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Crítica

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Por meio do projeto de E se elas fossem para Moscou?, Christiane Jatahy dá continuidade à sua linha de pesquisa centrada na interface entre teatro e cinema. Agora, a diretora apresenta duas obras concomitantemente: a montagem em si e a filmagem da própria (que, porém, não se reduz a mero registro da encenação). Ambas são vistas ao mesmo tempo, por plateias diversas, em espaços distintos (Mezanino e Sala Multiuso) do Sesc Copacabana, no Rio. Leia mais

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Há 16 anos, era difícil imaginar que o Fringe – a programação paralela do Festival de Teatro de Curitiba – iria crescer tanto. Neste ano, foram cerca de 400 espetáculos, diferente do início tímido, lá em 1998. Se antes era uma tarefa árdua escolher o que assistir, hoje, com as mostras especiais, é possível visualizar as opções de linguagens adotadas pelos grupos. Leia mais

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Esta 23ª edição do Festival de Curitiba pertenceu a Shakespeare. As montagens estrangeiras de Otelo e A violação de Lucrécia apresentaram o melhor que o teatro pode dar, que é o encantamento pela voz e corpo dos atores em meio a outros elementos cênicos. Foi gratificante ver o preparo do grupo chileno Viajeinmóvil, que manipula manequins para recontar a tragédia do Mouro de Veneza, e da dupla Camille O´Sullivan (vocal/narração) e Feargal Murray (piano), que acrescentou sua poesia ao poema erótico do bardo. Leia mais

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Foram dias agitados na capital paranaense, uma vez que a 23ª edição do Festival de Teatro de Curitiba terminou ontem. A programação da Mostra oficial incluiu 34 espetáculos, sendo sete estreias nacionais e quatro de grupos estrangeiros. A mostra paralela, Fringe, teve cerca de 400 atrações com três mil artistas. Leia mais

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Se você tivesse que assistir a apenas um espetáculo internacional do Festival de Curitiba, teria que ser esse. Foi com essa divulgação que The rape of Lucrece [A violação de Lucrécia] chegou à capital paranaense para sessões na sexta e neste sábado, no Teatro da Reitoria da UFPR. O trabalho da cantora e atriz Camille O’Sullivan e do pianista Feargal Murray é produzido pela prestigiada Royal Shakespeare Company. A espera era justificada pelas críticas positivas que o trabalho dirigido por Elizabeth Freestone obteve no Festival de Edimburgo, em 2012. Leia mais

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A apresentação de The rape of Lucrece (A violação de Lucrécia) na sexta-feira à noite no Teatro da Reitoria trouxe a oportunidade de conhecer mais da incrível capacidade de construção de personagens de Shakespeare. Ainda há ingressos para a sessão deste sábado, às 21 horas. Leia mais

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Transposição do longa de Ingmar Bergman, a peça Sonata de outono, que integrou a grade do Festival de Curitiba [e tem sessões no próximo fim de semana no Sesc Vila Mariana, em São Paulo], torna evidente quão essencialmente teatral era o cinema do mestre sueco. A despeito de sua fama como cineasta, Bergman se definia como um homem dos palcos. “Meu coração pertence ao teatro”, declarou pouco antes de sua morte, em 2007. Leia mais

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Mário Bortolotto comete alguns espetáculos surpreendentemente adoráveis. São 22h de domingo, última sessão do espetáculo e do Fringe naquela noite. Palquinho de um auditório escolar. A garrafa de uísque (cênico?) em punho. Enésima citação jocosa a um best-seller (sobrou para Paulo Coelho). Desprezo por uma banda ou cantor de época (dos aos 80, no caso). Adoração pelo blues e pelo rock na trilha, música na veia do também vocalista. A codependência das histórias em quadrinhos. O andar balangante (dessa vez pés no chão, o coturno ficou na coxia). E ainda assim, ou por tudo isso, o espectador afeito ao trabalho do Grupo Cemitério de Automóveis sai de Whisky e hambúrguer (título difícil de engolir) com a plena sensação de que o teatro acontece, aconteceu naquela uma hora. Leia mais

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O encontro de Antunes Filho com Thornton Wilder diz mais sobre o ícone da encenação brasileira, o homem e o artista embarcados em seis décadas de trabalho, do que propriamente os vetores estéticos que o orientaram por pelo menos dois anos de pesquisa e ensaio. Nossa cidade mostra um criador nu e íntegro com a sua cena, mentor de espetáculos antológicos e ora sem o encalço da angústia da inovação a cada passo. Os códigos-fonte estão emocionalmente abertos no tablado do Teatro Sesc Anchieta, independente dos enigmas que a obra encerra. Não há um grande ator ou atriz a ancorar o projeto, como se condicionou aludir ao método sistematizado ao longo dos anos. A horizontalidade e o perfil multigeracional dos protagonistas do Grupo de Teatro Macunaíma/Centro de Pesquisa Teatral o deixa mais exposto à própria condição humana de mestre que também confronta crises e estas o provocam a destilar arte. Leia mais

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No programa do espetáculo Abnegação, o espectador pode ler um trecho de Elogio à profanação, um artigo do filósofo Giorgio Agambem que critica a análise etimológica da palavra religião como termo derivado de religare e, consequentemente, com o sentido de ligação, união, elo. Para ele religião deriva de relegere, cujo campo semântico abarca eleger, escolher e, portanto, tem significado oposto: tornar sagrado é separar (o divino) da esfera do humano. Assim, enquanto o rito religioso reforça a distinção entre planos, o ato de profanação é aquele que ignora tal separação ao fazer uso particular e utilitário de um objeto de culto que, por acordo cultural de uma coletividade, estaria reservado apenas ao uso ritualizado em campo sagrado. Leia mais