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Crítica

Máscara expressionista

14.12.2015  |  por Beth Néspoli

A participação do artista cearense Ricardo Guilherme na II Bienal Internacional de Teatro da USP com um trio de solos – Bravíssimo, Flor de obsessão e Ramadança – faz pensar na insistente validade dos versos “o Brazil não conhece o Brasil/o Brasil nunca foi ao Brazil” que abre a canção Querela do Brasil, de Aldir Blanc e Maurício Tapajós, eternizada por Elis Regina Leia mais

Crítica

A desordem do tempo

12.12.2015  |  por Beth Néspoli

Pouco antes do início do solo Bravíssimo, apresentado pelo artista cearense Ricardo Guilherme no âmbito da II Bienal Internacional de Teatro da USP, um confronto entre policiais e estudantes secundaristas – que há semanas vêm protestando contra a reorganização da rede estadual de ensino – provocou correria na Praça Roosevelt Leia mais

Crítica

Em São Luís

Merece análise a performance Sintética idêntica ao natural apresentada na última noite da Semana de Teatro no Maranhão devido a potencia crítica de alguns dos procedimentos criativos adotados por Erivelto Viana, que atua como Cintia Sapequara. Leia mais

Crítica

Em São Luís

Pode nem ter sido proposital, mas o contraponto entre as formas dramática e a narrativa no espetáculo As três fiandeiras, apresentado já na reta final da X Mostra de Teatro no Maranhão, funciona como uma espécie de argumento a favor da segunda. Leia mais

Crítica

Em São Luís

Numa arte presencial e territorial como o teatro, o empenho pode ser tão importante quanto o desempenho. O objeto artístico que nasce da necessidade irrefreável de expressar inconformidade com algum aspecto da vida social ou da existência tende a produzir relevância de alguma ordem mesmo se os recursos de linguagem nele investidos são precários. Já um ponto de partida frágil, por exemplo, baseado em vaidade ou oportunidade, pode tornar inócuas as formalizações mais elaboradas. Mas quando é preciso dialogar com uma cena cujo processo pouco se conhece, a tentativa de interlocução coloca o crítico na mesma situação do artista-palhaço, ou seja, diante da possibilidade do tombo que expõe os fundilhos rotos da ignorância. Não importa de que lado da ribalta se está, há que correr risco.

É difícil compreender a gênese do solo da atriz e palhaça Nilce Braga, Eles e nós, apresentado na X Semana de Teatro no Maranhão. Leia mais

Crítica

Em São Luís

Não vem exatamente de um grupo ou companhia teatral o espetáculo Núpcias, apresentado na noite de quarta-feira na programação da X Semana de Teatro no Maranhão. Mesmo a palavra espetáculo, como termo significando produto de consumo cultural, talvez não lhe caiba, ao menos como ponto de partida. O Núcleo Atmosfera (NUA) que lhe dá origem foi criado há dez anos no âmbito do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Federal do Maranhão Leia mais

Crítica

Em São Luís

Vem de milenar linhagem cômica a personagem central da peça Palita no trapézio que abriu na manhã de terça-feira a programação infantil da X Semana de Teatro no Maranhão. Palita, palhaça criada por Michelle Cabral, que também assina texto e direção, é parente do João Grilo, do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna e do boneco Benedito, das histórias de Mamulengo, uma família artística de gente de barriga vazia e cabeça cheia de artimanhas. Leia mais

Crítica

A guerra das palavras

7.11.2015  |  por Beth Néspoli

A ação da peça Fidel-Fidel! Conflicto en la prensa, com a qual o grupo argentino El Bachín Teatro comemora seus 15 anos de existência, transcorre dentro da redação do fictício jornal A República, no dia 31 de dezembro do ano de 1958. Trata-se de uma escolha estratégica para Leia mais

Resenha

As portas do teatro se abrem e o público aos poucos se acomoda. Toca o primeiro sinal. A cortina fechada estufa por alguns segundos como se alguém dentro do palco nela tivesse esbarrado. Em seguida é possível escutar o som abafado de um móvel sendo vagarosamente arrastado e sussurros, talvez dos técnicos, possivelmente um último acerto de cenário. Ao terceiro sinal, a sala escurece, a cortina se abre e… Não há absolutamente nada no palco, nenhuma cenografia. Leia mais

Crítica

Dirigida por Eliana Monteiro, a mais recente encenação do Teatro da Vertigem, O filho, tem como fonte de inspiração Carta ao pai, texto do escritor tcheco Franz Kafka endereçado ao seu pai e jamais enviado, só publicado postumamente. Trata-se do documento vivo da relação conflituosa entre eles, relato de sentimentos jamais expressos em diálogo. Leia mais