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Crítica

Tempos gritantes

1.9.2017  |  por Valmir Santos

Certos espetáculos permitem exercitar a livre associação com obras de outros tempos, mesmo se não as presenciamos. Sutil violento, da Companhia de Teatro Heliópolis (SP), por exemplo, reverbera inversamente Um grito parado no ar, de Gianfrancesco Guarnieri, encenada pela primeira vez em 1973, por Fernando Peixoto.
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Artigo

Em Salvador

O Maré de Março é uma das mais jovens iniciativas brasileiras a integrar o calendário de festivais dedicados às artes cênicas em níveis nacional e internacional. O primeiro semestre do ano costuma ser movimentado por encontros como o Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco, no Recife; o Festival de Teatro de Curitiba; a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp; o Feverestival, em Campinas; e o FIT São José do Rio Preto (SP). Diferentes formatos, interesses curatoriais e modos de produção são tecidos na singularidade de cada um desses projetos. Leia mais

Galeria

No espetáculo da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, a fotografia capturada “em percurso” pode apresentar uma inversão de papéis entre espectador e cena, entre sujeito e objeto, fotógrafo e fotografado. Todos podem ver e ser vistos. Assim, nos vemos representados (e representando) o espírito coletivo da luta feminina sobre as estruturas sociais arbitrárias e coercitivas. As imagens correspondem à sessão realizada em setembro de 2016 na Fortaleza da Barra, em Santos, no âmbito do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas. Leia mais

Entrevista

Décio revisitado

11.8.2017  |  por Fernando Marques

Pude entrevistar o crítico e historiador teatral Décio de Almeida Prado (1917-2000) em três ocasiões. A primeira delas foi quando se completavam cem anos da morte de Alexandre Dumas Filho (1824-1895), autor da célebre A dama das camélias, peça que em meados do século XIX agitou a cena francesa ao misturar passionalidade romântica à franqueza realista. Leia mais

Galeria

Sutil violento

31.7.2017  |  por Bob Sousa

O espetáculo da Companhia de Teatro Heliópolis trata das inquietações do cotidiano, das formas de confrontos e opressões nas relações humanas. E foi nesse frenesi pela cidade tão caótica que chegamos ao belíssimo espaço ocupado pela trupe, no bairro paulistano do Ipiranga, na tentativa de pouso de um olhar – mediado pelas lentes – para as sutilezas até então invisíveis nos entrecruzamentos da violência naturalizada. Sutil violento está em cartaz na Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, até 27 de agosto. Uma encenação de Miguel Rocha com atuações de Alex Mendes, Arthur Antonio, Dalma Régia, David Guimarães, Klaviany Costa e Walmir Bess. Leia mais

Crítica

O corpo manifesto

26.7.2017  |  por Daniel Schenker

Em São José do Rio Preto

Espetáculo aberto a múltiplas possibilidades de interpretação, And so you see… – assinado pela coreógrafa sul-africana Robyn Orlin e mostrado na última edição do Festival Internacional de São José do Rio Preto – é um trabalho de natureza política. Leia mais

Crítica

Em São José do Rio Preto

A necessidade de abordar a realidade inflamada de maneira direta parece nortear duas montagens de rua apresentadas na recém-encerrada edição do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto: Tekoha – Ritual de vida e morte do Deus Pequeno, do Teatro Imaginário Maracangalha, de Campo Grande (MS), e Terra abaixo, rio acima, da Cia. Cênica, de Rio Preto (SP). Leia mais

Encontro com Espectadores

O espetáculo Solidão, do Grupo Folias D’Arte, inspirou o 6º Encontro com o Espectador, ação realizada em 28 de novembro de 2016 no Ágora Teatro, em São Paulo. Participaram do diálogo o diretor Marco Antonio Rodrigues, o dramaturgo Sérgio Roveri, os atores Ailton Graça, Suzana Aragão, Lui Seixas e Rodrigo Scarpelli, a atriz e psicanalista Cecilia Thumim Boal, do Instituto Augusto Boal, demais espectadores e os jornalistas e críticos Beth Néspoli e Valmir Santos. Segue a transcrição editada e aportada no registro de cena do fotógrafo Bob Sousa. Leia mais

Crítica

O desencanto regurgitado

26.6.2017  |  por Valmir Santos

O ascensorista de Refluxo, Dário, pode ser lido como uma síntese do camponês e do guarda da parábola Diante da lei, que Franz Kafka escreve na forma de conto e depois incorpora ao romance O processo. Ao transcrever a obra ao cinema, Orson Wells transformou a parábola em prólogo. Leia mais

Crítica

Trinta anos separam a morte do argentino Copi e a revisita do Teatro Kunyn à sua vida e obra com a peça Desmesura, que estreou em São Paulo em maio. O ator, diretor, dramaturgo e ilustrador morreu na França, em dezembro de 1987, em decorrência de complicações da Aids, não sem antes transformar a própria doença — àquela época, inevitável caminho da morte — em uma das particularidades e um dos eixos de sua escrita. Leia mais