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Publicações com a tag:

“Anton Tchekhov"

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“Anton Tchekhov"

Crítica

O encontro da Armazém Companhia de Teatro com a dramaturgia do chileno Guillermo Calderón em Neva constitui a primeira montagem a partir de uma peça hispano-americana em seus 36 anos de trajetória. E isso se dá de forma substancial. A despeito do permanente cultivo à alteridade e à consciência crítica em seus trabalhos, como em Angels in America (2019) e O dia em que Sam morreu (2014), sobressaem agora as crispações da arte de atuar e de performar passando por sobretons do drama naturalista e por visões de mundo idealizada ou antirromântica presentes no texto.

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Resenha

Tchékhov rastreado

12.3.2019  |  por Beth Néspoli

Toda obra de arte é uma virtualidade que só se concretiza no encontro com seu público, afirmam os teóricos da recepção. Seu valor é fruto de uma espécie de negociação envolvendo a matéria moldada pelo autor e o chamado horizonte de expectativa, conceito definido como a soma de experiências e conhecimentos éticos e estéticos acumulados em determinado tempo histórico que, atuando sobre as subjetividades, são investidos na interação com a arte. Leia mais

Crítica

Ao celebrar seus 40 anos de existência, o Tapa – uma das mais longevas companhias brasileiras – escolheu montar O jardim das cerejeiras. Para um grupo que alcançou a maioridade levando ao palco justamente a primeira obra de Anton Tchekhov, Ivanov, em 1998, é significativo que a comemoração seja marcada por essa que é a última e mais brilhante das peças do autor russo. Leia mais

Crítica

Com efeito: quem ousará negar que o futuro ainda não existe? Contudo, a espera do futuro já está no espírito. E quem poderá contestar que o passado já não existe? Contudo, a lembrança do passado ainda está no espírito.

(Santo Agostinho, As confissões)

O essencial e o que dá sentido à dramaturgia em Tchekhov é a percepção, em chave moderna, a respeito das formas precárias da existência. Leia mais

Reportagem

O que faz de uma obra um clássico? Circunscrever um cânone não é missão trivial. E mesmo a pretensão de alcançar uma possível definição dessa ‘categoria’ soa ingênua. Leia mais

Crítica

Sucessão de acúmulos

16.3.2015  |  por Daniel Schenker

No início de E se elas fossem para Moscou?, Isabel Teixeira diz que os espectadores talvez não estejam diante de uma encenação e nem de um filme, mas de ambos. “É nesse espaço entre que a gente vai se reinventar”, diz. No entanto, esse “entre” não desponta como indefinição – no sentido de um híbrido que não se afirma nem como teatro, nem como cinema –, e sim como acúmulo. Realizado pela diretora Christiane Jatahy como um díptico – diferentes plateias assistem à montagem e ao filme resultante do registro de cada apresentação –, E se elas fossem para Moscou? acumula teatro e cinema, passado e presente, atuação diante do público e da câmera, espaço da cena e da plateia. Cabe investigar cada um desses acúmulos. Leia mais

Reportagem

Visualidade manifesta, sobretudo na interseção com vídeo e cinema. Zonas de conflitos étnico ou político nos conteúdos, sintomas israelenses e palestinos, russos e ucranianos. E releituras de clássicos, leia-se desconstrução. Esses elementos agrupam alguns dos dez espetáculos (oito inéditos no país) confirmados até agora para a segunda edição da Mostra Internacional de Teatro, a MITsp. Ausentes na programação de 2014, Rússia e Alemanha, de tradição secular nas artes cênicas, terão três obras no evento que acontece de 6 a 15 de março em São Paulo. Leia mais

Artigo

Duas cenas curtas balizam a identidade artística do grupo espanca! construída ao longo de sua primeira década.

Em 2004, Por Elise, título homônimo do espetáculo desdobrado no ano seguinte, surpreende e encanta pela exposição de um sistema cênico aparentemente simples ancorado em requintada elaboração das escritas de texto, de cena e de atuação. Essa rara conjunção, almejada por todo criador atilado, finca raízes sob as mãos e pensamentos de moças e rapazes que, intuímos, não pactuam de largada a ambição de revolucionar a morfologia do teatro. Antes, jogam abertamente com os rastros existenciais, as inspirações artísticas embrionárias de suas escolas livres ou formais e a sincronia de época com outros pares inclinados à pesquisa permanente na capital mineira ou alhures. Condensação estilística e moldura poética inatas fixam a inquietação como princípio. Leia mais

Reportagem

Uma das grandes mostras de produções nacionais no Estado, o Festival Palco Giratório Sesc começa nesta sexta-feira [2/5] e segue até o dia 25 de maio. Serão 130 ações, entre espetáculos e atividades formativas. Leia mais

Nota

O grupo Teatro Máquina, de Fortaleza, faz curta temporada gratuita neste fim de semana no CIT-Ecum de São Paulo com o espetáculo Ivánov, de Anton Tchekhov (1860-1904). A peça escrita em 1897 conta a história de um homem ensimesmado com seus conflitos interiores. Exposto ao amor da esposa doente e à paixão fulminante por uma jovem, o protagonista, inerte e sem fé, se ocupa com descrições frias dos acontecimentos. Conversas vazias e diálogos sobrepostos criam o clima de não-comunicação e renúncia que deflagram a decadência da aristocracia rural e antecipam a atmosfera revolucionária russa da virada do século XIX. Leia mais