24.4.2021 | por Laís Marques
“Monólogo dançado”, “show-depoimento”, “dança teatral”, “balé-teatro”, enfim, são múltiplas as leituras. Para abordar a trajetória de Maria Helena Ansaldi, em arte Marilena Ansaldi, é preciso ter em mente as diversas tentativas de classificação que a sua obra sofreu desde meados da década de 1970 até 9 de fevereiro de 2021, quando ela morreu aos 86 anos. Se tais termos dão conta de nomear o trabalho em sua totalidade, ou não, de todo modo conjugam alguns dos principais elementos recorrentes na lida dessa artista paulista: normalmente, trata-se de um trabalho solo, com características de depoimento pessoal, realizado em parceria com as linguagens do teatro e da dança. Além disso, eminentemente autoral. Feito sem concessões e, muitas vezes, a despeito do total descaso com que as políticas culturais frequentemente são tratadas no país.
Leia mais8.11.2016 | por Maria Eugênia de Menezes
A história costuma ser contada a partir do ponto de vista masculino. A história da civilização, do pensamento, das guerras. Esquecemos, muitas vezes, que as macro narrativas que nos acompanham não são neutras, sem gênero. Há um enunciador masculino, branco, vencedor por trás da maior parte dos discursos que reproduzimos. Nesse sentido, Um berço de pedra, obra de Newton Moreno, pode ser lida como uma tentativa de dar voz ao que costumamos alijar do mundo, de ir contra a preponderância do masculino na fabulação. Leia mais
3.6.2015 | por Valmir Santos
O poderio bélico que o presidente Vladimir Putin demonstrou na Praça Vermelha no mês passado não saudava apenas os 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. A vitória sobre a Alemanha nazista foi como que presentificada com toda pompa e circunstância pelo governante aferrado às velhas e eficientes estratégias e táticas de propaganda. Leia mais