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Crítica

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Amor amor amor, que está sendo chamado pelo GRUPOJOGO de “exercício cênico”, adapta poemas de Shakespeare, um filão promissor que foi explorado nos últimos anos por nomes como o diretor Robert Wilson e a Royal Shakespeare Company. Leia mais

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Difícil, hoje, ver uma montagem realista de Shakespeare, e o Lear dirigido por Paulo Vinícius, cuja última apresentação ocorreu no domingo passado, se insere na mais usual investida em experimentação de linguagem. Resultou num visual marcante, digno do figurinista e cenógrafo que ele é. O enxugamento da peça é que criou algumas confusões pelo caminho. Leia mais

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Autor de indesviável biografia da cantora Carmem Miranda, de tantas minúcias quanto preciosa no resgate deste mito da canção popular, Ruy Castro acusou não haver musicais made in Brasil. Por alinharem somente canções já compostas (o que não é inteira verdade: vide os musicais de Chico Buarque de Hollanda, por exemplo) deveriam ser chamados de revistas, afirma. Seja lá musical ou revista, Cazuza – Pro dia nascer feliz, produção carioca que realizou cinco sessões bastante concorridas no Grande Teatro do Palácio das Artes, de 1ª a 4/5, é um programa e tanto. De agradar a quem basta apenas o entretenimento e a quem exige do teatro mais que um punhado de situações hilárias e/ou de nomes globais. Leia mais

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Proposta de intercâmbio franco-brasileiro entre a Companhia Brasileira, dirigida por Marcio Abreu, o coletivo Jakart/Mugiscué e o Centre Dramatique National du Limousin, Nus, ferozes e antropófagos foi apresentada no formato de processo dentro da última edição do Festival de Teatro de Curitiba, que tomou conta da capital paranaense entre o final de março e o início de abril. A estreia está marcada para o próximo dia 13 no Théâtre de l’Union – Centre Dramatique National du Limousin, em Limoges, na França. Leia mais

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Não deve ser fácil tornar convincente uma interpretação de Maria Callas, sobretudo no teatro, onde o público avalia de perto o que o ator consegue fazer. Além disso, a soprano foi extraordinariamente fora dos padrões. Considerada a melhor cantora (segundo especialistas, acima até da italiana Renata Tebaldi) e a maior celebridade do mundo da ópera de todo o século 20, ela foi prima donna em vários sentidos: temperamental, prepotente, de frequentes ataques de estrelismo. Exibido em duas sessões no Teatro Bradesco de Belo Horizonte na semana passada, Callas retrata o poente do mito. Quando a americana descendente de gregos já não era A voz, nem atraía mais as multidões que logrou reunir durante sua longa carreira. Leia mais

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Em janeiro de 1982, a duas semanas de sua morte com parcos 36 anos, Elis Regina é sabatinada no programa Jogo da verdade, da TV Cultura. O apresentador Salomão Ésper abre, de chofre: “Elis Regina, até que ponto pode ser profundo e honesto um ‘Jogo da Verdade’ sobre a sua carreira e a Música Popular Brasileira?”. Ela ergue os braços para trás, envolve a nuca com as duas mãos, movimenta o corpo com suavidade na cadeira giratória, para lá e para cá, e discorre sobre desnudar-se completamente perante o outro. “Eu acho que a gente faz parte de um grande teatro. Cada um tem o seu papelzinho e cada um tem o seu coringa gravado, guardado dentro da manguinha, aqui, para fazer sua canastra na hora precisa. Então, na medida em que isso possa ser feito, a gente preserva alguns dados para o futuro, que ninguém é bobo, não é, meu bem?”. Leia mais

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Se nas últimas décadas os debates acerca do teatro pós-dramático ocuparam lugar central na reflexão sobre a cena contemporânea, atualmente, uma prática que vem sendo cada vez mais explorada e discutida nesse mesmo contexto diz respeito aos complexos imbricamentos entre o real e o ficcional presentes em espetáculos atuais. A despeito dos perigos de modismo, o fato é que essa estratégia cênica tem se mostrado potente em suas várias formas de aparição, criando novas perguntas aos artistas e espectadores que compartilham o acontecimento cênico nos últimos anos. Leia mais

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A Armazém Companhia de Teatro vem alternando encenações de textos já existentes, mais ou menos celebrados, com a produção de uma dramaturgia própria, concebida em parceria entre o diretor Paulo de Moraes e o autor Maurício Arruda Mendonça. O dia em que Sam morreu, espetáculo do grupo que estreou na última edição do Festival de Curitiba e faz temporada na Fundição Progresso, é o novo trabalho da dupla. Diferentemente de outras peças assinadas por Moraes e Mendonça, essa não é atravessada por evocação da vida na cidade do interior ou de uma juventude luminosa e nem por proposta de elo lúdico com o espectador favorecido pelo dispositivo cenográfico. Sobressai, isto sim, uma necessidade de frisar uma colocação referente ao estar no mundo, em especial no que diz respeito à consciência e à conduta ética de cada um no cotidiano. Leia mais

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Para quem não é de Curitiba, ver Cássia Damasceno em cena constitui boa surpresa em relação à imagem dominante de seu trabalho como produtora executiva da Companhia Brasileira de Teatro nos últimos anos, em processos criativos locais e circulações por outros estados e países. Ela nunca está em cena. Surpreende duplamente encontrá-la sob a guarida de outro núcleo, Dezoito Zero Um – Cia. de Teatro, e protagonizando Billie, alusões fragmentárias ou flagrantes da biografia da intérprete norte-americana Billie Holiday (1915-1959). Leia mais

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O sensacionalismo das tardes televisivas é pouco preocupado com a verdade. Mesmo quando apela ao tom documental de uma perseguição policial, ao vivo, o apresentador frequentemente enxerga mais do que o câmara e o piloto do helicóptero ao relatar os fatos do estúdio. A natureza espetacular ruge. Em casa, o telespectador interpreta o que vê ou escuta. Ou simplesmente se abstém, deixa-se levar. Esse prólogo desponta por causa do espetáculo Verbo, em que um aparelho de televisão catalisa o cenário de uma sala de estar, ora desligado ora em canal fora do ar, com seus chuviscos em cascata. Leia mais