9.8.2016 | por Gabriela Mellão
Uma propriedade de luxo feita de trapos. É neste paradoxo que se enredam os nós da família de latifundiários de algodão apresentada por Eduardo Tolentino em sua versão de Gata em telhado de zinco quente, de Tennessee Williams, em cartaz no CCBB do Rio de Janeiro após a estreia paulista. Leia mais
20.6.2016 | por Valmir Santos
Na noite em que completou 86 anos, em 12 de dezembro passado, Antunes Filho foi ao teatro vestindo camiseta branca. Estampava no peito palavras de Fernando Pessoa, leia-se Álvaro de Campos, em Tabacaria: “Tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Na ocasião, já ensaiava Blanche, que entraria em cartaz dali a 103 dias. Leia mais
17.6.2016 | por Valmir Santos
Um procedimento criativo de que lançou mão há 25 anos retorna feito bumerangue à cena de Antunes Filho. Substituir da boca dos atores o idioma corrente do espectador brasileiro por uma fala ininteligível, sob a alcunha de fonemol, foi o risco que ele assumiu em Nova velha estória, em 1991, relativizando o sistema de representação e o maniqueísmo no conto de fadas de Chapeuzinho Vermelho. Seria imprudente colar à obra sexagenária desse artista o gesto de repetir-se em Blanche Leia mais
17.5.2016 | por Ferdinando Martins
Ela pegou o bonde certo, mas pensou estar errada. Desejo é um subdistrito em New Orleans, Luisiana, no caminho para se chegar à Avenida Champs Elysée, onde vivem Stella e Stanley Kowalski. O bairro chama-se assim em homenagem a Desirée Clary, ex-noiva de Napoleão Bonaparte. Desirée era francesa, como o nome de Blanche Dubois (Bosque Branco) e de sua propriedade perdida em razão de dívidas, Belle Rêve (Belo Sonho). O bonde e a avenida são mencionados uma única vez no texto de Um bonde chamado desejo, de Tennessee Williams. A propriedade, 18 vezes. Leia mais
22.5.2015 | por Helena Carnieri
Um homem de teatro como Tennessee Williams merecia um espetáculo sobre o próprio teatro, e é essa a toada de Rosa em preto e branco, que tem apresentações até domingo (24) no Teatro José Maria Santos, em Curitiba. Leia mais
28.5.2014 | por Maria Eugênia de Menezes
O teatro norte-americano do século 20 é pródigo em exemplos de autores que transmutaram suas experiências biográficas em material para o palco. Em Longa jornada noite adentro, Eugene O’Neill abordou questões cruciais de sua vida familiar, recriando seus pais nas figuras de James e Mary Tirone. Tennessee Williams também revisitou o passado. Tanto em À margem da vida quanto em Um bonde chamado desejo encontramos delineada a figura da irmã do escritor, Rose. Com Edward Albee não foi diferente. Leia mais
24.3.2014 | por Maria Eugênia de Menezes
Robert Wilson não passa mais um ano sem vir ao Brasil. Desde 2012, quando o renomado diretor norte-americano iniciou uma parceria com o Sesc, São Paulo já assistiu a quatro de suas montagens. E o encenador, volta e meia, precisa vir à cidade acertar detalhes de suas novas produções. Na sexta-feira, Wilson esteve por aqui mais uma vez. Leia mais
17.3.2014 | por Daniel Schenker
O título da peça de Domingos Oliveira, Amores, resume com precisão a jornada dos integrantes do grupo Os Dezequilibrados, dirigido por Ivan Sugahara, que completa 18 anos de atividades em 2014. “O fato de estarmos juntos há tanto tempo é a prova de que existe muito afeto entre nós. Os atores do grupo são as pessoas mais próximas de mim. E essa conexão diz bastante sobre Domingos, que costuma trabalhar com os amigos”, afirma Sugahara. Para comemorar a data, o grupo estreou, no dia 15 de março, uma nova montagem de Amores, com atores da companhia (Ângela Câmara, José Karini e Saulo Rodrigues) e de fora (Ana Abott, Lívia Paiva e Lucas Gouvêa) e, nos meses seguintes, mais dois projetos: Fala comigo como a chuva e me deixa ouvir, encenação da peça curta de Tennessee Williams, com Ângela e Saulo, a partir de junho; e Jardins portáteis, performance de Cristina Flores, marcado para julho e agosto. Leia mais
Quando o telefone tocou, Nathalia Timberg precisou de algum tempo para responder. Do outro lado da linha, o diretor Roberto Alvim, da cia. Club Noir, fazia-lhe uma proposta para encenar Samuel Beckett. Seria sua primeira incursão pela obra do autor irlandês em seus 60 anos de carreira. Antes de dizer o que acha, ela espera. Pausa. Leva três segundos em silêncio. E só então aceita. Não como quem decide. Mas como se cedesse a um chamado: “Ah, mas aí fica muito tentador…”, disse. Leia mais