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“Um bonde chamado desejo"

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“Um bonde chamado desejo"

Entrevista

Na noite em que completou 86 anos, em 12 de dezembro passado, Antunes Filho foi ao teatro vestindo camiseta branca. Estampava no peito palavras de Fernando Pessoa, leia-se Álvaro de Campos, em Tabacaria: “Tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Na ocasião, já ensaiava Blanche, que entraria em cartaz dali a 103 dias. Leia mais

Crítica Militante

Sopros do fonemol

17.6.2016  |  por Valmir Santos

Um procedimento criativo de que lançou mão há 25 anos retorna feito bumerangue à cena de Antunes Filho. Substituir da boca dos atores o idioma corrente do espectador brasileiro por uma fala ininteligível, sob a alcunha de fonemol, foi o risco que ele assumiu em Nova velha estória, em 1991, relativizando o sistema de representação e o maniqueísmo no conto de fadas de Chapeuzinho Vermelho. Seria imprudente colar à obra sexagenária desse artista o gesto de repetir-se em Blanche Leia mais

Crítica Militante

Ela pegou o bonde certo, mas pensou estar errada. Desejo é um subdistrito em New Orleans, Luisiana, no caminho para se chegar à Avenida Champs Elysée, onde vivem Stella e Stanley Kowalski. O bairro chama-se assim em homenagem a Desirée Clary, ex-noiva de Napoleão Bonaparte. Desirée era francesa, como o nome de Blanche Dubois (Bosque Branco) e de sua propriedade perdida em razão de dívidas, Belle Rêve (Belo Sonho). O bonde e a avenida são mencionados uma única vez no texto de Um bonde chamado desejo, de Tennessee Williams. A propriedade, 18 vezes. Leia mais