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Crítica

Não deve ser fácil tornar convincente uma interpretação de Maria Callas, sobretudo no teatro, onde o público avalia de perto o que o ator consegue fazer. Além disso, a soprano foi extraordinariamente fora dos padrões. Considerada a melhor cantora (segundo especialistas, acima até da italiana Renata Tebaldi) e a maior celebridade do mundo da ópera de todo o século 20, ela foi prima donna em vários sentidos: temperamental, prepotente, de frequentes ataques de estrelismo. Exibido em duas sessões no Teatro Bradesco de Belo Horizonte na semana passada, Callas retrata o poente do mito. Quando a americana descendente de gregos já não era A voz, nem atraía mais as multidões que logrou reunir durante sua longa carreira. Leia mais

Nota

O teatro mexicano contemporâneo é o tema do ciclo de leituras públicas que o Tusp promove de 6 a 9 de maio. O programa compõe a programação da Universidade Nacional Autônoma do México – Unam, que ocorre pela primeira vez fora do território mexicano e é realizada em conjunto com a USP. As leituras ocorrerão na sede da SP Escola de Teatro, na Praça Roosevelt. Leia mais

Crítica

Em janeiro de 1982, a duas semanas de sua morte com parcos 36 anos, Elis Regina é sabatinada no programa Jogo da verdade, da TV Cultura. O apresentador Salomão Ésper abre, de chofre: “Elis Regina, até que ponto pode ser profundo e honesto um ‘Jogo da Verdade’ sobre a sua carreira e a Música Popular Brasileira?”. Ela ergue os braços para trás, envolve a nuca com as duas mãos, movimenta o corpo com suavidade na cadeira giratória, para lá e para cá, e discorre sobre desnudar-se completamente perante o outro. “Eu acho que a gente faz parte de um grande teatro. Cada um tem o seu papelzinho e cada um tem o seu coringa gravado, guardado dentro da manguinha, aqui, para fazer sua canastra na hora precisa. Então, na medida em que isso possa ser feito, a gente preserva alguns dados para o futuro, que ninguém é bobo, não é, meu bem?”. Leia mais

Reportagem

Ao discorrer sobre uma de suas peças mais encenadas no mundo, Medeamaterial, recriação da obra de Eurípides sobre a esposa sanguinária e vingativa que personificaria as forças cegas e irracionais da natureza, o dramaturgo alemão Heiner Müller (1929-1995) lembra a percepção da mulher na polis grega por volta de 25 séculos atrás: ela era referendada apenas pela condição de cortesã ou de mãe. Não por acaso, os mitos trágicos dizem muito aos dias de hoje. Müller associa as experiências coletivas da antiguidade ao “esperanto”, a linguagem universal acessada a qualquer tempo e lugar. Leia mais

Reportagem

Drama. Comédia. Tragédia. Não é fácil achar um consenso quando se trata de classificar Quem Tem Medo de Virginia Woolf?. Na mais conhecida obra do norte-americano Edward Albee, todos os gêneros se confundem. “O próprio autor dizia que gostaria de ver o público assistindo à peça uivando de rir, mas sentindo dor”, lembra o diretor Victor Garcia Peralta. Leia mais

Reportagem

Há 450 anos, São Paulo era uma missão jesuítica com pouco mais de cem habitantes. Não havia luz elétrica ou carros. A imprensa acabara de ser inventada na Europa. E a Inquisição da igreja Católica ainda vigorava para condenar os hereges. Leia mais

Nota

Dia 29 de abril, o Sesc Consolação abre seu ciclo de Leituras Dramáticas, 7 Leituras, 7 autores, 7 diretores. Neste ano, os textos escolhidos versam sobre o tema dos sete pecados capitais. Entre as peças estão Amadeus, de Peter Shaffer, que trata da inveja, e Prometeu, de Ésquilo, sobre a ira. Leia mais

Crítica

Se nas últimas décadas os debates acerca do teatro pós-dramático ocuparam lugar central na reflexão sobre a cena contemporânea, atualmente, uma prática que vem sendo cada vez mais explorada e discutida nesse mesmo contexto diz respeito aos complexos imbricamentos entre o real e o ficcional presentes em espetáculos atuais. A despeito dos perigos de modismo, o fato é que essa estratégia cênica tem se mostrado potente em suas várias formas de aparição, criando novas perguntas aos artistas e espectadores que compartilham o acontecimento cênico nos últimos anos. Leia mais

Crítica

A Armazém Companhia de Teatro vem alternando encenações de textos já existentes, mais ou menos celebrados, com a produção de uma dramaturgia própria, concebida em parceria entre o diretor Paulo de Moraes e o autor Maurício Arruda Mendonça. O dia em que Sam morreu, espetáculo do grupo que estreou na última edição do Festival de Curitiba e faz temporada na Fundição Progresso, é o novo trabalho da dupla. Diferentemente de outras peças assinadas por Moraes e Mendonça, essa não é atravessada por evocação da vida na cidade do interior ou de uma juventude luminosa e nem por proposta de elo lúdico com o espectador favorecido pelo dispositivo cenográfico. Sobressai, isto sim, uma necessidade de frisar uma colocação referente ao estar no mundo, em especial no que diz respeito à consciência e à conduta ética de cada um no cotidiano. Leia mais

Reportagem

O Festival Cena Brasil Internacional, que chega à terceira edição, reforça a sua principal característica: a de estimular o intercâmbio entre os artistas, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Mais do que visar à reunião de espetáculos, o evento foi concebido com o intuito de promover parcerias. Por isso, os grupos selecionados não “apenas” apresentam seus trabalhos como realizam oficinas. E permanecem no Rio de Janeiro durante todo o Festival, que toma conta do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e entorno, entre amanhã [22/4] e o dia 4 de maio. Leia mais