15.12.2021 | por Valmir Santos
A justaposição de obras gestadas no curso da pandemia, exibidas em tempo real, e de gravações de performances anteriores à crise sanitária permitiram ao público do Festival Latino-Americano de Teatro da Bahia, o FILTE, atravessar coordenadas espaço-temporais produtivas em suas singularidades. No caso dos trabalhos internacionais da programação, que aconteceu de 22 a 28 de novembro, houve equilíbrio entre duas criações ao vivo e duas derivadas de arquivo e registradas, intuímos, sem supor que um dia seriam difundidas integralmente na rede mundial de computadores. Pelo menos três delas têm o corpo matricial em narrativas redimensionadas por meio de outras fisicalidades próprias das mídias que coabitam.
Leia mais5.9.2017 | por Francis Wilker
Em Curitiba
A Novos Repertórios – Mostra de Teatro de Curitiba realizou sua 10ª edição entre 23 de julho e 2 de agosto, apresentando ao público 12 espetáculos da produção recente da capital paranaense. Historicamente vinculada à programação do tradicional Festival de Teatro de Curitiba, em 2017, o projeto capitaneado pela produtora Michele Menezes dá novos passos na busca por configurar um espaço de maior autonomia e visibilidade à produção teatral local. Leia mais
23.8.2017 | por Francis Wilker
Em Salvador
O Maré de Março é uma das mais jovens iniciativas brasileiras a integrar o calendário de festivais dedicados às artes cênicas em níveis nacional e internacional. O primeiro semestre do ano costuma ser movimentado por encontros como o Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco, no Recife; o Festival de Teatro de Curitiba; a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp; o Feverestival, em Campinas; e o FIT São José do Rio Preto (SP). Diferentes formatos, interesses curatoriais e modos de produção são tecidos na singularidade de cada um desses projetos. Leia mais
21.6.2016 | por Francis Wilker
Os últimos seis anos de nosso jovem século XXI apresentam elementos para reflexões profundas sobre as transformações sociais em curso. O fenômeno das ocupações de espaços públicos, muitas vezes articuladas pelas redes sociais, é um símbolo importante desse tempo de desestabilização, de crise de modelos políticos, econômicos, educacionais, midiáticos e sociais. A primeira década deste século, talvez, se assemelhe a uma parede com uma rachadura incontornável e que vai ao chão a qualquer momento. O que virá depois da ruína? Leia mais
10.6.2016 | por Francis Wilker
Embora a história contada nos livros tenha sido tão negligente com a trajetória de tantas mulheres que ofereceram contribuições fundamentais ao Brasil; embora, em 2016, a luta pelos direitos das mulheres ainda precise estar em marcha, basta olhar para as ruas, para as redes sociais e para os movimentos da sociedade civil e identificar o forte protagonismo de muitas “Marias” que colocam sua inteligência, coragem, força e sensibilidade na construção de novos mundos. A baiana Maria Marighella, atriz, gestora cultural, mãe de Zeca e Bento, pertence a essa linhagem Leia mais
24.5.2016 | por Francis Wilker
Pode-se caminhar através de um festival como através de uma paisagem. (…) O fantasma do curador-uber, corajosamente criando sua própria obra a partir de obras de arte de outras pessoas não deve ser temido no campo performativo, de forma nenhuma. Pelo contrário, existe sim uma falta de coragem para conferir significado – e não é por modéstia, mas por medo da tarefa
Florian Malzacher
No campo da linguagem o trema se configura como um diacrítico, sinal gráfico utilizado em uma letra para alterar sua realização fonética ou demarcar a independência de uma vogal em relação a vogal anterior. Como verbo, tremer, está associado à ideia de agitar, deslocar, provocar ou sentir tremores. Nas duas acepções, uma palavra associada à alteração. Não por acaso, o lema do pernambucano Trema! Festival de Teatro, criado em 2012, tem como frase de sustentação: “Muda a língua, muda o texto, muda a cena”. Leia mais
8.7.2015 | por Francis Wilker
“As lembranças se gravam na minha memória com traços cujo encanto e força aumentam dia a dia; como se, sentindo que a vida me escapa, eu procurasse aquecê-la pelos seus começos”
Rousseau (Confissões) [1].
Lançando sua sexta publicação dedicada à história da cena teatral pernambucana, Panorama do teatro para crianças em Pernambuco (2000-2010), o jornalista e ator Leidson Ferraz, nascido em Petrolina e morador de Recife desde 1998, tornou-se um personagem importante na pesquisa, registro, análise e disseminação da memória do teatro feito no estado. Leia mais
14.6.2015 | por Francis Wilker
Na região do cerrado é comum a alternância entre os períodos da seca e das chuvas, em que o verde parece devolver vida à paisagem insólita. Em Brasília, já é parte do cotidiano da cidade a proliferação de cigarras após as primeiras chuvas, nos espaços arborizados. Leia mais
11.2.2015 | por Francis Wilker
Com a quarta edição anual agendada para maio próximo, o misto de encontro e mostra “Janela de Dramaturgia” tornou-se um dos protagonistas da difusão, estímulo e discussão da escrita teatral em Belo Horizonte. Na entrevista a seguir, elaborada por email, o dramaturgo, ator, diretor e produtor Vinícius Souza, de 26 anos, coidealizador do projeto com a também atriz e autora Sara Pinheiro, discorre sobre as conquistas e desafios da geração de dramaturgos despontada entre a década passada e a atual, fruto da vocação dos grupos para os processos colaborativos. Cresce também os textos não necessariamente embrionários do trabalho coletivo, reafirmação da perspectiva autoral. Leia mais
17.1.2015 | por Francis Wilker
Para ler ao som de Because, The Beatles, acesse aqui.
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Certamente, para muitos artistas de teatro, escolher um texto e levá-lo à cena significa percorrer um caminho bastante habitual em que vivenciam etapas como realizar leituras de mesa ou procedimentos de análise ativa, dividir personagens, decorar falas, etc. Porém, para alguns grupos, especialmente aqueles criados sob o signo do processo colaborativo ou da criação coletiva, em que a cena e as improvisações dos atores ajudam a compor o texto, o caminho descrito acima se mostra como uma nova e arriscada aventura. Para o grupo mineiro Teatro Invertido, que comemora uma década de trabalho continuado, experimentar essa rota “do texto à cena” se colocou como a possibilidade de descobrir novos desafios e gerar outras dinâmicas criativas para os seus integrantes. Leia mais