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Publicações com a tag:

“Renato Borghi"

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“Renato Borghi"

Artigo

Vinte e três vozes cogitam sobre A identidade da atuação brasileira no documentário de 66 minutos. O título é assertivo, dispensa a interrogativa, mas parte das atrizes e atores abre dissonâncias quanto a uma presumida genuinidade no modo de atuar em espaços cênicos nacionais.

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Artigo

Entre os feitos de Eva Wilma no teatro, está o de ter produzido uma montagem de Esperando Godot com elenco formado só por mulheres, contrariando o autor, Samuel Beckett, que preconizava a atuação masculina para a sua obra-prima. A atriz morreu às 22h08 de ontem, aos 87 anos, “em função de um câncer de ovário disseminado, levando a insuficiência respiratória”, segundo informou o Hospital Israelita Einstein, em São Paulo, onde estava internada havia um mês.

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Artigo

Uma ilha cercada pelas águas do lago Guaíba, na Grande Porto Alegre, e um apartamento térreo na região da Avenida Paulista, em São Paulo, foram escolhidos como territórios poéticos de espetáculos em que a arte problematiza a experiência de confinamento. Exibidos em vídeo no Palco Virtual, novo espaço dentro da programação online do Itaú Cultural, as obras têm seus efeitos amplificados à luz da quarentena. Afinal, quais figurações possíveis ao corpo, à violência, à dor e à morte nos dias de hoje? Acrescente-se mais um caminho, o do medo, extraído de um conto milenar que se passa numa casa na floresta, e o quadro desenhado torna-se ainda mais sugestivo à reflexão.

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Artigo

[Artigo publicado originalmente na Conjunto – revista de teatro latinoamericano, editada pela Casa de las Américas, de Cuba, nº 187, abril-junho 2018, pp. 19-23, traduzido para o castelhano por Vivian Martínez Tabares]

Arte por natureza efêmera, o teatro vive subvertendo os próprios desígnios ao não perecer graças à memória das mulheres e dos homens que lhe dão vida. Quando os pilares humanos de um espetáculo de meio século atrás são os mesmos a alicerçá-lo nos dias de hoje, esses artistas elevam sua criação à quinta-essência. A coragem reacendida no presente, em 2017, é feita da matéria dos sonhos de 1967, e vice-versa. É desse ponto de vista que observamos os entrelaçamentos do tempo histórico e do tempo cênico na remontagem da peça O rei da vela, de Oswald de Andrade (1890-1954), pela Companhia Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona. Leia mais

Crítica

Fim de jogo, encenação de Isabel Teixeira para a peça de Samuel Beckett que integrou a Mostra Oficial da última edição do Festival de Curitiba, coloca o público diante de extravasamentos. De início, há indicações concretas. A montagem é destinada a um número reduzido de espectadores, que ficam confinados num determinado cômodo. Isabel Teixeira, porém, explode algumas delimitações. Leia mais

Crítica

Com efeito: quem ousará negar que o futuro ainda não existe? Contudo, a espera do futuro já está no espírito. E quem poderá contestar que o passado já não existe? Contudo, a lembrança do passado ainda está no espírito.

(Santo Agostinho, As confissões)

O essencial e o que dá sentido à dramaturgia em Tchekhov é a percepção, em chave moderna, a respeito das formas precárias da existência. Leia mais

Reportagem

O que faz de uma obra um clássico? Circunscrever um cânone não é missão trivial. E mesmo a pretensão de alcançar uma possível definição dessa ‘categoria’ soa ingênua. Leia mais

Artigo

A filosofia dos grupos

5.5.2014  |  por Valmir Santos

As artes cênicas são, por natureza, gregárias. Sincronizam a respiração no ato ao vivo entre os artistas que ocupam palco, galpão, picadeiro ou espaço público e os espectadores instigados a embarcar nessa nau milenar. Nas tradições orientais e ocidentais, uma das bases da convivência no teatro e na dança diz respeito ao caráter coletivo por trás de cada criação. Em um monólogo dramático ou em um solo coreográfico haverá sempre a interlocução direta ou indireta de uma equipe ancorando as palavras, os gestos, os silêncios e as variantes sensoriais no coração da cena. Leia mais

Crítica

Há quase 70 anos, no dia 28 de dezembro de 1943, o grupo Os Comediantes estreava no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a segunda peça escrita por Nelson Rodrigues, Vestido de noiva. No elenco estavam Evangelina Guinle (Alaíde), Auristela Araújo (Madame Clessi), Stella Perry (Lúcia) e Carlos Perry (Pedro). Erigido posteriormente como ponto zero do teatro moderno no Brasil, o espetáculo foi resultado da confluência de múltiplos fatores e iniciativas. A começar, pelo esgotamento do sistema teatral vigente até então, focado em comédias e revistas que não atendiam às demandas de jovens artistas e de intelectuais ávidos por renovações cênicas em curso desde a virada do século, mas inéditas no país. A originalidade do texto somou-se à direção precisa de um polonês que veio para o Brasil fugindo da II Guerra – e terminou por ser nosso primeiro encenador – Zbigniew Ziembinski. E ainda a inventividade de um paraibano – também considerado nosso primeiro cenógrafo moderno – Tomás Santa Rosa. Leia mais

Entrevista

Como muitos de sua geração, que viveu em cena a modernização dos procedimentos de criação e de produção, Renato Borghi, de 76 anos, 55 deles pisando o palco ou o chão não convencional, transformou seu nome em sinônimo de teatro. Foram poucas as incursões pela televisão e cinema do cofundador do Oficina, em 1958, núcleo amador em que cravou sua veia cênica na fase profissional de 1961 a 1972. Leia mais