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Crítica

“O futuro dos museus está dentro de nossas próprias casas”, prognostica o escritor Orhan Pamuk, autor de O museu da inocência (2008). O romancista turco reivindica a escala humana para as instituições fixadas em narrativas nacionais, de Estado, em detrimento das experiências dos indivíduos que efetivamente a viveram. Ao escrever e dirigir o espetáculo Família museu (Familia museo, 2013), resultado de formação universitária em Buenos Aires, Ariel Zagarese fez uma delicada aproximação da premissa daquele Nobel de Literatura Leia mais

Crítica

Num palco à penumbra, vestido preto e os braços melados de uma tinta amarela, Matheus Nachtergaele rasga-se em verso. Buscou os versos escritos por sua mãe, Maria Cecília, para fazê-los seus. Diz em primeira pessoa. Conta de loucuras, devaneios e amores. Leia mais

Crítica

Reunindo diferentes bandeiras, as manifestações de junho de 2013 obtiveram ganhos importantes, como o que diz respeito ao preço das passagens de ônibus, cujo aumento foi o estopim do movimento, mas questões estruturais que figuraram entre as reivindicações, a exemplo do fim da corrupção e da melhoria dos serviços públicos, não foram articuladas estrategicamente em um projeto político. As demandas são igualmente ou mais graves hoje do que eram na ocasião.

A herança simbólica de junho de 2013, entretanto, vai além de seus eventuais ganhos e limitações. Desde então, foram inúmeras as peças que traduziram, nas mais criativas formas, a ideia do gigante que acordou. Não tem sido rara a inserção de cenas de protestos nas produções. Em outros casos, as próprias manifestações servem de motivo principal, como ocorre em No que você está pensando?, primeiro trabalho do coletivo Cena Expandida Leia mais

Reportagem

Quando Matheus Nachtergaele está no palco, ele reza uma reza só dele. Mas reza em prece com todos que estão ali, cercando-o de olhares, contemplação e entrega. “O que eu amo no teatro não é um autor ou um gênero. O que me interessa e que eu gosto, desde sempre, nas peças que fiz ou nas que vejo, é a percepção de estarmos rezando sem Deus”, diz o ator. Leia mais

Reportagem

Já está aberta a venda de ingressos para o Porto Verão Alegre, que irá ocorrer entre os dias 9 de janeiro e 14 de fevereiro. A 17ª edição apresenta mais peças que no ano passado – são 57 (em 2015 foram 43 atrações), sendo que 28 delas não fizeram parte da grade de 2015 e seis são estreias. Leia mais

Crítica

Um grito parado no olhar

30.12.2015  |  por Valmir Santos

A dramaturga, atriz e pesquisadora Nina Caetano dispensa a função de porta-voz que fala pelo outro, em geral um sujeito institucionalizado, e transforma a mudez em ato ressonante. Misto de denúncia e metáfora, a performance O espaço do silêncio prioriza a leitura em vez da palavra falada. Não é ela quem lê, mas os outros Leia mais

Crítica

Depois de um ano de El Niño para as artes cênicas, Curitiba viu duas boas estreias quase na virada do calendário. Quem perdeu pode ficar de olho no possível retorno, durante o Festival de Teatro, de Mommy e Artista de fuga.

Em ambas atuou a veterana atriz Rosana Stavis Leia mais

Crítica

No seu aniversário de 4 anos, Karen Radde (hoje com 42 anos) disse: “Meu pai um dia irá morrer, mas com o Teatro Novo isso nunca vai acontecer, porque vou continuar cuidando dele”. Desde então, 38 anos se passaram e, tal qual um vaticínio, a promessa de Karen se cumpriu: agora seu pai, Ronald Radde, criador de uma das mais importantes companhias gaúchas Leia mais

Crítica

A pertinência de Brecht

22.12.2015  |  por Daniel Schenker

A nova montagem de A Santa Joana dos matadouros, que encerrou temporada no Teatro Glaucio Gill, no Rio, segue à risca certas plataformas do teatro brechtiano, particularmente no que se refere a colocar em prática o famoso distanciamento (ou estranhamento) Leia mais

Crítica

Do trio de solos trazidos pelo cearense Ricardo Guilherme à II Bienal Internacional de Teatro da USP, Ramadança é o mais arriscado. Trata-se de um experimento de hibridização de linguagens, como já indica a palavra dança embutida no título, e há ainda maior radicalização no que diz respeito à autoria. Leia mais