30.5.2016 | por Valmir Santos
Com a colaboração de Beth Néspoli
Na série de ocupações de espaços públicos vinculados ao Ministério da Cultura, iniciada há 17 dias e logo espalhada pelas 27 unidades federativas, a de Curitiba transcorria em precárias condições de alojamento até sábado, dia 28, quando as barracas de camping foram reforçadas ou mesmo substituídas por lonas pretas doadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o MST. Leia mais
11.4.2016 | por Beth Néspoli
Intrínseca à linguagem do teatro desde sempre, a instabilidade entre artifício e realidade é cada vez mais tornada matéria de trabalho na cena contemporânea. Nessa vertente, claramente alinhada com as experimentações que vêm tomando os palcos nos últimos tempos, o diretor da Companhia de Teatro Heliópolis, Miguel Rocha, cria o espetáculo Medo como experiência de trânsito em um espaço labiríntico e difuso entre o falso e o verdadeiro.
Itinerante, a montagem-instalação com texto assinado por Gustavo Guimarães, e escrito em processo colaborativo, ocupa todos os cômodos e também o palco da Casa de Teatro Maria José de Carvalho, Leia mais
16.3.2016 | por Beth Néspoli
O grupo suíço-alemão Rimini Protokoll, integrado pelos artistas Stefan Kaegi, Helgard Haug e Daniel Wetzel, atua numa vertente do teatro contemporâneo cujas criações se dão a partir de dispositivos que abrem um campo de desestabilização entre o ficcional e o real. Dispositivos, no panorama da cena, podem ser definidos como disparadores de sentido que se configuram como intervenções sobre uma geografia ou Leia mais
10.3.2016 | por Beth Néspoli
O teatro é momento de sofrimento, uma dor compartilhada.
Angélica Liddell
Por que alguém escolhe como matéria de sua arte algo que muito provavelmente provocará um sentimento agudo de horror nos receptores? Tal interrogação pode vir à mente dos (potenciais) espectadores de Hysterica passio, texto da espanhola Angélica Liddell que aborda o ressentimento provocado pela dor tão lancinante quanto socialmente invisível que é a da criança abusada e torturada pelos próprios pais. Leia mais
6.3.2016 | por Beth Néspoli
Na abertura de Still life (Natureza morta), apresentado na programação da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, MITsp, há uma cena que pode ser considerada síntese do pensamento inspirador desse espetáculo. No palco, um homem com uma pedra nas mãos, sentado quase imóvel em uma cadeira, observa o movimento do público que se acomoda na plateia do teatro. Após soar o terceiro toque de campainha, Leia mais
4.3.2016 | por Beth Néspoli
Fábulas têm origem no inconsciente coletivo e, ao mesmo tempo, atuam sobre o imaginário público. Nelas desejos e temores difusos são nomeados e, traduzidos em comportamentos, submetidos à normatividade de seu tempo. Quando adquirem formas potentes, permanece central a tensão entre as cores sombrias e as luminosas; se simplistas, o terror é apaziguado, e a lição moral predomina. A polaridade entre pulsões e sociabilidade assim como a linguagem lúdica característica dos contos de fadas se mantém na concepção de Cinderela que tem texto e direção do francês Jöel Pommerat Leia mais
19.12.2015 | por Beth Néspoli
Do trio de solos trazidos pelo cearense Ricardo Guilherme à II Bienal Internacional de Teatro da USP, Ramadança é o mais arriscado. Trata-se de um experimento de hibridização de linguagens, como já indica a palavra dança embutida no título, e há ainda maior radicalização no que diz respeito à autoria. Leia mais
14.12.2015 | por Beth Néspoli
A participação do artista cearense Ricardo Guilherme na II Bienal Internacional de Teatro da USP com um trio de solos – Bravíssimo, Flor de obsessão e Ramadança – faz pensar na insistente validade dos versos “o Brazil não conhece o Brasil/o Brasil nunca foi ao Brazil” que abre a canção Querela do Brasil, de Aldir Blanc e Maurício Tapajós, eternizada por Elis Regina Leia mais
12.12.2015 | por Beth Néspoli
Pouco antes do início do solo Bravíssimo, apresentado pelo artista cearense Ricardo Guilherme no âmbito da II Bienal Internacional de Teatro da USP, um confronto entre policiais e estudantes secundaristas – que há semanas vêm protestando contra a reorganização da rede estadual de ensino – provocou correria na Praça Roosevelt Leia mais
18.11.2015 | por Beth Néspoli
Em São Luís
Merece análise a performance Sintética idêntica ao natural apresentada na última noite da Semana de Teatro no Maranhão devido a potencia crítica de alguns dos procedimentos criativos adotados por Erivelto Viana, que atua como Cintia Sapequara. Leia mais