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Biocritica - Uma questão de conta...

BiocríticaAgora Crítica Teatral conta...

Uma crítica fora do eixo

5.2.2021  |  por Michele Rolim

Foto de capa: Divulgação

A crítica de teatro no século XX foi marcada, majoritariamente, pelo caráter legislador, baseada no julgamento de valor e na busca de supostas verdades. Mesmo que a cena teatral e também a crítica tenham sofrido mudanças, o conservadorismo persiste em Porto Alegre.

A crítica no veículo impresso em Porto Alegre foi determinante para muitos grupos se firmarem no cenário gaúcho no século passado. A exemplo da primeira encenação da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz formada por duas peças curtas, A divina proporção e A felicidade não esperneia patati patatá, que agradou ao crítico da Zero Hora da época. Claudio Heemann publicou no jornal em 24 de abril de 1978 a seguinte análise: “Há vinte anos, Porto Alegre não produzia um espetáculo com propósitos tão devastadores” (HEEMANN, 2006, p. 38). Também comparou o espetáculo a produções de grandes cidades internacionais: “O espetáculo tem força e convicção, com uma atmosfera densa e coerente, criada com a coragem e a invenção que estamos acostumados a ver nos teatros experimentais de Londres, Greenwich Village ou Paris” (2006, p. 38).

Mesmo com as dificuldades, o Agora Crítica Teatral se firma no cenário gaúcho por não pensar a crítica como algo ‘externo’ e ‘isento’ das obras que analisa. E esse é o grande diferencial da crítica conservadora, que se percebe fora, isenta e até acima da obra. Ao analisar e ajudar a construir um olhar sobre o trabalho a crítica, em alguma medida, entra na cadeia de criação também e ajuda a compor o trabalho. Isso fica bem evidenciado no projeto Transit, que adentra o campo da própria criação. São aspectos importantes que o Agora faz e que, para a editora, é o que artistas e diretores gaúchos desejam: uma crítica cúmplice, presente e criadora

Inaugurada de forma sistemática e permanente no jornal Zero Hora, a crítica teatral em Porto Alegre de 1978 a 1990 era assinada por Claudio Heemann. Depois de Heemann, a Zero Hora abandonou o sistema de uma coluna periódica e passou a solicitar crítica por demanda, realizada, ultimamente, de maneira esporádica no jornal.

O único diário que permanece tendo uma coluna semanal de crítica é o Jornal do Comércio. Antonio Hohlfeldt, 71 anos, assina a coluna desde 2000. Ele pertence à geração de críticos modernos teatrais de Porto Alegre, como Fernando Peixoto (1937-2012), Edison Nequete (1926-2010) e Décio Presser.

É dentro desse cenário, mas com uma proposta diferente, que surge o Agora Crítica Teatral em 28 de julho de 2015, fruto de uma demanda vinda da própria classe teatral.

Em um workshop realizado em 2014 pelo Goethe – Institut em Porto Alegre, jovens diretores de teatro expressaram a necessidade do aprofundamento e de uma mudança da crítica. Por conta dessa solicitação, a instituição e a Coordenação de Artes Cênicas da Prefeitura Municipal de Porto Alegre firmaram parceria na atividade coordenada pelo crítico alemão Jürgen Berger e da qual participaram Helena Carnieri (Curitiba), Mateus Araújo (Recife), Michele Rolim, (Porto Alegre), Patrick Pessoa (Rio de Janeiro), Renato Mendonça (Porto Alegre), Ruy Filho (São Paulo) e Soraya Belusi (Belo Horizonte). A ação resultaria num site de crítica, acompanhando a tendência de outros espaços existentes no Brasil como Teatrojornal (SP), Questão de Crítica (RJ), Horizonte da Cena (BH) e Satisfeita, Yolanda? (PE).

Como se vê, a equipe era formada por críticos de diversas partes do Brasil e buscava dar um caráter nacional ao site. Os integrantes do workshop formaram a equipe original até dezembro de 2016. Dessa forma, o Agora abriga reflexões sobre espetáculos apresentados no país e no mundo (seção Crítica), bem como textos de teoria, processos de criação, entrevistas e reportagens (seção Cena Teatral).

Ressalta-se que o site contou financeiramente com o Goethe-Institut apenas no primeiro ano de existência. Logo, as publicações se tornaram cada vez mais esporádicas pela maioria dos participantes nacionais.

Sandro Ka Editora do Agora Crítica Teatral, publicado desde 28 de julho de 2015, Michele Rolim acompanha ensaio de ‘As trevas ridículas’, peça do alemão Wolfram Lotz com direção de Alexandre Dill, do grupojogo, programada no projeto Transit do Goethe-Institut Porto Alegre, em 2017

A partir de janeiro de 2017, o Agora resolveu assumir o caráter regional e independente do Goethe-Institut, e, na equipe, permaneceram apenas os editores Michele Rolim e Renato Mendonça, e seguiu ainda aberto a colaboradores convidados.

Desde a sua criação, o site buscou fazer o contraponto à postura legisladora e impositiva da crítica em Porto Alegre, defendendo uma relação construtiva e horizontal entre a crítica e a cena.

No entanto, desde 2017, apesar de diversas ações em âmbito regional, o Agora começou a enfrentar dificuldades de autossustentação. Boa parte da renda provinha dos festivais nacionais. Os textos se voltaram muito mais aos espetáculos de fora do Estado e não foi possível cumprir uma agenda de caráter regional. Em 2019, o editor Renato Mendonça se desliga do site e Michele Rolim assume, sozinha, o cargo de editora.

Mesmo com as dificuldades, o Agora se firma no cenário gaúcho por não pensar a crítica como algo “externo” e “isento” das obras que analisa. E esse é o grande diferencial da crítica conservadora, que se percebe fora, isenta e até acima da obra. Ao analisar e ajudar a construir um olhar sobre o trabalho a crítica, em alguma medida, entra na cadeia de criação também e ajuda a compor o trabalho. Isso fica bem evidenciado no projeto Transit, que adentra o campo da própria criação. São aspectos importantes que o Agora faz e que, para a editora, é o que artistas e diretores gaúchos desejam: uma crítica cúmplice, presente e criadora.

Parcerias institucionais

Ao longo de sua trajetória, o site Agora estabeleceu três importantes parcerias: o Goethe-Institut, a Aliança Francesa e o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, realizando muitas ações nas quais as três instituições estavam envolvidas, como o seminário “Olhar Crítico sobre a Cena Contemporânea”, que trouxe a Porto Alegre o crítico, dramaturgo‚ professor e pesquisador de estética e estudos teatrais Yannick Bütel, da Université de Provence Aix-Marseille, da França, em 2016. Inclusive, a partir dessa aproximação, o Agora ganhou um novo parceiro: o site L’INSENSÉ, também francês, coordenado pelo próprio Bütel. O Agora trocou traduções de críticas nos moldes do que já está sendo feito com o site Ágora, do Chile.

Essa parceria levou a editora Michele Rolim ao colóquio “La critique, un art de la rencontre”, que ocorreu também em 2016 em Marseille, onde ela participou da mesa-redonda “A crítica à obra”, junto a artistas alemães e franceses, e ministrou um ateliê de “Escritura Crítica”, destinado aos estudantes da Universidade de Aix-Marseille. Também publicou uma crítica em parceria com Bütel sobre a intervenção urbana Réplique, projeto que a diretora e atriz brasileira Evelise Mendes estreou no colóquio.

Dentro desses intercâmbios, destaca-se ainda a presença do Prof. Dr. Didier Plassard, da Université Paul Valery, em Montpellier, na França, para a conferência: “Pode-se fazer teatro de tudo: as interferências do real e o caráter ilimitado da teatralização na cena contemporânea”. O ação realizada em 2017 partiu da relação com o real para discutir as tendências artísticas da cena europeia e norte-americana no período 1980-2010. Entre os casos que foram analisados com mais profundidade, destacam-se o teatro documentário, o coletivo suíço-alemão Rimini Protokoll e o Nature Theatre of Oklahoma. No mesmo ano, Plassard foi um dos convidados da edição da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo.

Essas experiências de caráter acadêmico ajudaram a fortalecer a imagem do Agora de não ser um site voltado apenas à escrita dos espetáculos, mas também à reflexão coletiva da cena, reforçando a necessidade de expandir fronteiras e de pensar a cena teatral para além do Brasil.

Ressalta-se que a editora-chefe do site Agora também é pesquisadora acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fato que proporciona experiências também com a chancela da academia, abrindo uma rede de contatos e de trocas fundamentais para futuras pesquisas.

Projeto Transit

Em 2017, inaugurou-se aquele que seria um dos principais carros-chefes de trabalho do Agora, o projeto Transit, idealizado pelo Goethe-Institut Porto Alegre em correalização do Sesc Porto Alegre e parceria com o Agora.

O projeto surge para estabelecer trocas entre continentes, estéticas e gerações. Dois diretores encenam o mesmo texto e cada editor do Agora acompanha um dos processos de criação como críticos e provocadores nos ensaios, escrevendo textos sobre os trabalhos. Para dar a largada no projeto, foram convidados os diretores Camilo de Lélis e Alexandre Dill para encenarem, separadamente, As trevas risíveis, pela primeira vez, em palcos brasileiros. Considerado uma das revelações da dramaturgia e da poesia alemã, Wolfram Lotz, 35 anos, foi escolhido dramaturgo do ano de 2015 em seu país, justamente por esta obra.

Para os editores, uma experiência um tanto quanto inédita, como desejada. De certo modo, na prática, assume-se algumas semelhanças com a função de dramaturg ou dramaturgista, que surge, no contexto da estrutura teatral alemã, no século XVIII, com as investigações de Gotthold Ephraim Lessing (1729-1781) sobre que caráter deveria assumir o teatro daquele país. Daí, então, também o desejo do Goethe Institut de difundir essa questão, uma prática tão comum na Alemanha e que ganha fôlego no Brasil por volta dos anos 1980.

Em 2018, o texto escolhido foi Beben (em português, Tremor), escrito pela dramaturga e diretora Maria Milisavljevic com os encenadores Patricia Fagundes (Cia. Rústica) e Lucca Simas. Em 2019, tivemos Paradies spielen, peça do austríaco Thomas Köck dirigida por João de Ricardo (Cia Espaço em BRANCO ) e Maurício Casiraghi (ATO Cia Cênica).

Em 2020, importantes mudanças ocorreram. O texto escolhido foi Wonderland ave., da autora alemã Sibylle Berg, dirigido por Júlia Ludwig (Coletivo das Flor e Bloco da Laje) e Leandro Silva (Grupo Fuzuê de Animação). A edição teve que se adaptar às restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus e, consequentemente, adquiriu um formato remoto, com os ensaios realizados por plataformas digitais. Além disso, participou pela primeira vez o crítico Henrique Saidel, ao lado de Michele Rolim e, dessa vez, os textos foram escritos de maneira coletiva.

Maciel Goelzer O espetáculo de formas animadas ‘Criaturas da literatura’, da Cia. Teatro Lumbra, participou do Porto Verão Alegre em 2020 e foi analisado pelo artista bonequeiro e colaborador Leandro Silva

Os relatos de processo e as entrevistas com diretores têm uma função importante pela mediação da obra com o público, pois ajudam os espectadores a entenderem a obra por dentro, a partir das escolhas dos diretores e equipes, e por apresentarem as dificuldades e mudanças de curso na realização dos trabalhos. Isso é relevante por contribuir com a formação de plateias para o teatro e também por permitir ao espectador, a partir da leitura desses materiais, um outro alcance das obras, certamente, de forma mais profunda. Ao registrar processos de criação e não somente a obra final, estreada e encenada, o Agora se constrói como uma fonte de pesquisa para as artes cênicas a respeito da análise de processos criativos.

Festivais

Menos de um ano após seu lançamento, os participantes do site passam a integrar a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo 2016 (MITsp) na produção de críticas diárias, ao lado do blog Satisfeita, Yolanda?, dos sites Horizonte da Cena, Teatrojornal e da revista eletrônica Questão de Crítica.

Com financiamento do Goethe-Institut, a MITsp programou o Dia Crítico – Jornada sobre a crítica teatral em plataformas digitais no Brasil e no mundo. Um dia de debates, com palestras dos críticos Jürgen Berger (Alemanha) e Federico Zurita (Chile), além de uma roda de conversa com coletivos de crítica teatral do Brasil. Desde 2016, a editora Michele Rolim vem acompanhando a mostra e em 2020 coordenou a prática da crítica.

O Festival Palco Giratório Sesc/POA também foi um grande parceiro ao longo dessa trajetória. Desde 2016, o Agora atua no festival: acompanhando os seminários e desenvolvendo registros e críticas dos espetáculos, desenvolvendo oficina, mediando debates e participando ativamente do projeto Transit, cuja apresentação acontece dentro do evento. O Agora também esteve no Festival de Teatro Rua de Porto Alegre, Festival de Curitiba, FIAC – Bahia, Mirada e FIT-BH.

Num dos principais festivais da capital gaúcha, o Porto Alegre Em Cena, o Agora conseguiu viabilizar poucas parcerias. Os críticos Michele Rolim e Renato Mendonça produziram e postaram, disponibilizando ao público, textos sobre todos os dez espetáculos gaúchos concorrentes no prêmio Braskem Em Cena. Essa ação aconteceu apenas duas vezes. Isso se deve ao fato de que os gestores do festival não veem como prioridade fomentar a crítica na cidade e isso dificulta ainda mais o fortalecimento dessa prática na capital do Rio Grande do Sul.

Experiência internacional

Em 2017, os editores do site Agora embarcaram para a Europa para cobrir o Festival de Avignon, na França. Na agenda, também constaram encontros com artistas, críticos e produtores de teatro em Frankfurt, na Alemanha. A viagem foi viabilizada pela parceria com o Goethe-Institut Porto Alegre (GI) e a Aliança Francesa de Porto Alegre (AF), custeada, parcialmente, por meio de projeto da AF financiado pela Lei Rouanet. 

Foi uma viagem de apenas oito dias, mas contribuiu para o Agora dar mais um passo no seu projeto de estabelecer contatos internacionais. Lá, os críticos dialogaram com jornalistas, artistas, membros da administração da cultura e dirigentes de centros culturais, tais como o Naxoshalle (instalado em uma ex-fábrica de lixas) e o moderno Künstlerhaus Mousonturm.

Divulgação Cena do espetáculo ‘Die kabale der scheinheiligen’ (A cabala dos hipócritas), baseado em texto do russo Mikhail Bulgákov, do francês Molière e outros, com direção do alemão Frank Castorf, do Volksbühne, exibido no Festival de Avignon em 2017, evento acompanhado pelos então editores conjuntos do Agora, Michele e Renato Mendonça

No Festival de Avignon, dois espetáculos se diferenciaram pela grandiosidade: Antigone, criado especialmente para o festival, pelo japonês Satyoshi Miyagi, e encenado em meio a uma pequena piscina montada no Palácio dos Papas; e Die kabale der scheinheiligen, (A cabala dos hipócritas) do alemão Frank Castorf, apresentado no Parque de Exposições de Avignon, incluindo enormes cenários que se deslocavam, projeções em tempo real dos atores em cena e uma duração acima de cinco horas.

Um dos destaques ficou por conta do encenador português Tiago Rodrigues, que mostrou Sopro ao ar livre, em um palco montado num convento construído no século XIII. A peça seria um dos destaques da programação da MITsp 2020, mas foi cancelada devido à pandemia.

Coabitaram o festival duas diferentes formas de produção. Uma diz respeito aos espetáculos da programação oficial, na qual se apresentaram grandes produções, boa parte delas subsidiada pelo Estado. De outro lado, na programação denominada Avignon OFF tivemos as montagens independentes, em sua grande maioria levada por pequenas trupes teatrais, as quais financiam sua produção, estadia e aluguel de espaços para se apresentar.

O Brasil não estava representado na mostra oficial e nem no OFF 2017. Mas o festival francês deu a dimensão de como as artes cênicas podem movimentar diversos setores de uma cidade e fez com que fosse possível refletir não apenas acerca da estética dos espetáculos, mas sobretudo sobre o quanto os meios de produção são importantes para o desenvolvimento dessa referida estética.

Para a editora do Agora, essa viagem foi fundamental, já que sua pesquisa acadêmica está voltada para a curadoria dos festivais brasileiros. Dessa forma, a editora-pesquisadora pode  elaborar questionamentos sobre o modelo brasileiro em contraste com o modelo francês, já que o Festival de Avignon é uma referência internacional. Esclarece-se: não se trata de comparar um modelo a outro, mas a aproximação do teatro da França possibilitou observar a cena brasileira com mais clareza e apontar aspectos que são característicos da curadoria de festivais brasileiros e outros que versam sobre particularidades do campo teatral, independentemente do contexto e do território em que se realizem.

Crítica em colaboração

O Agora constrói uma rede de colaboradores, convidando artistas e jornalistas para analisar uma obra a partir do lugar de sua prática artística e de escrita. Para falar da dança, contamos, até 2019, com a colaboração do jornalista Carlinhos Santos, mestre em dança e educação pela Universidade de Caxias do Sul (UCS- RS), e que escrevia a coluna 3por4, dedicada à cultura, no jornal Pioneiro (Caxias do Sul).  Sua atuação inclui também trabalhos como crítico em festivais e encontros de dança no Brasil e colaborações com sites de dança.

Além da dança, um outro campo que precisava de um olhar mais especializado é o do teatro de animação. No Rio Grande do Sul, existiu uma das associações de bonequeiros mais atuantes do país, gerando-se um festival de teatro de bonecos de renome internacional, o Festival de Bonecos de Canela. Destacamos, também, que  muitos bonequeiros do sul foram lideranças importantes do movimento nacional, realizando muitas pesquisas de inovação da linguagem. Temos grupos voltados a essa linguagem com mais de 20 anos de trajetória.

Adriana Malchiori Leonardo Machado e Priscilla Colombi atuam em ‘Fala do silêncio’, direção de Patricia Fagundes, da Cia Rústica, espetáculo que recebeu crítica da editora do site e venceu o 12º Prêmio Braskem em Cena, em 2017

Para poder ter uma crítica a partir dos pressupostos da linguagem do teatro de animação, o Agora se aproximou, por conta da parceria estabelecida no Transit,  do artista bonequeiro Leandro Silva, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, autor da dissertação Teatro de animação e tecnologias: um olhar a partir da Interface sobre o trabalho de algumas companhias do Rio Grande do Sul.

A dramaturgia de autoria de mulheres, nos últimos meses, está representada pela colaboração de Natasha Centenaro, que é escritora, dramaturga, jornalista, mestra em escrita criativa e doutora em teoria da literatura (PUCRS/CNPq), professora e pesquisadora em letras. Ela é autora de Duas vezes draMática (EDIPUCRS, 2018).

Também tivemos uma importante mudança. Depois de três edições do Transit acompanhadas por Renato Mendonça, foi feito o convite ao professor de artes dramáticas Henrique Saidel, da UFRGS, vindo a colaborar com o projeto. Como Saidel atuou em diversas frentes – como professor, performer, diretor e crítico – pode contribuir ativamente na função de crítico-provocador.

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Michele Rolim (Porto Alegre, 1986) é jornalista e crítica fundadora do site Agora Crítica Teatral. Atua na imprensa cultural desde 2009. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS. Autora do livro O que pensam os curadores de artes cênicas (Editora Cobogó, 2017). Membro da FIBRA – Rede de Festivais Internacionais Brasileiros para Crianças e Jovens e conselheira estadual de cultura do Rio Grande do Sul. Participou de diversos júris de teatro. Vem atuando em festivais de artes cênicas no Brasil como crítica e debatedora. Em 2019 realizou a curadoria da Espetacular – Mostra Internacional de Artes para Crianças, em Curitiba. No ano seguinte, coordenou a prática da crítica na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp.

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