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Crítica

Em O amante, Marguerite Duras escreve: “A história da minha vida não existe. Ela não existe. Jamais tem um centro. Nem caminho, nem trilha. Há vastos espaços onde se diria haver alguém, mas não é verdade, não havia ninguém. A história de uma pequena parte da minha juventude, já a escrevi mais ou menos, quero dizer, já contei alguma coisa sobre ela, falo aqui daquela mesma parte, a parte da travessia do rio. O que faço agora é diferente, e parecido. Antes, falei dos períodos claros, dos que estavam esclarecidos. Aqui falo dos períodos secretos dessa mesma juventude, das coisas que ocultei sobre certos fatos, certos sentimentos, certos acontecimentos. Comecei a escrever num ambiente que me obrigava ao pudor.” Leia mais

Reportagem

Ceronha Pontes é daquelas atrizes completas. “Ela é uma mulher de textos fortes, você sabe”, resume perfeitamente bem Claudio Kovacic, reconhecido chef de cozinha e recém-estreante diretor de teatro. Daquelas mulheres que tomam o palco com grandiosidade de interpretação e prendem a plateia pela precisão dos gestos e da emoção, Ceronha estreia, hoje (5/11/), uma nova personagem, forte e particular: Marguerite Duras. Trata-se de um encontro poético e apaixonado com a história de vida da escritora e cineasta de origem vietnamita, considerada nome fundamental da literatura do século 20. Leia mais

Nota

De 12 a 16 de novembro, o encontro Rumos Legado se debruça sobre os acúmulos crítico, estético e político de sete edições do Próximo Ato – Encontro Internacional de Teatro Contemporâneo e da edição única do Rumos Teatro (2010-2012), anterior à conjunção de todas as áreas e formulação global do programa do Itaú Cultural, instituto realizador. A jornada é composta de três espetáculos; sete encontros em que grupos contemporâneos brasileiros compartilham experiências; e duas mesas que aprofundam o debate sobre a relação entre teatro e cidade e sobre modos de direção artística. Todas as atividades são gratuitas. Leia mais

Crítica

O que é inegociável?, questiona um personagem de O dia em que Sam morreu. Se em tudo é possível fazer concessões, se todas as coisas têm um preço, o que resta como ponto de resistência? Na mais recente montagem da Armazém Cia. de Teatro, grupo com mais de 25 anos de trajetória, a ética surge como problemática a ser esmiuçada. Leia mais

Crítica

Aquilo que é da ordem do imprevisto, do acaso, surge calculadamente esquadrinhado no palco para erguer a biografia não autorizada e devidamente inventada de uma mulher e da cidade que mais a forjou para o mundo. Leia mais

Crítica

Não é incomum que atores procurem no teatro papéis que sirvam para dar nova dimensão e credibilidade às suas carreiras. Na Broadway, galãs e mocinhas do cinema buscam reconhecimento ao montar clássicos. Aqui, a lógica também se repete, prioritariamente entre aqueles que construíram suas trajetórias na TV. Funciona como uma espécie de certificado de que, por trás da fama, existe talento. Leia mais

Reportagem

Quem iria imaginar que “os prediozinhos do Lutzenberger” – até então, assim chamados pela vizinhança – viriam a se tornar um centro de arte. Listado como patrimônio histórico de Porto Alegre, o lugar, agora denominado Vila Flores (que também abriga projetos voltados à educação e à economia criativa) vem se tornando um novo espaço para a cultura. Leia mais

Reportagem

A frase é dita pelo personagem Max para seu companheiro Horst: “Eu te amo, e o que tem de errado nisso?”. Ambos são gays e estão em um campo de concentração nazista, mas isso poderia ser dito por qualquer homossexual nos dias de hoje, que ainda enfrenta preconceito e violência. Leia mais

Crítica

Levar a vida é preciso: aproveitar o momento, não se preocupar muito porque tudo passa rapidamente. Eis a receita do homem contemporâneo para escapar do trágico. Incêndios, espetáculo do autor libanês Wajdi Mouawad protagonizado por Marieta Severo, vem demonstrar quão tolo – ou inútil – pode resultar esse estratagema do nosso tempo. Da tragédia não se escapa. O terrível não respeita nossos planos, não se curva às nossas conveniências. Não existe consolo, esse artista parece nos dizer. Mas existe o afeto. Leia mais

Nota

O diretor russo Yuri Lyublimov morreu neste domingo (5), aos 97 anos, em consequência de problemas cardíacos. Ele estava internado havia quatro dias em hospital de Moscou. Lyublimov era um dos nomes mais influentes da cena contemporânea europeia, sobretudo aquela inclinada à pesquisa permanente, como sublinhou na condução do Teatro Taganka, espaço formativo e criativo do qual foi cofundador e diretor artístico de 1964 a 2011. Leia mais