13.5.2022 | por Neomisia Silvestre
Paris – “Isso não é uma fábula. A ilha do ouro realmente existe? Onde ela está? Desta vez está em águas japonesas. Sim, ela existe. Não é a primeira vez. Já existiu (e existirá novamente) mais de uma vez na longa crônica de nossos Astros e Desastres. Sempre que o mundo está perto da autodestruição, muitos defensores da esperança, nada loucos, lutam para encontrar a arca ou o navio. Vamos à Ilha, parece um exílio, é um refúgio e um recomeço.”
Assim escreve a poeta e dramaturga franco-argelina Hélène Cixous no texto Rápido, uma ilha!, como parte do programa de L’île d’or, Kanemu-Jima (A ilha do ouro, Kanemu-Jima), mais recente criação coletiva do Théâtre du Soleil, de Paris.
Leia mais23.2.2022 | por Neomisia Silvestre
Uma família é completamente perturbada com a chegada de um mendigo piedoso, acolhido pelo rico viúvo Orgon. O encontro com o desconhecido lhe dá um novo sentido à vida: um desapego material e espiritual. Em contrapartida, causa uma cegueira absoluta em relação às intenções deste que se passará por confidente e conselheiro austero para, então, seduzir sua atual esposa, evocar os ressentimentos do filho e herdar todos os bens do anfitrião. O enredo de Le Tartuffe ou l’hypocrite, O Tartufo ou o hipócrita, não deixa dúvidas: estamos diante de uma peça do dramaturgo, ator e diretor francês Jean-Baptiste Poquelin, mundialmente conhecido como Molière (1622-1673). Escrita em 1664 e censurada logo após a estreia pelo rei Luís XIV (1638-1715) – sob a justificativa de críticas a falsos devotos –, a primeira versão do texto, em três atos, foi a escolhida pela trupe Comédie-Française para a abertura da temporada de espetáculos e ações em homenagem aos 400 anos de batismo do escritor, celebrado no dia 15 de janeiro. A data de seu nascimento ainda é desconhecida, todavia, sabe-se que a companhia, um teatro estatal, nasceu sete anos após sua morte.
Leia mais21.5.2015 | por Helena Carnieri
Uma das missões assumidas pelo prestigiado grupo francês Théâtre du Soleil é levar ao mundo suas experiências, não só com espetáculos, mas também com oficinas e bate-papos informais. Leia mais
10.5.2015 | por Helena Carnieri
Jean-Jacques Lemêtre é um dos poucos músicos que chegam ao Brasil e não se deixam hipnotizar pelo samba e pela bossa nova. A pegada do francês de longos cabelos brancos – quase um outro Hermeto Pascoal em nosso cenário – é a música ancestral. No caso das Américas, os ritmos ameríndios. Leia mais
23.3.2015 | por Valmir Santos
Na Marcha Republicana que levou cerca de quatro milhões às ruas de Paris em 11 de janeiro passado, um domingo, a companhia Théâtre du Soleil participou com sua conhecida intervenção artística ancorada na figura de uma marionete enorme. A boneca costuma representar a Justiça em evoluções manipuladas por atuadores através de hastes que a mantêm nas alturas, como se viu em 2011 na Praça Syntagma, em Atenas, em frente ao Parlamento grego, quando o povo reagiu ao pacote de austeridades do governo. Leia mais
As Oficinas Culturais do Estado de São Paulo promovem de 28 a 2 de agosto itinerância da companhia francesa Théâtre du Soleil pelo interior e capital. As atividades gratuitas abarcam o workshop “O Teatro é o Outro” e o espetáculo-conferência Palavra de ator. Fazem parte do roteiro as unidades de São José dos Campos (batizada Altino Bondesan), Santos (Pagu), Sorocaba (Grande Otelo), São Carlos (Sérgio Buarque de Holanda), Marília (Tarsila do Amaral) e Bauru (Glauco Pinto de Moraes), além da Oficina Oswald de Andrade, no bairro paulistano do Bom Retiro, que abre nesta tarde de sábado, 26, exposição fotográfica de mesmo nome do projeto formativo, Être au Soleil (estar ao sol). Leia mais
5.11.2013 | por Valmir Santos
A liberdade como base. A igualdade como meio. A fraternidade como objetivo. Para a diretora Ariane Mnouchkine, à luz do século 21, o ideal seria substituir a terceira perna por “humanidade” no lema da República Francesa sobrevindo da revolução de 1789 e tornado patrimônio nacional, quiçá, universal. O pensamento humanista permeia a prática e a atitude da mítica companhia que ela ajudou a criar há quase 50 anos, o Théâtre du Soleil. A efeméride será em maio próximo, mas a exibição esta semana, em São Paulo, do filme em que a diretora transpõe seu espetáculo mais recente para a tela sintetiza exemplarmente os faróis ideológicos e poéticos que a orientam em 74 anos de vida. Leia mais