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Publicações com a tag:

“MITsp"

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Crítica

Na abertura de Still life (Natureza morta), apresentado na programação da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, MITsp, há uma cena que pode ser considerada síntese do pensamento inspirador desse espetáculo. No palco, um homem com uma pedra nas mãos, sentado quase imóvel em uma cadeira, observa o movimento do público que se acomoda na plateia do teatro. Após soar o terceiro toque de campainha, Leia mais

Crítica

Qual a extensão do poder da arte?  Ela se manifesta ancestral, no caso do músico e compositor Neo Muyanga. Ou presume o calor da hora, a urgência, segundo a performance poético-política assim definida e concebida pelo DJ e ator-MC Eugênio Lima com mais de uma dezena de atuadores. Leia mais

Crítica

Fábulas têm origem no inconsciente coletivo e, ao mesmo tempo, atuam sobre o imaginário público. Nelas desejos e temores difusos são nomeados e, traduzidos em comportamentos, submetidos à normatividade de seu tempo. Quando adquirem formas potentes, permanece central a tensão entre as cores sombrias e as luminosas; se simplistas, o terror é apaziguado, e a lição moral predomina. A polaridade entre pulsões e sociabilidade assim como a linguagem lúdica característica dos contos de fadas se mantém na concepção de Cinderela que tem texto e direção do francês Jöel Pommerat Leia mais

Reportagem

A organização da terceira Mostra Internacional de Teatro de São Paulo apresenta similaridade com a primeira ao ser condicionada pela medida do possível. A pressão cronológica que em 2014 não frustrou em qualidade, agora, sob aperto de ordem financeira, tampouco deve decepcionar na escolha das obras. Leia mais

Crítica

Em Bruxelas

Em 2007, uma associação israelense pelos direitos humanos, a B’Tselem, começou a fornecer câmeras de vídeo a palestinos que habitavam territórios ocupados ilegalmente por colonos e militares de Israel. Através dela, eles poderiam filmar os insultos a que eram submetidos em seu cotidiano e usar os registros para identificar e punir os responsáveis. Leia mais

Artigo

Mesmo com o recorte curatorial razoavelmente preciso, amparado nos eixos que foram propostos para a MIT 2015, que por um momento recaem sobre temas, assuntos e em outros sobre meios implicados na criação, é uma evidência que o diverso se impõe porque em qualquer caso os contornos desse campo anunciado se alargam na mesma medida em que os temas se transformam em questões de pensamento nem sempre pacíficas e os jogos com a linguagem se renovam a cada um dos trabalhos apresentados na Mostra. Mas, se o diverso é uma evidência é preciso então investigar as suas nuances. Porque uma crítica que se conforma à constatação da diversidade ou à sua mera descrição é uma crítica natimorta. Exije-se, pois, para sair fora dessa condição, certo espírito de uma aventura possível de pensamento. Leia mais

Crítica

Em sua segunda edição, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp) conseguiu consolidar seu lugar. Encerrado no domingo, após dez dias de programação, o evento já tem data marcada para 2016 e foi capaz de superar várias das dificuldades do ano de estreia. Leia mais

Crítica

Sucessão de acúmulos

16.3.2015  |  por Daniel Schenker

No início de E se elas fossem para Moscou?, Isabel Teixeira diz que os espectadores talvez não estejam diante de uma encenação e nem de um filme, mas de ambos. “É nesse espaço entre que a gente vai se reinventar”, diz. No entanto, esse “entre” não desponta como indefinição – no sentido de um híbrido que não se afirma nem como teatro, nem como cinema –, e sim como acúmulo. Realizado pela diretora Christiane Jatahy como um díptico – diferentes plateias assistem à montagem e ao filme resultante do registro de cada apresentação –, E se elas fossem para Moscou? acumula teatro e cinema, passado e presente, atuação diante do público e da câmera, espaço da cena e da plateia. Cabe investigar cada um desses acúmulos. Leia mais

Crítica

Fluxos e contrações

15.3.2015  |  por Valmir Santos

Ao deslocar o referencial dramático dos protagonistas para a coadjuvante, os criadores de Senhorita Julia não apenas reelaboram no texto o lugar da criada, valorizando o monólogo interior sem macular as demais vozes, como estabelecem no palco um sistema global de fluxo de consciência apoiado por outros níveis narrativos de imagens, sons e espaços. A alteridade que brota dos sentimentos de Kristin coabita também o público observador das operações cênicas e cinematográficas conjugadas. Trata-se de um percurso de contrações da alma. Leia mais

Crítica

Em se tratando de uma criação que vem de Moscou, a primeira cena do espetáculo Opus nº 7 – a transformação de uma trabalhadora em cantora lírica – pode ser lida como síntese de um período privilegiado na história da humanidade, transcorrido nos anos seguintes à revolução bolchevique de 1917, quando a utopia de uma nova sociedade pareceu possível. Bastaria o empenho de mãos humanas dispostas ao trabalho criativo para alterar a matéria do mundo. Tal pensamento, e suas implicações, parece fundar a linguagem do diretor russo Dmitry Krymov, cenógrafo e artista gráfico cuja encenação se constitui como um embate dos atores com os objetos cênicos. Sua poética privilegia imagem e música – aspecto que facilita e intensifica a experiência de interação da plateia brasileira, liberada da leitura de legendas a maior parte do tempo. A técnica de animação de objetos faz tudo parecer possível sob as luzes da ribalta. Mas não é bem assim. Para além do espaço iluminado da cena há uma zona escura e invisível, mas não inativa. Dali também tudo pode vir. Leia mais