7.10.2022 | por Teatrojornal
O texto a seguir é a transcrição editada da mesa de lançamento do livro Sobre antigas formas em novos tempos: o teatro do oprimido hoje, entre “ensaio da revolução” e técnica interativa de domesticação das vítimas (Hucitec Editora, 2022), ocorrida em 24 de agosto de 2022, no Teatro da Universidade de São Paulo, o Tusp. Na ocasião, o autor Julian Boal convidou a psicanalista e escritora Maria Rita Kehl, o diretor e professor de teatro Marco Antonio Rodrigues e o pesquisador nas áreas de teatro e história Douglas Estevam, integrante da coordenação nacional de cultura do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Brigada Nacional Patativa do Assaré de Teatro, a reagirem a alguns dos capítulos da obra.
Leia mais12.3.2019 | por Beth Néspoli
Toda obra de arte é uma virtualidade que só se concretiza no encontro com seu público, afirmam os teóricos da recepção. Seu valor é fruto de uma espécie de negociação envolvendo a matéria moldada pelo autor e o chamado horizonte de expectativa, conceito definido como a soma de experiências e conhecimentos éticos e estéticos acumulados em determinado tempo histórico que, atuando sobre as subjetividades, são investidos na interação com a arte. Leia mais
3.7.2018 | por Valmir Santos
Com pesquisa e autoria do jornalista e crítico teatral Fábio Prikladnicki, o livro Tânia Farias: o teatro é um sacerdócio (2018) homenageia a atuadora, pesquisadora e encenadora há 25 anos umbilicada à Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que cruza os 40 anos. A obra é o 8º volume da coleção Gaúchos em Cena, iniciativa do Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas, sob patrocínio da Braskem e apoio institucional da Prefeitura de Porto Alegre. Desfecho da publicação, o texto a seguir é um ensaio crítico de mesmo título a partir da prática e do pensamento artístico da atriz. Leia mais
13.11.2015 | por Michele Rolim
Falar da história da Cia. Gente Falante é também resgatar mais de duas décadas do teatro de formas animadas. Referência no Rio Grande do Sul, a companhia é formada por Paulo Martins Fontes, também fundador, e Eduardo Custódio. O percurso traçado por eles está reunido no livro Cia. Gente Falante – história, processos e perspectivas Leia mais
8.12.2014 | por Teatrojornal
Em 1931, falando ao ator norte-americano Joshua Logan, que passou oito meses sob sua orientação em Moscou, Stanislavski fustigava a canonização que já o espreitava em vida. “Nosso método nos convém porque somos russos. Aprendemos na raça, tateando, renovando as noções gastas e tentando nos aproximar o mais possível da verdade. Vocês devem fazer o mesmo. Mas do jeito de vocês, não imitando-nos. […] Você está aqui para estudar, não para copiar. Os artistas devem aprender a pensar e sentir por eles mesmos e encontrar novas formas”. Leia mais
7.12.2014 | por Teatrojornal
O colóquio “Para não esquecer 1964 e a ditadura militar brasileira”, que acontece na terça-feira (9/12) na capital portuguesa, sob organização do Instituto de Ciências Sociais e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, resulta ambiente de ideias propício à recepção ao livro Com os séculos nos olhos: teatro musical e político no Brasil dos anos 1960 e 1970, que acaba de sair pela Editora Perspectiva. O autor, o jornalista, escritor e compositor Fernando Marques, colaborador do Teatrojornal, participará de uma das mesas do encontro catalisador ainda de pesquisadores de universidades do Brasil e do exterior. Leia mais
As transformações nos modos de produzir, de criar e de pesquisar em teatro de grupo sob parâmetros inéditos de políticas públicas são flagrantes na vigência do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (Lei nº 13.279, de 8 de janeiro de 2002). Percepção refletida ao longo de nove textos e uma cartografia no livro Fomento ao Teatro: 12 anos (Imprensa Oficial do Estado). O lançamento acontece na segunda-feira (1º/12), às 19h, na Praça das Artes, região central, com direito a distribuição gratuita de exemplares e apresentação da banda da Companhia do Tijolo (do espetáculo Cantata para um bastidor de utopias). Leia mais
27.11.2014 | por Teatrojornal
Os 15 anos da Cia. Teatro Balagan são celebrados na quinta-feira (27/11) com o lançamento do livro-objeto Balagan: Companhia de Teatro na SP Escola de Teatro (Praça Roosevelt, 210, região central de São Paulo), a partir das 20h. A edição independente foi organizada pela diretora, cofundadora e pesquisadora Maria Thais, que divide a coordenação com o jornalista Alvaro Machado, responsável pela edição de texto. Leia mais
3.3.2010 | por Valmir Santos
[Prefácio ao livro Esumbaú, Pombas Urbanas! – 20 anos de uma prática de teatro e vida, da jornalista Neomisia Silvestre. São Paulo: Instituto Pombas Urbanas, 2009, p. 9-13; projeto gráfico Sato > casa da lapa; revisão Dórica Krajan; 144 p.]
Voar? Mas eu não sei voar. O que eu faço é brincar com o vento. (…)
Onde quer que eu caia,uma outra criança irá me colocar no céu,
porque aqui é o meu lugar. Solta a linha!
A personagem Pipa em Ventre de lona, de Lino Rojas
Num piscar de séculos, a aldeia indígena, uma terra boa para a agricultura nas várzeas do Rio Tietê, transformou-se em chão para milhares de migrantes nordestinos que viram o céu coberto pela fumaça amarela do enxofre da fábrica. Crescido às custas da industrialização, o bairro de São Miguel Paulista contava 367 anos de história oficial, pós-colonização e catequese pelos brancos, quando o Grupo Pombas Urbanas bateu asas ali, em 1989, como fruto da perseverança do ator, diretor e dramaturgo Lino Rojas. Filho de mãe descende justamente de índios do planalto peruano, ele vivia no Brasil havia 14 anos quando fora cativado pela disponibilidade nata de jovens da região em seus primeiros passos para jogar com essa arte. De fato, certa ancestralidade atravessa a formação do coletivo e serve de base às abordagens conceituais e temáticas dos seus espetáculos, além de orientar a lida e a vida em comunidade. Trata-se de um projeto artístico singular firmado na pororoca do Teatro de Grupo na cidade, a partir dos anos 1990, em paralelo a outros pares que descentralizaram a geografia cênica e redimensionaram a face social do Teatro em São Paulo e em outras partes do Brasil.
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