26.5.2015 | por Helena Carnieri
É um sopro de ar fresco um espetáculo como Amanhã sou outro, com suas cenas contemporâneas, rápidas, criativas, bem ensaiadas. Bom teatro [como se viu na temporada de estreia em Curitiba e, agora, nas três apresentações no Itaú Cultural, em São Paulo, sempre gratuitas]. Leia mais
30.4.2015 | por Valmir Santos
Pródigo no registro e narrativa de sua história, sobretudo nas últimas duas décadas, o Grupo Galpão vem da Belo Horizonte natal para protagonizar em São Paulo, no Itaú Cultural, na noite de quinta-feira, 30, o lançamento de uma coleção de livros com dez volumes, outros dois livros avulsos, um box duplo de DVD e um CD, além de promover a exibição do trecho de um documentário que produziu. A concentração de fôlego é paradigmática do pensamento, da prática e do desejo de compartilhar 32 anos de memória. Razão para celebrar ainda os 17 anos de seu braço para ações culturais e artísticas, o Centro Cultural Galpão Cine Horto, localizado na mesma rua da sede do grupo, a Pitangui, no Horto, bairro da zona leste na capital mineira. Leia mais
17.3.2015 | por Kil Abreu
Mesmo com o recorte curatorial razoavelmente preciso, amparado nos eixos que foram propostos para a MIT 2015, que por um momento recaem sobre temas, assuntos e em outros sobre meios implicados na criação, é uma evidência que o diverso se impõe porque em qualquer caso os contornos desse campo anunciado se alargam na mesma medida em que os temas se transformam em questões de pensamento nem sempre pacíficas e os jogos com a linguagem se renovam a cada um dos trabalhos apresentados na Mostra. Mas, se o diverso é uma evidência é preciso então investigar as suas nuances. Porque uma crítica que se conforma à constatação da diversidade ou à sua mera descrição é uma crítica natimorta. Exije-se, pois, para sair fora dessa condição, certo espírito de uma aventura possível de pensamento. Leia mais
29.11.2014 | por Valmir Santos
As representações de deuses, homens, animais ou seres fantásticos remontam aos primórdios da humanidade. Arqueólogos estimam que desde o terceiro milênio antes de Cristo, por exemplo, povos do Egito ou da Mesopotâmia já recorriam a sombras, pinturas ou entalhes nas rochas e cavernas para demarcar rituais e festejos, profanos ou sagrados, em celebração às forças da natureza: terra, fogo, água e ar.
Num salto para este século 21 as formas animadas, ou simplesmente formas não humanas mantêm a energia renovada apesar de tão ou mais antigas que a expressão corporal propriamente dita. Os recursos da máscara, da silhueta, do objeto e do boneco evoluíram ao longo do tempo em associação estreita com as reinações do teatro, da dança, do circo ou da ópera, multiplicando as possibilidades de criação.
Uma síntese extraordinária dessa ancestralidade alinhada ao imaginário contemporâneo brota justamente do teatro de bonecos que o Grupo Giramundo abraça há 44 anos e cuja memória é esquadrinhada na Ocupação em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo, entre 29/11 e 11/1. Leia mais
De 12 a 16 de novembro, o encontro Rumos Legado se debruça sobre os acúmulos crítico, estético e político de sete edições do Próximo Ato – Encontro Internacional de Teatro Contemporâneo e da edição única do Rumos Teatro (2010-2012), anterior à conjunção de todas as áreas e formulação global do programa do Itaú Cultural, instituto realizador. A jornada é composta de três espetáculos; sete encontros em que grupos contemporâneos brasileiros compartilham experiências; e duas mesas que aprofundam o debate sobre a relação entre teatro e cidade e sobre modos de direção artística. Todas as atividades são gratuitas. Leia mais
27.5.2014 | por Maria Eugênia de Menezes
Uma máscara não é só uma máscara. Para Enrico Bonavera, cada uma delas pode trazer em si a porta que dá acesso a um outro mundo. Algum lugar onde as palavras podem ser suprimidas, onde o rosto do ator se apaga para que todo o seu corpo possa falar. Leia mais
Para um encontro que se quer arrojado em seu formato e conteúdo, a Mostra Internacional de São Paulo, a MITsp, revelou-se bastante convencional em sua cerimônia de abertura ocorrida na noite de sábado no Auditório Ibirapuera. Leia mais
5.3.2014 | por Valmir Santos
Faz 40 anos que a cidade de São Paulo abriga, com intermitência, encontros internacionais de teatro na acepção moderna que esses certames adquiriram no mapa-múndi após a Segunda Guerra (1939-1945). Vide os dois festivais estabelecidos em 1947 e tão paradigmáticos como diversos em seus formatos: o de Avignon, na França, e o de Edimburgo, na Escócia. Popularizar a arte teatral, interagir com outras manifestações-irmãs como a dança, a ópera, a música e as artes plásticas e abrir-se à cultura de outros países e continentes são algumas das premissas instigadoras. As mesmas que, em certa medida, moveram a atriz e empresária Ruth Escobar a promover, em 1974, o pioneiro Festival Internacional de Teatro em São Paulo, dois anos após Paris fixar o seu no calendário cultural, o Festival de Outono. Eram incomensuráveis os desafios de Escobar no país subdesenvolvido, de “terceiro mundo” e às voltas com o décimo aniversário da ditadura militar. Leia mais
11.2.2014 | por Beth Néspoli
Com as próprias mãos a dupla Dico Ferreira e Katiane Negrão insufla vida às velhinhas protagonistas de Tropeço, espetáculo de animação com apresentação única nessa quarta-feira (12/2), às 20h, no Instituto Itaú Cultural da Avenida Paulista. Pequenos gestos cotidianos são matéria cênica manipulada pelos atores nessa criação de alta densidade poética e existencial, e técnica surpreendente. Fundada em Ouro Preto, em 2004, pela dupla de atores atualmente radicada em Curitiba, a Tato Criação Cênica vem desenvolvendo sua estética singular no amálgama entre linguagens do teatro de animação e a mímica corporal. Leia mais