10.5.2016 | por Fábio Prikladnicki
A história da recepção crítica da obra de Qorpo-Santo tem sido a história de sua assimilação a um aparato teórico-poético estranho e anacrônico a ela. Desde sua redescoberta, cem anos após a publicação das peças, o autor gaúcho tem sido lido à luz de correntes europeias modernas, como o teatro do absurdo e o surrealismo, em uma estratégia discursiva que o aliena de seu país e de sua época. A reflexão é oportuna porque, neste 2016, são celebrados os 150 anos da dramaturgia de Qorpo-Santo (suas 17 peças, uma delas inconclusa, foram todas escritas entre janeiro e junho de 1866) e os 50 anos da primeira encenação de sua obra, com a histórica montagem do diretor Antônio Carlos de Sena, em 1966, para três textos (As relações naturais, Eu sou vida; eu não sou morte e Mateus e Mateusa) no Clube de Cultura, histórico reduto de esquerda localizado no bairro Bom Fim, em Porto Alegre[1]. Leia mais
13.6.2014 | por Fábio Prikladnicki
A peça Santo Qorpo ou O louco da província, que estreou na semana passada e está em cartaz até domingo (15/6) no Teatro Bruno Kiefer, em Porto Alegre, chega com a hipótese de que a obra do dramaturgo e poeta Qorpo-Santo (1829–1883) deve ser entendida como autobiográfica. É uma tese ousada porque vai na contramão das teorias literárias que pedem cuidado ao tentar explicar a obra pela biografia do autor. Mas há um bom argumento: Qorpo-Santo deixou, sim, textos autobiográficos, e suas peças veiculam uma certa visão de mundo que lhe era muito própria. Leia mais
6.6.2014 | por Michele Rolim
Dramaturgo, poeta, jornalista, tipógrafo, gramático, louco… Essas são apenas algumas das atribuições dirigidas a José Joaquim de Campos Leão, vulgo Qorpo-Santo (1829-1883), como ele mesmo se intitulava. Para a diretora Inês Marocco, ele poderia ser definido como um bufão, “ele era uma figura visionária, à margem da sociedade e criadora de personagens grotescos, exatamente como um bufão”, relata ela, lembrando que Qorpo Santo viveu em uma Porto Alegre do século XIX. Leia mais
6.6.2014 | por Fábio Prikladnicki
São poucos os que se debruçaram sobre a obra do dramaturgo, poeta e escritor gaúcho Qorpo-Santo (1829–1883), mas cada pesquisador apareceu com uma teoria. Há quem o relacione ao teatro do absurdo, ao surrealismo, a uma vertente marginal do romantismo e ao próprio teatro do século 19 – embora suas peças tenham sido encenadas pela primeira vez apenas cem anos depois de serem escritas. Leia mais
17.1.2014 | por Fábio Prikladnicki
Confira os espetáculos que alguns dos mais destacados nomes do teatro e da dança no Rio Grande do Sul preparam para este ano. Leia mais