1.11.2015 | por Maria Eugênia de Menezes
A velhice foi o ponto de partida do Grupo Carmin, do Rio Grande do Norte, quando debruçado sobre a missão de compor um novo espetáculo. O caminho natural, para apropriar-se do tema, era se cercar de informação, compor histórias, talvez até tangenciar o real, mas revesti-lo com as rendas da ficção. E o propósito manteve-se firme por certo tempo, mesmo quando o acaso veio bagunçar sua intenção primeira. Mas há coisas que se impõem. Há pequenos mistérios a rondar esse mundo de explicações racionais e lógicas. E, às vezes, depois de resistir, é preciso saber a hora de se entregar.
Leia mais31.10.2015 | por Maria Eugênia de Menezes
A palavra é o jeito de fazer o nada aparecer. O que era nada. Agora a tornar-se letra, corpo, matéria, pensamento. “O pensamento não existe fora do mundo, nem fora da palavra”, diz Merleau-Ponty. Leia mais
26.10.2015 | por Patricia Freitas
Primeiramente, o capitalismo é uma religião puramente cultual, talvez a mais extremamente cultual que já existiu. Nada nele tem significado que não esteja em relação imediata com o culto, ele não tem dogma específico nem teologia. O utilitarismo ganha, desse ponto de vista, sua coloração religiosa.
Walter Benjamin
A encenação de A mandrágora pelo Grupo Tapa abre um apanhado de questões pertinentes ao nosso tempo e lugar. Leia mais
16.10.2015 | por Fábio Prikladnicki
Se Deleuze e Guattari desconstruíram a psicanálise freudiana por meio da categoria do anti-Édipo, a peça O feio, da Ato Cia. Cênica, busca em outro mito sua razão de ser: encena uma paródia do autocentramento do sujeito na sociedade do espetáculo com um manifesto anti-Narciso. Leia mais
12.10.2015 | por Daniel Schenker
Em Buenos Aires
Ao entrar no teatro, o público se depara com um quadro familiar. A eventual impressão de felicidade padronizada, porém, é rapidamente desfeita diante do perceptível desequilíbrio estampado, de diferentes formas, nos rostos de cada um dos integrantes. As aparências não enganam, e sim revelam – parecem dizer os diretores Juan Coulasso e Jazmín Titiunik. Leia mais
14.9.2015 | por Daniel Schenker
Eles não usam tênis naique, título do texto de Marcia Zanelatto, remete diretamente a Eles não usam black-tie, peça de Gianfrancesco Guarnieri, cuja encenação, em 1958, a cargo do diretor José Renato, permitiu a continuidade das atividades do Teatro de Arena. Leia mais
12.9.2015 | por Kil Abreu
Num ser tão no futuro que
Seu enigma estará
Inscrito
Num anel de prata.
Por uma feiticeira, a data.
(Cassiano Ricardo, Sortilégio, em Os sobreviventes)
Em São José dos Campos
O espetáculo de Rodrigo Fischer é um desconcerto. Leia mais
9.9.2015 | por Kil Abreu
A grande perversão que se encena em ‘Big Brother Brasil’ não é sexual. É a perversão da concorrência sem leis, espelho do estágio do capitalismo decadente em que vive o país
(Maria Rita Kehl em entrevista sobre o seu livro Videologias, Revista Trópico) Leia mais
8.9.2015 | por Gabriela Mellão
O que é felicidade para você? Para o anti-heroi de O capote, marco da literatura russa do século XIX escrito por Nikolai Gógol, é um sentimento primitivo, que antecede a formação da sociedade. Leia mais
6.9.2015 | por Kil Abreu
Em São José dos Campos
4 Na Rua É 8, o nome da trupe de Jacareí que trouxe Má pele ao Festivale, diz muito sobre os modos como este delicado trabalho ganha a cena. Vindos da sempre boa escola que é o teatro de rua Leia mais