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Publicações com a tag:

“Itajaí"

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“Itajaí"

Crítica

Dossiê Itajaí

24.5.2019  |  por Valmir Santos

Nenhum festival programa em sua noite de abertura o espetáculo Preto, da companhia brasileira de teatro (PR), e escala para o encerramento Nós, do Grupo Galpão (MG), sem que esteja em perfeita sintonia com o Brasil de 2019, as demandas de pautas identitárias e a oposição cerrada às mesmas pelo grupo político (e militar) instalado no Palácio do Planalto. “Não é de hoje que a cultura, a arte são artífices da construção do novo, do diferente”, escreveu o superintendente administrativo das fundações de Itajaí, Normélio Pedro Weber, na pensata institucional intitulado Trincheira de resistência, publicada no programa do Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha.

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Crítica

Itajaí – Como os sujeitos podem se tornar intérpretes competentes da própria experiência a despeito dos obstáculos da vida? O discurso amoroso pode dar pistas ridículas, como o poeta Fernando Pessoa lia as cartas dos seres enamorados. E propiciar ressignificações subjetivas, como o semiólogo Roland Barthes tocou o coração da linguagem. Digna de figurar como objeto de estudos culturais, por mexer nas bases complexas e idiossincráticas de dois casamentos em que as pessoas são heterossexuais e octogenárias, Ilusões é uma peça em que o escritor russo Ivan Viripaev bagunça as expectativas a partir do título, para deleite estético da La Vaca Companhia de Artes Cênicas.

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Crítica

Em Itajaí

Um dos paradigmas do texto dramático é a capacidade de expor pontos de vistas. Ao constatar ambiguidades e pluralidades, o observador pode fruir sua leitura, afetar-se. Quando os fios não estão dados, a aventura do espectador resulta, em si, a fricção intertextual que o criador contemporâneo deseja obter, suspendendo os significados e plasmando os significantes. São estes que dão as cartas no espetáculo da Cia. Bruta de Arte Leia mais

Crítica

Zooteatralidade

20.8.2015  |  por Valmir Santos

Em Itajaí

De Esopo a Charles Darwin, estendendo a Franz Kafka e George Orwell, a condição humana encontra na animalidade espelhamentos e contrastes que muito interessam aos campos da investigação e da criação em arte, filosofia e ciência. O espetáculo do coletivo mineiro Pigmalião Escultura Que Mexe explora esse terreno de maneira exasperante. Leia mais

Crítica

Em Itajaí

Quando escreveu a peça A voz humana (1929), o francês Jean Cocteau rebatia quem o acusasse de instrumentalizar seus textos com “estruturas maquinais”. Pois acabara de testar uma pegada mais essencial com um monólogo. Num quarto desarrumado, uma mulher aguarda a ligação telefônica do amante que recém a abandonou. Coube ao dispositivo mediar a oralidade, a escuta, os silêncios e o sentimento amoroso em pedaços. Virou sua obra mais montada ao redor do planeta. Leia mais

Crítica

Dialética da fome

20.8.2015  |  por Valmir Santos

Em Itajaí

A cultura popular “de raiz”, como se diz, será sempre uma inspiração aos criadores realmente dispostos ao bom combate. Ela não é para os fracos que a veem como atalho facilitador. Não à toa, a tradição brasileira é repleta de autores que a têm pelo viés da comédia pensada e curtida na sofisticação. Basta citar Martins Pena, Artur Azevedo e Ariano Suassuna. Leia mais

Crítica

Em Itajaí

Vigiar tornou-se um verbo caro aos maniqueísmos operados sobre o imaginário de qualquer cidadão na sociedade do consumo, ora hegemônica. A vida dele dá margem para pensar esta escala ou mesmo aquela dos sistemas autoritários a seco, como retratado no filme A vida dos outros (2006), do alemão Florian Henckel von Donnersmarck Leia mais

Crítica

Sampleando desejos

19.8.2015  |  por Valmir Santos

Em Itajaí

A neutralização do corpo é uma das constantes no teatro pós-dramático. Ele não modula esforço por linhas de emoção ou de identificação. Os atores Denise da Luz e Max Reinert seguem essa percepção à risca em Esse corpo meu? (2014), da Téspis Cia. de Teatro, de Itajaí. Leia mais

Crítica

Sob o manto da singeleza

19.8.2015  |  por Valmir Santos

Em Itajaí

Sob a pele e o espírito da palhaça Mary En, a atriz Enne Marx abre o espetáculo despontando pela porta lateral do teatro, junto à plateia. Sobe ao palco, recebe o foco de luz e aciona um aparelho sonoro para brincar com um jeito diferente de anunciar os três sinais. O público formado por crianças e adultos (estes na maioria) não esboça reação. Leia mais