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Biocritica Agora Crítica Teatral conta...

Biocritica - Uma questão de conta...

A crítica de teatro no século XX foi marcada, majoritariamente, pelo caráter legislador, baseada no julgamento de valor e na busca de supostas verdades. Mesmo que a cena teatral e também a crítica tenham sofrido mudanças, o conservadorismo persiste em Porto Alegre.

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Biocritica Quarta Parede conta...

Biocritica - Uma questão de conta...

+ Bruno Siqueira, Lorenna Rocha, Liana Gesteira, Elilson, Arthur Carvalho, Adson Alves e Rodrigo Sarmento

Tomando de assalto o conhecido jargão teatral que define a parede imaginária situada entre o universo concebido no palco e as pessoas que o assistem da plateia, o Quarta Parede nasceu querendo justamente rompê-la, alimentado pelo desejo de tecer conexões mais intensivas entre artistas e público. Fundado em 2015, por Márcio Andrade e João Guilherme de Paula, ambos editores e produtores, o Quarta Parede foi criado como um portal informativo sobre teatro, compartilhando notícias, realizando entrevistas e produzindo críticas, podcasts e videocasts relacionados ao fazer teatral em Pernambuco.

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Biocritica Tribuna do Cretino conta...

Biocritica - Uma questão de conta...

Diálogo Cretino 

29.1.2021  |  por Edson Fernando

Prólogo

Diálogo autoficcional livremente baseado na trajetória do Tribuna do Cretino, projeto de crítica teatral desenvolvido na cidade de Belém do Pará, criado numa plataforma digital em 2013 como iniciativa pessoal do criador e que se transformou num projeto de extensão universitária da Universidade Federal do Pará (UFPA). Oliveira e Cretino são personagens autoficcionais que retratam uma participante ativa do projeto e o seu criador/coordenador, respectivamente. Embora a linguagem se desenvolva na coloquialidade própria da unidade de espaço definida – isto é, um boteco na periferia da cidade – e preserve, com isso, o ambiente informal e descontraído, alguns termos virão em itálico e grafados em substitutivos moderados – é o caso dos palavrões e expressões populares, por exemplo.

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Biocritica Horizonte da Cena conta...

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O Horizonte da Cena nasceu em um salto das páginas de jornal para as páginas digitais. Estávamos, Soraya Belusi e eu, motivadas à escrita de crítica de teatro, mas já sem encontrar espaço satisfatório nos cadernos de cultura de veículos impressos. Trabalhávamos as duas no jornal O Tempo, de Belo Horizonte, e entre as cadeiras das bancadas da redação tramamos nossa migração e nossa desejada independência.

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Biocritica Antro Positivo conta...

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O ano era 2011. Em retrospectiva, um ano marcado por ampla multiplicidade de acontecimentos. Fim do governo Lula e início do Dilma, por exemplo; hoje sabemos onde isso nos trouxe. Início da Primavera Árabe, expandida de maneira diversa por muitos cantos, até chegar ao Occupay Wall Street. Morrem de Bin Laden a Amy Winehouse, tornando impossível qualquer coerência sobre o assunto. Massacres, atentados e o crescimento de refugiados nas costas europeias se misturam a terremotos e o acidente nuclear em Fukushima, como se tudo pudesse ser naturalizado e definido como tragédias incontornáveis. Enquanto, entre nós, feito acontecimento comum, um menino de dez ano atira em sua professora, antes de se matar. Destrinchar 2011 é um movimento quase impossível, imagine, então, o que fora vivê-lo. Mas isso não era novo. Nos anos anteriores, crises econômicas e políticas redesenhavam a lógica geopolítica e biopolítica do globo. Seguíamos, então, o fluxo desse outro século, em que a aceleração de fatos e escolhas redesenham as lógicas praticamente em todos os aspectos.

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Biocritica Macksen Luiz conta...

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A crítica em jornal, que exerci como titular por quase cinco décadas, traz em seu código de expressão, na forma da linguagem e no tempo de durabilidade, incontornável proposição editorial. É da sua origem, natureza ideológica e registro histórico, acompanhar as transformações e mudanças na editoração de seus preceitos a que se submete quando ao abrigo das páginas da imprensa. Por tão longa temporada, vivenciei a imposição de normas nas redações e redefinição dos parâmetros tecnológicos na publicação. Assisti a revoluções no palco e convivi com percepções evolutivas das plateias e reformulações teóricas nas artes cênicas. Em 2010, quando deixei o Jornal do Brasil, já tinha uma experiência, ainda que restrita e à distância, com o universo digital. As minhas críticas eram publicadas, simultaneamente, nas edições em papel e na versão eletrônica, sem que eu tivesse possibilidade de aferir o nível de leitura. Dez dias depois que sai do JB, iniciava o blog  www.macksenluiz.blogspot.com [em 10 de janeiro de 2011], transferindo, mecanicamente, o que se lia na folha para a tela. Tanto que, na página inicial anunciava as rubricas: críticas, opinião, notícias e indicações teatrais, mantidas até hoje, ainda que desativadas por desuso. Por quatro anos, publicava análise crítica, retrospectivas anuais, cobertura de festivais e de espetáculos de fora do Rio e do exterior, resenha de livros, até que em 2014 assinei contrato com O Globo para publicação de duas críticas semanais, e eventuais matérias pautadas pela editoria. Por outros quatro anos, até o final do contrato, reproduzi no blog somente as críticas que eram publicadas no jornal, para evitar qualquer interpretação divisionista, estabelecendo convergência entre ética do pensamento, respeito às normas da redação e exclusividade contratual.  A “liberação” que o final do vínculo com o jornal me permitiu, não modificou muito o formato adotado desde o início do blog. O tempo editorial continua marcando a frequência das publicações na procura de conciliar a “atualidade” da temporada com a sintonia fina  da análise. O que se modifica é a relação voluntarista e amadora, determinada pela ausência de monetarização (profissionalização) da matéria produzida. Não há qualquer meio de financiamento ou patrocínio para blogs individuais, centrados em um nome e que têm como única credencial o acervo de credibilidade e o lastro  jornalístico. Há que considerar que a crítica, pelo menos a publicada em jornal, tem a mesma vigência do período em que o espetáculo está em cena e recebe “respostas”, supostamente, através do perfil do leitor do veículo. O consumidor do digital, pela oferta e o imediatismo da busca, é mais fluído e difícil de ser capturado na sua voracidade pela próxima visualização. É, no entanto, a matéria da análise e da reflexão, menos acelerada e mais duradoura, que mais se ressente de acolhida nos canais temáticos. As  avaliações dos que se propõem a investigar esse descompasso dispõem de poucos meios de aferição: os comentários e o número de visualizações. Se os comentários obedecem a tendência à ligeireza de leitura nessa mídia, a quantificação não revela e nem identifica quem lê. São apenas números. Nesses dez anos do blog, mantenho média considerada alta (numericamente) de acessos. Neste período tão atípico da pandemia, o volume de cliques continua, inexplicavelmente, alto, e em especial quando verifico que a última postagem foi a crítica de Lazarus, no dia 10 de fevereiro de 2020. O confinamento pode apontar, em parte, para alguma  curiosidade volátil, ou eventual interesse de um público generalista e flutuante por entre as infindáveis postagens disponíveis nas redes sociais. Assim como a recepção é um aspecto ainda em equalização com a crítica em meios digitais, também questões da cena na atualidade (processos, dramaturgia, teorias, economia) se defrontam com a prática do teatro. Incertezas mútuas assaltam o tempo de pós-pandemia, alcançando tanto quem está no centro dos espaços cênicos, criando, quanto aqueles diante das telas dos notebooks, tablets e smartphones, consumindo.

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Biocritica Satisfeita, Yolanda? conta...

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Queridos editores do Teatrojornal,

Foi com um livro de ética nas mãos que esbarramos pela primeira vez. Ivana e Valmir. André Comte-Sponville forneceu a chave de uma amizade, depois multiplicada por outros corpos. Pequeno tratado das grandes virtudes, uma análise das virtudes, de nossos valores. Esse curto farol nos iluminou. Da polidez, passando pela temperança, coragem, justiça, generosidade, compaixão, até chegar ao amor, tudo era possível de ser aprendido, como preparar um bolo ou exercitar uma crítica.

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Biocritica Teatrojornal conta...

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A história do Teatrojornal – Leituras de Cena é devedora da cultura de jornalismo. Entrei em contato com ela na adolescência, frequentando a  biblioteca pública de São Miguel Paulista, bairro da zona leste de São Paulo onde nasci e fui criado. Preferia ler jornais a gibis. No atual ensino médio, meados dos anos 1980, convenci a diretora da escola a apoiar a criação de um informe rodado em folhas de sulfite mimeografadas, o Matéria-Prima. Fazia as vezes de “editor” convencendo colegas da turma a escrever poemas, crônicas, notícias do cotidiano dos secundaristas. Nunca mais quis exercer outra profissão que não a de jornalista.

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Entrevista

“Você vê os gregos: o Pégaso, o cavalo que voa, é o símbolo da poesia. Nós deveríamos botar antes, como símbolo da poesia, a galinha ou o peru – que não voam. Ora, para o poeta, o difícil é não voar, e o esforço que ele deve fazer é esse”, declarou João Cabral de Melo Neto em 1966, mesmo ano da publicação de A educação pela pedra. Numa das passagens da alentada entrevista a seguir, a encenadora Maria Thais cita o escritor pernambucano para elucidar o caráter sertanejo que mora em si, natural de Piritiba, na região da Chapada Diamantina, sertão baiano.

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Biocritica Questão de Crítica conta...

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A Questão de Crítica, revista eletrônica de críticas e estudos teatrais, foi inaugurada no final de março de 2008. Ela é de Áries, eu sou de Leão. As atividades da revista são indissociáveis da minha trajetória pessoal. Por onde eu vou, levo ela comigo, de uma maneira ou de outra. E ela já me levou a muitos lugares. Mas, melhor que isso, a Questão de Crítica sempre foi um projeto para conectar pessoas a partir da circulação de ideias.

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