As conversas dessa ação mensal são gravadas, transcritas, editadas e publicadas aqui no site. Você encontra desde as primeiras edições de 2016 até parte dos Encontros de 2019. Boa leitura.
LEIA A TRANSCRIÇÃO DE ALGUMAS DAS CONVERSAS REALIZADAS
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28.10.2019 | por Valmir Santos
Urgente e ancestral, a causa indígena desponta como eixo em Os um e os outros, parceria da Cia. Livre e da Cia. Oito Nova Dança. É a arte confrontando séculos de arbitrariedade e opressão, lidando com o legado das culturas imemoriais dos habitantes originários do Brasil e demais extensões do continente americano. Os estados de presença de uma mulher, de uma criança e de homens do povo Guarani M’Bya amplificam a experiência do público, como se conformassem um bioma cênico na dignidade manifestada através do olhar e da postura. Mais em tupi do que em português, eles se expressavam através de corpo, voz, canto e instrumentos artesanais. A relação com atores, bailarinos e músicos se dá de maneira a reconhecer diferenças e a delinear saberes da floresta. Uma modulação poética microscópica que toca com magnitude no cerne das ameaças ambientais e ainda tem a ver com a noção de espiritualidade (nela contida a ritualidade).
Leia mais9.8.2019 | por Valmir Santos
Nem em Estado de sítio, que estreou onze dias após a eleição do 38º presidente da República do Brasil, em 2018, o diretor Gabriel Villela tinha se permitido tocar a chapa quente da realidade como o faz desbragadamente em Auto da Compadecida.
Leia mais2.2.2019 | por Valmir Santos
A equipe de criação de Ossada conhece bem a distância entre nascer e tornar-se mulher, construção sociocultural examinada por Simone de Beauvoir há 90 anos. O espetáculo não cita diretamente O segundo sexo, livro central na obra da filósofa francesa, mas fomenta o pensamento feminista buscando novos modos de enunciar a violência causada pela desigualdade de gênero, tão premente ontem como hoje. A atriz e diretora Ester Laccava e as desenhistas de luz e imagem Mirella Brandi e Aline Santini elaboram outros vocabulários para a cena a partir do cruzamento de sensações e sombras. Leia mais
15.4.2018 | por Valmir Santos
O mito grego de Antígona orienta a criação do oitavo espetáculo do grupo Teatro Máquina com dez anos de atuação em Fortaleza. Com estreia e curta temporada no Sesc Pompeia, em São Paulo, Nossos mortos modula a tragédia de Sófocles, escrita no século V, com dados históricos de um dos massacres ordenados pelo Estado brasileiro contra movimentos populares sociorreligiosos que despontaram no Nordeste, entre os séculos XIX e XX. Leia mais
27.7.2015 | por Beth Néspoli
Dirigida por Eliana Monteiro, a mais recente encenação do Teatro da Vertigem, O filho, tem como fonte de inspiração Carta ao pai, texto do escritor tcheco Franz Kafka endereçado ao seu pai e jamais enviado, só publicado postumamente. Trata-se do documento vivo da relação conflituosa entre eles, relato de sentimentos jamais expressos em diálogo. Leia mais
27.7.2015 | por Valmir Santos
Ela foi servidora da Previdência Social durante 14 anos. Diz que executava bem suas tarefas numa agência da capital paulista, onde nasceu há 49 anos. O salário a satisfazia. Mas o serviço burocrático escudava a resistência em relacionar-se com o outro. Sociabilidade quase zero, inclusive no ambiente de trabalho. Leia mais
24.7.2015 | por Maria Eugênia de Menezes
Pela segunda vez, o Teatro da Vertigem se volta a Franz Kafka. Em 2010, encenou Kastelo, uma versão do romance homônimo. Agora, com O filho, em cartaz no Sesc Pompeia, em São Paulo, torna a lançar olhos para um dos textos capitais do autor checo, Carta ao pai. Leia mais