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Publicações com a tag:

“Natal"

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“Natal"

Crítica

A velhice foi o ponto de partida do Grupo Carmin, do Rio Grande do Norte, quando debruçado sobre a missão de compor um novo espetáculo. O caminho natural, para apropriar-se do tema, era se cercar de informação, compor histórias, talvez até tangenciar o real, mas revesti-lo com as rendas da ficção. E o propósito manteve-se firme por certo tempo, mesmo quando o acaso veio bagunçar sua intenção primeira. Mas há coisas que se impõem. Há pequenos mistérios a rondar esse mundo de explicações racionais e lógicas. E, às vezes, depois de resistir, é preciso saber a hora de se entregar.

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Crítica

Proibido para menores de 16 anos, o mais novo espetáculo do Clowns de Shakespeare deveria estender sua restrição a todo e qualquer representante da tradicional família brasileira. A menos que estejam todos dispostos a enfrentar um necessário debate sobre os valores humanos, sociais e políticos levados diariamente de casa para o meio da rua ou fazendo o caminho inverso. Leia mais

Crítica

Riscos e braços fraternos

20.12.2014  |  por Valmir Santos

Uma vez expressa com verdade, nascida da necessidade de dizer, não há como deter a voz humana. Quando censurada a boca, ela fala pelas mãos, pelos olhos, pelos poros ou por onde quer que seja. Essa percepção compõe uma das narrativas breves que o escritor Eduardo Galeano imprime em El libro de los abrazos (1989), cujas páginas e lampejos inspiram a dramaturgia do novo espetáculo do grupo Clowns de Shakespeare. Leia mais

Crítica

O que nos resta do experimento apresentado pelo Coletivo de Teatro Alfenim (PB) sobre fragmentos da obra de Machado de Assis é dizer que o romance Quincas Borba é mais atual do que a própria realidade. Apresentado durante o festival O Mundo Inteiro É um Palco, em Natal, o Ensaio sobre o humanitismo revela um Machado irônico, contestador e, sobretudo, sarcástico. Estivesse hoje entre nós, provavelmente o patrono da Academia Brasileira de Letras estaria escrevendo sobre as mesmas contradições de um país hipócrita e bonito por natureza. Leia mais

Crítica

Deuses e fantasmas do teatro rondam o espetáculo Viagem aos campos de alfenim. Em sua primeira incursão pela dramaturgia, o diretor João Marcelino pede a bênção a Luigi Pirandello e a Fellini, para ficar em dois mestres das epifanias cênica e cinematográfica, ao revolver aspectos etéreos e divinos dos bastidores do teatro. A criação da Cia. A Máscara de Teatro, de Mossoró (RN), fala da perseverança ancestral dos artistas em sonhar e fazer por onde independente das tempestades emocionais, econômicas e existenciais que enfrentam para trazer à luz as “histórias que insistem em ser contadas”. Leia mais

Crítica

O teatro de rua se alimenta da cultura popular para expor as vísceras e contradições de um Brasil, geralmente a partir do Nordeste. Na visão dessa dramaturgia, o nordestino é essencialmente um pobre coitado e ingênuo que sobrevive do que o destino lhe reserva, levando em conta a querência de um Deus que castiga. A bravura e a resistência surgem invariavelmente como contrapontos sustentados, na literatura, pelo pensamento euclidiano que funciona quase que como uma sentença: “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Na esteira dessa peleja do homem contra seu destino, o humor apimenta o maniqueísmo de um bem e um mal retratados de forma alegórica. E o espetáculo apresenta seu juízo final a partir da consciência de seus protagonistas. Leia mais

Reportagem

Brincadeira brotada há 15 anos de atividades formativas desenvolvidas por Helder Vasconcelos em São Paulo e, claro, irradiada do Carnaval de rua de Olinda e do Recife, suas fontes, o Boi marinho abriu no sábado (15/11/) a segunda edição do festival O Mundo Inteiro É um Palco – Ano II. O cortejo percorreu o entorno do Barracão Clowns, sede do Clowns de Shakespeare, grupo realizador do encontro de teatro nacional centrado no trabalho de pesquisa continuada dos coletivos e que consolida sua inscrição no calendário da cultura na capital do Rio Grande do Norte. Leia mais

Crítica

Aquilo que é da ordem do imprevisto, do acaso, surge calculadamente esquadrinhado no palco para erguer a biografia não autorizada e devidamente inventada de uma mulher e da cidade que mais a forjou para o mundo. Leia mais