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Artigo

A história dos embates sociais no Brasil tem sido marcada, desde sempre, pela expectativa de mudanças que jamais se realizam, mas, ao contrário, se veem teimosamente proteladas. As promessas feitas aos pobres, não raro aliados à classe média na grita por divisão da renda e por democratização das decisões políticas, servem para dissipar conflitos, sendo, depois, esquecidas. O carnaval dos pés de chinelo, por aqui, invariavelmente deságua na quarta-feira das elites. É monótono e perverso, mas tem sido assim há séculos. Leia mais

Reportagem

Em uma cidade carente de salas e centros culturais estruturados, a ocupação de espaços alternativos tornou-se regra. Casas, garagens, lojas. Cada um se vira como dá. E tudo pode se transformar em espaço para as artes. A inauguração do espaço É logo ali, porém, dá indícios de que o caminho inverso começa a valer também. Com grandes instituições deixando-se influenciar por aquilo que o improviso pode trazer de frutífero. Leia mais

Reportagem

Sem atores, Pendente de voto, criação do diretor catalão Roger Bernat, transforma o público em protagonista. No espetáculo, que já foi visto em Brasília e chega ao Sesc Pompeia na sexta, em São Paulo, o teatro se transforma em uma espécie de parlamento. E, aos espectadores, cabe decidir sobre uma série de questões. Leia mais

Reportagem

Bufão do século XIX

6.6.2014  |  por Michele Rolim

Dramaturgo, poeta, jornalista, tipógrafo, gramático, louco… Essas são apenas algumas das atribuições dirigidas a José Joaquim de Campos Leão, vulgo Qorpo-Santo (1829-1883), como ele mesmo se intitulava. Para a diretora Inês Marocco, ele poderia ser definido como um bufão, “ele era uma figura visionária, à margem da sociedade e criadora de personagens grotescos, exatamente como um bufão”, relata ela, lembrando que Qorpo Santo viveu em uma Porto Alegre do século XIX. Leia mais

Reportagem

Em 2012, uma peça gestada no âmbito universitário estreou no circuito profissional e saiu como grande vencedora do Prêmio Açorianos de Teatro. Com texto do dramaturgo alemão contemporâneo Marius von Mayenburg, O feio levou as categorias de melhor espetáculo, ator coadjuvante (Paulo Roberto Farias) e o prêmio do júri popular (Troféu RBS Cultura). Contando a história de um sujeito que começa a se dar bem na vida profissional e sexual depois de fazer uma plástica, o espetáculo apresentou a ATO Cia. Cênica, criada um ano antes. Leia mais

Reportagem

São poucos os que se debruçaram sobre a obra do dramaturgo, poeta e escritor gaúcho Qorpo-Santo (1829–1883), mas cada pesquisador apareceu com uma teoria. Há quem o relacione ao teatro do absurdo, ao surrealismo, a uma vertente marginal do romantismo e ao próprio teatro do século 19 – embora suas peças tenham sido encenadas pela primeira vez apenas cem anos depois de serem escritas. Leia mais

Crítica

Celebrando o centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues (1914–1974), o espetáculo Lupi, o musical – Uma vida em estado de paixão estreou neste fim de semana no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Escrita e dirigida por Artur José Pinto, a peça se estrutura em dois planos entrelaçados. No tempo presente da narrativa, Lupicínio (Juliano Barreto) e seu parceiro Alcides Gonçalves (Lucas Krug) esperam por uma entrevista consagradora no auge da fama. Em um segundo plano, episódios da vida de Lupi (aqui interpretado por Gabriel Pinto) são recontados, da infância ao sucesso [a foto no alto traz Pinto na juventude e Barreto na maturidade]. Leia mais

Artigo

Os artistas de teatro foram os primeiros a responder ao regime autoritário, instalado na noite de 31 de março de 1964. Para sermos exatos, os de teatro associados aos de música popular. No dia 11 de dezembro daquele ano, o show Opinião, composto por canções, anedotas e cenas curtas, estreava no Rio de Janeiro, com a cantora Nara Leão e os compositores Zé Keti e João do Vale convertidos em atores do musical. Leia mais

Crítica

Ao contrário do que pode sugerir o título – Dizer o que você não pensa em línguas que você não fala – a encenação dirigida por Antônio Araújo na Bélgica ultrapassa a questão da babel de idiomas e do atrito entre culturas.  Com atores brasileiros, belgas e franceses integrando o elenco, trata-se de uma coprodução entre o Festival de Avignon, da França, e o Teatro Nacional de Bruxelas, cidade onde o espetáculo estreou há seis dias para curta temporada. Se, em cena, diferentes línguas efetivamente se fazem ouvir – francês, inglês, flamengo, português e suaíli (falado por povos da costa leste africana) –, o que está em jogo de fato são os discursos historicamente construídos. Desde os ideológicos aos religiosos, passando pelos amorosos. Os territórios culturais instáveis que propiciam o surgimento de vozes desencontradas, assim como seu emudecimento ou amplificação, estão no cerne da obra multissensorial e deambulatória – marca de identidade da linguagem do Teatro da Vertigem e cujo ponto de partida temático é a crise financeira europeia e sua interferência no modo como a vida das pessoas se organiza. Leia mais

Reportagem

Vida e obra de compositores são temas inspiradores para a criação de musicais. Tim Maia, Cazuza, Elis Regina e Cássia Eller são alguns dos nomes cujas trajetórias passaram ou estão no palco. No ano do centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues (1914-1974), chegou a vez de o compositor gaúcho ganhar uma montagem na Capital. A peça Lupi, o musical – Uma vida em estado de paixão, com direção e texto de Artur José Pinto, estreia neste sábado (31) no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Leia mais