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“Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília"

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Crítica

A inquietação do personagem do Escritor, em Fogo-fátuo, texto de Samir Yazbek e Helio Cicero, interpretado pelos autores, não se refere apenas a voltar a produzir – uma crise o paralisa há algum tempo. Liga-se também, naturalmente, a desejar escrever obras que o justifiquem e que lhe permitam sobreviver à morte, ao tempo escasso, aos limites do corpo. Se não fosse assim, não haveria por que solicitar uma entrevista a Mefisto, o demônio, sempre ávido por almas íntegras. Leia mais

Crítica

Com frequência, elas são vistas participando ou protagonizando montagens infantojuvenis. Quando contracenam com adultos, não raro roubam a cena. Mas a presença de crianças em Materia prima, na grafia em espanhol, é justamente a substância motriz do projeto singular da companhia La Tristura, de Madri, em turnê inédita pelo Brasil. Leia mais

Crítica

O corpo enquanto documento ganha contornos pungentes na obra do bailarino, ator e coreógrafo Panaibra Gabriel Canda. Ele transpira sua pátria e seus ancestrais em Tempo e espaço: os solos da marrabenta, uma experiência antiespetacular. A economicidade nos elementos de cena relativiza os pesos da mimese e da representação em favor de um manifesto em que o corpo é fala e música e estas o reverberam. Não apartando, naturalmente, o lugar e o coração de sua arte, Moçambique. Os horizontes histórico, político e social vão dar no entroncamento da galáxia corporal, a escala do humano. Leia mais

Crítica

Acostumado às adaptações teatrais em que Clarice Lispector é nublada por conceitos existencialistas ou, mais diretamente, violentada pela autoajuda, o público brasileiro depara com uma abordagem mais solar da sua obra na transposição cênica de alguns dos seus textos pelas mãos meticulosas do encenador e dramaturgo francês Bruno Bayen. Leia mais

Crítica

O branco dominante na cobertura de lona é como uma tela preenchido pelas memórias e invenções dos sete criadores-pesquisadores. Nesse ambiente intimista, com os espectadores sentados rente às quatro paredes da casa simbólica erguida nos jardins do CCBB-DF, o espetáculo À deriva, do Teatro do Instante, aninha fragmentos de um possível corpus cênico que ainda não se divisa. Leia mais

Crítica

A obsessão é um traço comum aos grandes artistas. Em Fogo-fátuo, Samir Yazbek confessa a sua. Dono de projeto artístico centrado na condição de dramaturgo, ele lança – em coautoria com Helio Cicero – provocações aos pares do teatro e a todos que gravitam a arte e a cultura nos planos da criação, da produção e da recepção em tempos de hegemonia do entretenimento como fim e meio. Leia mais

Crítica

Em celebração a Uivo (Howl), poema épico de Allen Ginsberg e precursor da geração beat, a companhia parisiense La Ricotta imprime em cena o espírito da contracultura desabrochada em meados da década de 1950 e culminante no decênio seguinte. A performance de Douglas Rand, praticamente um dueto no acompanhamento incisivo do músico e compositor Jean-Damien Ratel, pode ser lida como um manifesto. Ou, precisamente, uma hagiografia declamada da geração inconformista que ousou roer com unha, dente e arte algumas estruturas da sociedade, a americana à frente. Leia mais