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Crítica

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Se o espectador experimentar fechar os olhos em algum momento da sessão de Myrna sou eu notará mais a fundo o quanto o trabalho de voz de Nilton Bicudo é matricial nos modos de escuta e apropriação do folhetim de Nelson Rodrigues. Leia mais

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O 14ª Festival de Cenas Curtas, cuja principal etapa terminou na noite de domingo e desdobra-se até o próximo fim de semana, proporcionou a quatro grupos convidados criar obras de até 15 minutos dentro do espírito do teatro de pesquisa que pauta as respectivas trajetórias, bem como os 15 anos do encontro organizado pelo centro cultural Galpão Cine Horto. São eles o Armazém Companhia de Teatro, 26 anos, do Rio; o grupo Clowns de Shakespeare, 20 anos, de Natal; a Companhia Brasileira de Teatro, 14 anos, de Curitiba; e o Grupo Espanca!, 9 anos, de Belo Horizonte, a cidade-sede do encontro. Leia mais

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Acompanhando o Festival de Cenas Curtas pela segunda vez (a primeira foi em 2011), no Galpão Cine Horto, nos convencemos do quão a experiência qualifica o olhar e a escuta do espectador. É um projeto sensibilizador. A maioria dos 200 lugares é ocupada por gente ligada ao universo teatral de Belo Horizonte e de outras regiões mineiras. Notam-se também os cidadãos comuns curiosos pelos experimentos que virão a cada noite. A entrada é franca e o ambiente, francamente festivo. Leia mais

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Um extraterrestre amante do teatro ficaria iludido com as proximidades não só geográficas, mas culturais, diante da sequência de autores sul-americanos em cartaz em São Paulo neste setembro. Ao chileno Marco Antonio de La Parra e ao argentino Daniel Veronese, encenados na cidade ao longo do mês, soma-se o peruano Eduardo Adrianzén. O autor nascido em 1964 chega ao país por meio de Azul resplendor. Leia mais

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O solo Eu não dava praquilo se sobressai ao historiar a vida de Myrian Muniz (1931-2004) e, com ela, rememorar personalidades e situações indicativas da modernização do teatro brasileiro em seu período essencial de consolidação nas décadas 1960 e 1970.

Cassio Scapin, na atuação e coautoria do roteiro, e Elias Andreato, na direção, evitam os tons saudosista ou didático. Vão direto ao ponto: simplesmente dão passagem ao pensamento humanista e à arte que a atriz paulista tomava por sagrada. Leia mais

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Como dar corpo à meticulosa dramaturgia de subversões ao personagem, ao ator, ao narrador, ao diálogo, ao observador, ao título? Em Circo negro, tudo está em suspenso feito o pisar tenso do trapezista no arame de aço, sob o mar de olhos estupefatos a seus pés. Leia mais

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O teatro é feito da falta e sua correspondente melancolia. É o que costuma dizer o diretor argentino Daniel Veronese, como na entrevista ao site Alternativa Teatral em 2005. Talvez seja por conta dessa concepção que dois dos seus espetáculos atualmente em cartaz em Buenos Aires falem de perdas irreparáveis, ausências que a vida não dará conta de preencher. Leia mais

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Na Argentina, o trânsito de diretores entre os circuitos comercial e independente não causa espanto. As concessões de um artista em busca de dinheiro são entendidas como um mal necessário para manter vivas as propostas experimentais e de pesquisa. Em muitos casos, essa mão dupla leva a um resultado bem sucedido. Em outros, desastroso. Leia mais

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Buenos Aires é a cidade com a maior concentração de psicólogos e psicanalistas no mundo: um profissional para cada 120 habitantes. Uma região ao redor da Plaza Güemes, no bairro Palermo, é conhecida como “Villa Freud”, devido à grande concentração de consultórios por lá. Há livros entre os mais vendidos, revistas especializadas em bancas de jornal e programas de televisão totalmente voltados ao tema. E não é raro encontrar nas ruas gente usando termos como “histeria”, “paranoia” e “complexo de Édipo”. E, sim, há sempre alguma peça em cartaz tratando de neuroses e obsessões. Leia mais

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Quando exibido na Suécia, em 1973, Cenas de um casamento foi considerado culpado pelo aumento do número de separações no país. O filme de Ingmar Bergman, dividido em seis capítulos, foi estrelado por Liv Ullmann e não pôde concorrer ao Oscar por ter sido transmitido integralmente na televisão. Quarenta anos depois, é difícil imaginar que algum dos 4.524 espectadores que semanalmente têm lotado o Teatro Maipo, em Buenos Aires, associem a peça aos índices de divórcio. Leia mais