10.6.2016 | por Dirce Waltrick do Amarante
A estreia, em 1965, de Liberdade, liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel, foi um grande sucesso, mas não durou muito nos palcos brasileiros, pois tão logo o regime militar, recém-instaurado no Brasil, se deu conta do conteúdo da peça, ela foi imediatamente censurada. Leia mais
10.6.2016 | por Francis Wilker
Embora a história contada nos livros tenha sido tão negligente com a trajetória de tantas mulheres que ofereceram contribuições fundamentais ao Brasil; embora, em 2016, a luta pelos direitos das mulheres ainda precise estar em marcha, basta olhar para as ruas, para as redes sociais e para os movimentos da sociedade civil e identificar o forte protagonismo de muitas “Marias” que colocam sua inteligência, coragem, força e sensibilidade na construção de novos mundos. A baiana Maria Marighella, atriz, gestora cultural, mãe de Zeca e Bento, pertence a essa linhagem Leia mais
7.6.2016 | por Mateus Araújo
Em oposição à inflamada onda de discursos fundamentalistas e conservadores incoerentes com a modernidade professada nos tempos atuais, pululam nas artes cênicas contemporâneas, cada vez mais, os debates amplos e heterogêneos acerca das questões de gênero e sexualidade. Leia mais
7.6.2016 | por Afonso Nilson
O afastamento cultural entre o Brasil e os outros países da América Latina é bem maior do que a distância geográfica, principalmente quando se trata de acesso recíproco ao que se produz nos países do continente. Falando especificamente sobre publicações de dramaturgia, vertente que atinge um público bastante restrito, menor do que o de literaturas não dramáticas, como romances, teoria ou poesia, por exemplo, esse afastamento é ainda maior. Leia mais
31.5.2016 | por Gabriela Mellão
Em Paris
E a deusa Afrodite desce dos saltos da imortalidade à procura de amor. Busca um amor de natureza bastante particular. O que a move é a atração pelo desprezível, pela sujeira, pela indiferença. Em Phèdre(s), mais recente incursão teatral do encenador polonês Krzyszstof Warlikowski, a deusa opta por encarnar-se mulher, (des)humanizando-se na pele de Fedra. Leia mais
31.5.2016 | por Daniel Schenker
Resultado da adaptação do conto homônimo do escritor francês Emmanuel Carrère, O bigode – montagem que ganhou segunda temporada agora, no Teatro Maison de France, depois do período em que permaneceu no Teatro Glauce Rocha, ambos localizados no Centro do Rio de Janeiro – contrasta o procedimento da narração, que sugere pleno domínio da história relatada, com o tema da quebra das certezas, imperante no percurso do protagonista dessa obra, transportada para o cinema pelo autor em 2005. Leia mais
30.5.2016 | por Valmir Santos
Com a colaboração de Beth Néspoli
Na série de ocupações de espaços públicos vinculados ao Ministério da Cultura, iniciada há 17 dias e logo espalhada pelas 27 unidades federativas, a de Curitiba transcorria em precárias condições de alojamento até sábado, dia 28, quando as barracas de camping foram reforçadas ou mesmo substituídas por lonas pretas doadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o MST. Leia mais
27.5.2016 | por Valmir Santos
Que flecha é aquela no calcanhar daquilo?
Leminski, no Catatau
Almas femininas mediadas pela arte do teatro, Joelma e Jacy plantaram suas histórias na Bahia e no Rio Grande do Norte. Cirandaram por outras terras, mas foi nas respectivas cidades em que foram literalmente criadas, Ipiaú, no sul baiano, e Natal, a capital, que cumpriram o eterno retorno. Joelma é transexual, adjetivo e substantivo de dois gêneros. Jacy é a mulher. Joelma pressupõe ficção e pende ao documentário. Jacy flerta com o documental e tem um pé na ficção. Leia mais
24.5.2016 | por Francis Wilker
Pode-se caminhar através de um festival como através de uma paisagem. (…) O fantasma do curador-uber, corajosamente criando sua própria obra a partir de obras de arte de outras pessoas não deve ser temido no campo performativo, de forma nenhuma. Pelo contrário, existe sim uma falta de coragem para conferir significado – e não é por modéstia, mas por medo da tarefa
Florian Malzacher
No campo da linguagem o trema se configura como um diacrítico, sinal gráfico utilizado em uma letra para alterar sua realização fonética ou demarcar a independência de uma vogal em relação a vogal anterior. Como verbo, tremer, está associado à ideia de agitar, deslocar, provocar ou sentir tremores. Nas duas acepções, uma palavra associada à alteração. Não por acaso, o lema do pernambucano Trema! Festival de Teatro, criado em 2012, tem como frase de sustentação: “Muda a língua, muda o texto, muda a cena”. Leia mais
24.5.2016 | por Patricia Freitas
A arte só tem finalidade quando contribuiu para a evolução dos homens. Perdemos a fé nos homens. Temos de auxiliar a razão a reconquistar o seu direito. A arte não é uma fumaça, a arte serve para esclarecer e, talvez, para ‘transfigurar’ – mas muito cuidado!
Wolfgang Drews
Coisas de jornal no teatro, escrito pelo pesquisador Eduardo Campos Lima, consegue reunir a um só tempo o caráter informativo, necessário para a compreensão da forma Teatro Jornal, e uma análise que privilegia os saltos temporais, bem como as conexões históricas. Leia mais