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Publicações com a tag:

“Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo"

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Crítica

Como a atriz que alterna manifestações verbal e gestual dos personagens enfrentando o breu com luz de velas, o espectador também tenta se localizar a bordo dos primeiros minutos de La virgen triste, espetáculo que há três décadas faz parte do repertório da Compañía Galiano 108, de Cuba. A montagem de José González não dissimula ao gozar a maturidade artística da equipe, relativizando parâmetros do que é velho ou novo. Leia mais

Crítica

O amor é mais pra lá

10.11.2015  |  por Valmir Santos

As relações afetivas e sexuais entre indivíduos urbanos ganham um voluptuoso e incisivo ponto de vista masculino em Aquilo que me arrancaram foi a única coisa que me restou. O título é auto-expositivo dos meandros épicos e íntimos da criação do coletivo A Motosserra Perfumada. Leia mais

Crítica

Choque de civilizações

8.11.2015  |  por Valmir Santos

O choque de civilizações é uma teoria segundo a qual os conflitos deste século 21 seriam pautados por identidades culturais e religiosas. Foi o que o economista norte-americano Samuel P. Huntington (1927-2008) projetou em meados da década de 1990. Há quem lhe dê razão, por exemplo, considerando as ações terroristas pelo mundo. Como as reivindicadas por radicais islâmicos e respondidas com a mesma moeda por adversários islamófobos. Em alguma medida, a Companhia Nova de Teatro, de São Paulo também proporciona sua visão de choque de civilizações em Caminos invisibles… La partida (2011). Leia mais

Crítica

A guerra das palavras

7.11.2015  |  por Beth Néspoli

A ação da peça Fidel-Fidel! Conflicto en la prensa, com a qual o grupo argentino El Bachín Teatro comemora seus 15 anos de existência, transcorre dentro da redação do fictício jornal A República, no dia 31 de dezembro do ano de 1958. Trata-se de uma escolha estratégica para Leia mais

Crítica

É como se o escriturário descrito por Herman Melville, em Bartleby, tivesse mudado de nome, de época, de país. Em Página 469, o Grupo Engasga Gato, de Ribeirão Preto, quer falar sobre a história – e os dilemas – de um homem, funcionário público, que se vê confrontado com o absurdo de sua rotina e “enlouquece”. Leia mais

Crítica

A velhice foi o ponto de partida do Grupo Carmin, do Rio Grande do Norte, quando debruçado sobre a missão de compor um novo espetáculo. O caminho natural, para apropriar-se do tema, era se cercar de informação, compor histórias, talvez até tangenciar o real, mas revesti-lo com as rendas da ficção. E o propósito manteve-se firme por certo tempo, mesmo quando o acaso veio bagunçar sua intenção primeira. Mas há coisas que se impõem. Há pequenos mistérios a rondar esse mundo de explicações racionais e lógicas. E, às vezes, depois de resistir, é preciso saber a hora de se entregar.

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Crítica

A palavra é o jeito de fazer o nada aparecer. O que era nada. Agora a tornar-se letra, corpo, matéria, pensamento. “O pensamento não existe fora do mundo, nem fora da palavra”, diz Merleau-Ponty. Leia mais

Crítica

Intercâmbio pressupõe reciprocidade. No encontro de sábado à tarde, dia 9, no espaço do grupo Refinaria Teatral no Parque Peruche, bairro de Casa Verde, zona norte de São Paulo, artistas mexicanos do grupo Lagartijas Tiradas al Sol e uruguaios que não constituem um coletivo, na acepção corrente, mas criaram o espetáculo Murga madre, madre murga contavam de largada com uma condição comum além do abraço presumido à arte do teatro: ninguém ali jamais tinha visto a cena do outro. Esse paradoxo regeu a dinâmica que também caracterizou outras tentativas de trocas nas atividades paralelas às obras apresentadas durante a 9ª Mostra Latino-Americana de Teatro. Leia mais

Crítica

Radicada em Paris desde a década de 1980, onde foi estudar e depois virou professora da École Internationale de Théâtre Jacques Lecoq, a argentina Susana Lastreto Prieto escreve, dirige e atua em Noches lejos de los Andes… o diálogos con mi dentista (2003), espetáculo do coletivo GRRR (Grupo Risos, Raiva e Resistência) em que referenda a experiência no exílio. Leia mais

Crítica

A tarefa da crítica no teatro costuma ser empobrecida quando toma o texto em si como plataforma. A arte de nosso tempo é lida pelo texto da encenação, a totalidade da dança dos corpos e demais signos em cena. Na dramaturgia de Grace Passô, e particularmente em Congresso internacional do medo (2008), peça da safra colaborativa com o Grupo Espanca! e escalada para a 9ª Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo, a matéria da palavra converte-se ela mesma em fulcro. Impossível mergulhar no oceano simbólico sem ser capturado pelos estalos verbais ou pelas “correspondências sensíveis” de que falava Baudelaire. A natureza da tradução, ofício deveras literário, ganha status de forma e conteúdo nesse espetáculo de poderes encantatórios (a transubstanciação está lá) pelas ideias e imagens que instaura. Leia mais