVI, os criadores do grupo boliviano Kiknteatr fazem da peça de Shakespeare uma plataforma para falar de si enquanto sujeitos, artistas e cidadãos de um país onde sabem o quanto as desigualdades de classe, gênero e raça determinam o futuro das crianças e jovens, vide os congêneres sul-americanos.

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Crítica

Nem o apito de trem intermitente distensionou a relação do público com duas performances ao ar livre dentre as três que a artista Va-Bene Fiatsi, de Gana, mostrou na edição dos 50 anos do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, no mês passado. A sonoridade noturna da linha férrea, ao contrário, tornou as imagens poeticamente mais lancinantes.

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Crítica

Nem em Estado de sítio, que estreou onze dias após a eleição do 38º presidente da República do Brasil, em 2018, o diretor Gabriel Villela tinha se permitido tocar a chapa quente da realidade como o faz desbragadamente em Auto da Compadecida.

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Crítica

No final da peça Eles não usam black-tie (1958), Romana, a mãe, chora e separa feijões sobre a mesa. O filho acabou de deixar a casa. O pai é líder operário, foi preso algumas vezes por defender os direitos de sua classe e articula mais uma greve. Empregado na mesma fábrica, o primogênito fura o movimento com medo do futuro. A namorada engravidou, o casamento vem aí. Pai e filho rompem ideológica e moralmente. A ação se passa num morro carioca dos anos 1950. Finalmente a condição dos trabalhadores é posta em relevo na dramaturgia brasileira por meio da peça de Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006).

Corta para Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã. Um menino negro de 12 anos narra sua jornada “pelo mundo” na tentativa de escapar da intolerância de um policial em seu encalço. Na perseguição que perdura quase todo o texto, o militar atira dezenas de vezes, decompondo o corpo dele enquanto a mente voa longe na capacidade de invenção. A fábula-denúncia de Jhonny Salaberg dança por entre a engenhosa construção do imaginário e um apurado senso de observação da “realidade sólida”, segundo o narrador.

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Crítica

O corpo manifesto

26.7.2017  |  por Daniel Schenker

Em São José do Rio Preto

Espetáculo aberto a múltiplas possibilidades de interpretação, And so you see… – assinado pela coreógrafa sul-africana Robyn Orlin e mostrado na última edição do Festival Internacional de São José do Rio Preto – é um trabalho de natureza política. Leia mais

Crítica

Em São José do Rio Preto

A necessidade de abordar a realidade inflamada de maneira direta parece nortear duas montagens de rua apresentadas na recém-encerrada edição do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto: Tekoha – Ritual de vida e morte do Deus Pequeno, do Teatro Imaginário Maracangalha, de Campo Grande (MS), e Terra abaixo, rio acima, da Cia. Cênica, de Rio Preto (SP). Leia mais

Nota

Após romper parceria com a Prefeitura de São José do Rio Preto para a organização do Festival Internacional de Teatro, o FIT Rio Preto (entre 1992 e 2013), o Serviço Social do Comércio em São Paulo, o Sesc SP, centra forças no Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, o Fentepp, cuja 21ª edição acontece de 21 a 29 de novembro. O protagonismo da instituição no interior paulista em encontros de porte nesse segmento é evidenciado ainda pela realização bienal do Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, o Mirada, como transcorrido em setembro passado. Leia mais

Nota

A próxima edição do FIT Rio Preto, de 21 a 30 de agosto, terá dez espetáculos internacionais entre as 44 obras consolidadas pela curadoria. Foram convidados núcleos de prestigiada trajetória, como o italiano Teatro Potlach, com Ventimilla leghe sotto i mari (adaptação do clássico de Júlio Verne, Vinte mil léguas submarinas; os ingleses do Gandini Juggling, com Smashed; os mexicanos do Lagartijas Tiradas al Sol, com El rumor del incêndio; e os chilenos do Teatro Cinema, com Historia de amor.

A programação inclui criadores pouco ou nada conhecidos entre nós, como os espanhóis do El Conde de Torrefiel, com La chica de la agencia de viajes nos dijo que había piscina en el apartamento, e o bailarino e coreógrafo argentino Pablo Rotemberg, com La idea fija.

O desafio da Prefeitura de São José do Rio Preto e do secretário da Cultura, Alexandre Costa, é afirmar a capacidade de autonomia do evento após o fim da parceria com o Sesc SP e manter a inquietude que o festival imprimiu nos últimos anos, independente da oscilação de uma edição ou outra.

'Las chicas...', do espanhol El Conde de TorrefielSem créditos

‘La chica de la agencia…’, do El Conde de Torrefiel

Fazem parte da curadoria a atriz e produtora Paula de Renor, do Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco, em Recife; o ator, diretor e produtor Cesar Augusto, da Companhia dos Atores e do Tempo Festival, do Rio de Janeiro; o diretor Antonio do Valle, de São Paulo; e o diretor e produtor Manoel Neves, do Grupo Teatral Riopretense, GTR.

Eis a relação de espetáculos oriundos de oito países e oito estados do Brasil:

Internacionais:

Ventimilla leghe sotto i mari – Teatro Potlach, Itália
Saxophonssimo – Misfits, França
Smashed – Gandini Jugling, Inglaterra
La chica de la agencia de viajes nos dijo que había piscina en el apartamento – El Conde de Torrefiel, Espanha
Bestiario – La Llave Maestra – Chile/Espanha
Sueños de gigante – La Gran Marcha de los Muñecones, Peru
Fuera – Maria Peligro, Argentina/Bélgica
La idea fija – Pablo Rotemberg, Argentina
Historia de amor – Teatro Cinema, Chile
El rumor del incendio – Lagartijas Tiradas Al Sol, México

Adulto nacional:

As estrelas cadentes do meu céu são feitas de bombas do inimigo – Cia.. Provisório Definitivo, São Paulo
Adágio – Artesanal Cia. de Teatro, Rio de Janeiro
As três irmãs – Traço Cia. de Teatro, Florianópolis
Uma história oficial – Cortejo Cia. de Teatro, Três Rios (RJ)
Calango deu! Os causos da dona Zaninha – Cia.. Caititu, Rio de Janeiro
Sinfonia sonho – Teatro Inominável, Rio de Janeiro
Cucaracha – Cia.. Teatro Independente, Rio de Janeiro
Sobre anjos & grilos – o universo de Mario Quintana – Companhia de Solos & Bem Acompanhados, Porto Alegre
Elefante – Probastica Cia. de Teatro, Rio de Janeiro
Esta criança [obra convidada] – Cia. Brasileira de Teatro, Curitiba

Diversidade:

Vampiras lésbicas de Sodoma – Treco Produções Cinematográficas Ltda., Rio de Janeiro
Joelma – Território Sirius Teatro, Salvador
BR-Trans, Coletivo Artístico As Travestidas, Fortaleza

Rua:

Na boca do Lixo – Cia.. Talagadá – Teatro de Formas Animadas, Itapira (SP)
Do fundo do mar – Cia.. Fios de Sombra, Campinas
Águas de l´avar – Teatro de la Plaza e Teatro por um Triz, São Paulo
Sandwalk with me – Improvável Produções, Rio de Janeiro
Dentro é lugar longe – Trupe Sinhá Zózima, São Paulo

Para criança:

O sapato que sabia andar – Mariza Basso Formas Animadas, Bauru
Meu pai é um homem pássaro – Cia.. Simples, São Paulo
Cocô de passarinho – Cia.. Noz de Teatro, Dança e Animação, São Paulo
Cabeça de vento – Pandorga Cia.. de Teatro, Rio de Janeiro
De Íris ao arco-íris – Produtores Independentes, Recife

São José do Rio Preto:

Pazsado – Uma fotografia – Jeff Telles
Veludinho – Cia.. Livre de Teatro
Plástico bolha – Cia. dos Pés
Cana.ã – Núcleo Arcênico de Criações
Condenada – G.A.L.
Por quê? – Cia. Cênica
O Tartufo – Cia. da Boca
Oroboro – Grupo Mon’onírico
Os meninos e as pedras – Cia. Girasonhos
Auto da anunciação – Cia. Cênica
Pequeno animal selvagem – Os Cogitadores