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Publicações com a tag:

“Porto Alegre"

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Artigo

Vãos e vens

20.3.2025  |  por Valmir Santos

Nos últimos dias, a memória reacendeu imagens dilacerantes geradas pela pandemia de coronavírus que causou mais de 7 milhões de óbitos no planeta, desde março de 2020. O distanciamento social foi uma das medidas mais adotadas por governos não negacionistas, ao contrário da criminosa gestão do Ministério da Saúde no Brasil, sob governo civil-militar. Como se sabe, nos períodos mais críticos, antes da chegada das vacinas, a medida visava a restringir a interação entre pessoas para diminuir a velocidade de transmissão. Pois reminiscências daquele olho de furacão sanitário podem ser percebidas em outras chaves segundo o corpo sócio-histórico de diferentes formas de lonjuras e proximidades, os vãos e vens que cruzaram espetáculos e ações de Rondônia e Rio Grande do Sul durante a segunda e última semana do Projeto Conexões Norte-Sul, organizado por Sesc RS e Itaú Cultural, de 6 a 16 de março, na sede da instituição paulista, em simultaneidade aos cinco anos do princípio da COVID-19.

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Novos velhos corpos 50+, direção geral Suzi Weber, com Coletivo 50+ (Eva Schul, Monica Dantas, Weber, Eduardo Severino, Rossana Scorza e Robson Lima Duarte)

Artigo

“A gente é feito roda, sanfoneiro, só se equilibra em movimento”. Quando o dono da trupe e cafetão Lorde Cigano fala ao sanfoneiro Ciço, na parte final do filme Bye bye, Brasil (1979), de Cacá Diegues, a Caravana Rolidei já tinha trocado de caminhão e adotado a grafia Rolidey, agora em letreiro luminoso. No roteiro, seus artistas ambulantes rumam de Brasília para Rondônia, na tentativa de desviar da modernidade da televisão que tomava de assalto os lares urbanos do país. Levemente adaptada, a frase é citada no espetáculo teatral Meu amigo inglês (2022), do diretor e dramaturgo Mário Zumba, uma produção do Grupo O Imaginário, em atividade desde 2005 em Porto Velho.

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Biocritica Agora Crítica Teatral conta...

Biocritica - Uma questão de conta...

A crítica de teatro no século XX foi marcada, majoritariamente, pelo caráter legislador, baseada no julgamento de valor e na busca de supostas verdades. Mesmo que a cena teatral e também a crítica tenham sofrido mudanças, o conservadorismo persiste em Porto Alegre.

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Reportagem

Se os museus brasileiros, locais destinados à preservação e pesquisa da História e da Cultura, não recebem a devida atenção, imagine a dificuldade das companhias de teatro para manter acervos de uma arte intrinsecamente associada ao efêmero. Na tentativa de dimensionar ao menos em parte o problema, o Teatrojornal entrevistou integrantes de alguns grupos brasileiros que além da lida cotidiana por recursos para a criação de espetáculos e sedes para a preparação de suas obras – processo que envolve investigação de temas, leituras, espaço físico para ensaios e experimentação com materiais, para pesquisa de figurinos, de luz e de sonoridades – têm de lidar também com a dificuldade de conservação de trajes, cenografia, objetos de cena e registros de memória tais como fotos, programas, publicações. Leia mais

Crítica

Reunindo diferentes bandeiras, as manifestações de junho de 2013 obtiveram ganhos importantes, como o que diz respeito ao preço das passagens de ônibus, cujo aumento foi o estopim do movimento, mas questões estruturais que figuraram entre as reivindicações, a exemplo do fim da corrupção e da melhoria dos serviços públicos, não foram articuladas estrategicamente em um projeto político. As demandas são igualmente ou mais graves hoje do que eram na ocasião.

A herança simbólica de junho de 2013, entretanto, vai além de seus eventuais ganhos e limitações. Desde então, foram inúmeras as peças que traduziram, nas mais criativas formas, a ideia do gigante que acordou. Não tem sido rara a inserção de cenas de protestos nas produções. Em outros casos, as próprias manifestações servem de motivo principal, como ocorre em No que você está pensando?, primeiro trabalho do coletivo Cena Expandida Leia mais

Crítica

No seu aniversário de 4 anos, Karen Radde (hoje com 42 anos) disse: “Meu pai um dia irá morrer, mas com o Teatro Novo isso nunca vai acontecer, porque vou continuar cuidando dele”. Desde então, 38 anos se passaram e, tal qual um vaticínio, a promessa de Karen se cumpriu: agora seu pai, Ronald Radde, criador de uma das mais importantes companhias gaúchas Leia mais

Reportagem

Falar da história da Cia. Gente Falante é também resgatar mais de duas décadas do teatro de formas animadas. Referência no Rio Grande do Sul, a companhia é formada por Paulo Martins Fontes, também fundador, e Eduardo Custódio. O percurso traçado por eles está reunido no livro Cia. Gente Falante – história, processos e perspectivas Leia mais

Reportagem

Escuta e ficção de si

29.10.2015  |  por Michele Rolim

O exercício de escuta na contemporaneidade nunca foi tão necessário, pois vive-se em uma sociedade no qual os problemas de comunicação têm desastrosas consequências para todas as relações. De olho neste dilema, a atriz Luciana Paz (ex-integrante do grupo Falos & Stercus) realiza o projeto Três direções para escuta – 10 anos de CPTA: Centro de Pesquisa Teatral do Ator. Leia mais

Crítica

Se Deleuze e Guattari desconstruíram a psicanálise freudiana por meio da categoria do anti-Édipo, a peça O feio, da Ato Cia. Cênica, busca em outro mito sua razão de ser: encena uma paródia do autocentramento do sujeito na sociedade do espetáculo com um manifesto anti-Narciso. Leia mais

Artigo

Na “farsa irresponsável” Viúva, porém honesta (1957), uma peça divertida e subestimada de Nelson Rodrigues, o grande dramaturgo alfineta o ofício do crítico teatral por meio do personagem Dorothy Dalton, um fugitivo do Serviço de Assistência ao Menor Leia mais